Desde o retorno à Presidência da República para o seu 3º mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) distribuiu no semiárido pernambucano 8,9 mil cisternas e outras tecnologias de abastecimento de água. Ainda há mais 13,9 mil unidades contratadas pelo Governo Federal a serem entregues. O Programa Cisternas atende majoritariamente famílias rurais e de baixa renda, inscritas no Cadúnico, da região Nordeste, mas também equipamentos públicos (escolas, postos de saúde) afetados pela falta de água.
As cisternas são reservatórios construídos com capacidade para armazenamento de entre 16 mil e 52 mil litros de água. Até o momento foram instaladas 68,4 mil unidades (34% da meta). No total, foram beneficiadas famílias de 14 estados da federação nos anos de 2023 e 2024. O programa federal se tornou política pública no 1º mandato presidencial do petista, que investiu neste 3º mandato R$ 679,4 milhões nas tecnologias citadas.
O governo Lula tem como meta entregar 220 mil unidades até 2026, atendendo famílias de mais de 900 municípios. Pernambuco deve receber 10% do total de unidades, mas foi beneficiado com 13% das tecnologias entregues até o momento. Bahia (41,5 mil) e Ceará (41 mil) devem ser os mais beneficiados, seguidos por Pernambuco, Piauí (21,5 mil), Minas Gerais (14,5 mil), Paraíba (11,6 mil), Rio Grande do Norte (8,5 mil) e Alagoas (6,7 mil). O programa é do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR).

Em 2024 o programa passou a englobar também o território indígena do povo Yanomami (em Roraima, no Amazonas e na Venezuela), com investimento de R$ 5 milhões da Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. O objetivo é que as cisternas e outras tecnologias atendam a 3 mil indígenas na região (cerca de 11% da população Yanomamis no que vivem na parte brasileira do território). Na região Norte, com aporte de R$ 150 milhões do Fundo Amazônia, serão beneficiadas 4,3 mil famílias quilombolas, extrativistas e assentadas rurais.
A gestão ainda pretende investir R$ 500 milhões na recuperação de 2,5 mil cisternas que já possuem mais de 10 anos de uso, além da construção de 50 mil novas unidades – sendo 46 mil de 1ª água (para beber e cozinhar), 4 mil de 2ª água (para irrigação e criação de animais para comercialização) e pouco mais de 200 cisternas escolares. Os modelos são diversos: cisternas de placas, cisternas calçadão, cisternas pluviais, cisternas escolares e sistemas comunitários.