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Estratégias

Entenda por que a ex-presidenta Cristina Kirchner decidiu se candidatar a deputada estadual

Decisão de Cristina desafia estratégia de Kicillof e abre debate sobre unidade do partido

04.jun.2025 às 19h19
Havana (Cuba)
Gabriel Vera Lopes
Entenda por que a ex-presidenta Cristina Kirchner decidiu se candidatar a deputada estadual

A ex-presidente da Argentina, Cristina Fernandez de Kirchner, acena após fazer um discurso no 215º aniversário da Revolução de Maio, que levou à independência da Argentina da Espanha, no Polo Cultural Saldias, em Buenos Aires, em 25 de maio de 2025. (Foto de TOMAS CUESTA / AFP)

O que até então era apenas um rumor foi confirmado: Cristina Fernández de Kirchner será candidata a deputada provincial nas eleições da província de Buenos Aires, em 7 de setembro de 2025. A principal surpresa é que a ex-presidente, eleita duas vezes, concorrerá a um cargo provincial e não nacional. Assim, Cristina disputará uma cadeira na Assembleia Legislativa da província mais populosa do país, e não — pelo menos por enquanto — uma vaga no Congresso, que será renovado em outubro.

Buenos Aires é dividida em oito seções eleitorais. Cristina vai concorrer na emblemática “Terceira Seção Eleitoral”, um reduto histórico do peronismo que reúne mais de 4,9 milhões de eleitores — ou seja, mais de um terço do eleitorado da província — e inclui 19 municípios do sul e oeste da região metropolitana.

O peronismo venceu as eleições nos municípios da Terceira Seção Eleitoral quase sem interrupção. Desde o retorno da democracia, em 1983, ganhou todas as eleições nessa área, com a única exceção de 1997, quando, em meio a uma profunda crise de representação no final do governo Menem, foi derrotado.

O anúncio de Cristina foi feito na última segunda-feira (2), em entrevista na televisão — um formato pouco comum para ela. Aos 72 anos, explicou que seu objetivo é frear o avanço da extrema direita, liderada por Javier Milei, e alertou que uma derrota em setembro pode antecipar um resultado negativo nas eleições nacionais de outubro, quando as cadeiras do Congresso serão renovadas.

“Alguém acredita que, se o peronismo for mal em setembro na província, nós iremos bem em outubro?”

Perguntada por que está concorrendo a um “cargo menor”, ela respondeu que o compromisso político exige estar onde se é mais útil:

“Na política, é preciso deixar de lado mesquinharias e egos, e ocupar o lugar onde se é mais útil no momento certo”, disse ela. “Isso é apostar no avanço do projeto coletivo; é o que sempre fiz.”

Disputas no peronismo



Tradicionalmente, as eleições para cargos provinciais e nacionais são realizadas no mesmo dia. Entretanto, nos últimos anos, devido à crescente crise de representação política, muitos governadores optaram por separá-las, realizando as eleições provinciais e nacionais em datas diferentes.

Nesse contexto, a decisão de desdobrar as eleições na província de Buenos Aires foi tomada pelo próprio governador, Axel Kicillof. A estratégia visa preservar o controle institucional de sua administração peronista, evitando que as eleições provinciais sejam influenciadas pelo clima político nacional. A ideia é que, por não coincidirem com as eleições legislativas nacionais, o debate não seja “nacionalizado” nem se transforme, na prática, em um plebiscito sobre a administração de Javier Milei, como costuma acontecer nas eleições de meio de mandato.

Entretanto, a decisão provocou um forte abalo político no peronismo. O setor alinhado com Cristina Fernández de Kirchner — especialmente aqueles ligados ao Instituto Patria — manifestou abertamente sua oposição, descrevendo a decisão do governador como um erro estratégico.

A discordância gerou um confronto entre duas das principais figuras do movimento: Axel Kicillof, que hoje ocupa o cargo institucional mais importante do peronismo como governador da província mais populosa do país, e Cristina Fernández de Kirchner, uma das lideranças mais influentes do movimento e da política argentina nas últimas duas décadas.

As disputas internas e a candidatura de Cristina Fernández de Kirchner levantam dúvidas sobre a unidade do peronismo. Em sua última aparição pública, a ex-presidente reafirmou sua discordância com o desdobramento eleitoral, classificando-o como “um erro” e deixando claro que sua crítica “não é um capricho”.

No entanto, ela também expressou sua disposição em colaborar para a unidade do partido. “O que temos que fazer agora é trabalhar, ajudar e colocar nossos ombros na roda para que o peronismo faça a melhor eleição possível na província de Buenos Aires”, enfatizou. Ao reivindicar seu papel na construção da unidade nas duas últimas eleições nacionais (2019 e 2023), Cristina afirmou: “A unidade não garante a vitória, mas divididos certamente perderemos”.

Uma encruzilhada no caminho até 2027

Em entrevista ao Brasil de Fato, o jornalista e analista político Pedro Lacour argumentou que a decisão de Cristina responde tanto à crise interna do peronismo quanto a uma “provincialização da estratégia”. Ao mesmo tempo, ele destacou um ponto fundamental: se o peronismo conseguirá manter a unidade diante das eleições nacionais de 2027.

“Há uma crise geral no peronismo, que se expressa na mudança radical do debate em Buenos Aires. Por enquanto, sem uma estratégia nacional, de forma extrema, uma ex-presidente precisa atuar em seu bastião para proteger os votos peronistas tradicionais”, apontou.

Lacour também considera que a decisão de Axel Kicillof de desdobrar as eleições sem o apoio de Cristina pode ser interpretada como um desafio à sua autoridade. No entanto, ele ressalta que “Kicillof está convencido de que essa é a melhor maneira de vencer”.

“A recente derrota do macrismo na cidade de Buenos Aires é um argumento a favor de Cristina e de sua rejeição ao desdobramento”, afirma Lacour, referindo-se à estratégia da província de Buenos Aires de tentar dissociar o debate legislativo local do nacional. Entretanto, essa aposta não impediu a vitória do libertário Javier Milei, que conquistou o principal reduto eleitoral do macrismo, onde este havia vencido de forma ininterrupta nos últimos 20 anos.

“A questão que permanece em aberto agora é se Kicillof, como espera o kirchnerismo, se alinhará à candidatura de Cristina, ou se estamos caminhando para um cenário de ruptura nas eleições provinciais. A dúvida é se poderá haver duas chapas na Terceira Seção Eleitoral: uma para Cristina e outra para um setor mais ligado ao governo de Axel Kicillof”, aponta.

Editado por: Rodrigo Durão Coelho
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