O Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 junho, nos convida a reflexão sobre qual o nosso papel na preservação do planeta. O que estamos fazendo para solucionar os problemas ambientais e reduzir os impactos das mudanças climáticas, que já estão nos dando sinais.
Um exemplo concreto foi a enchente no fim de abril e começo de maio do ano passado, aqui no Rio Grande do Sul. Considerada uma das maiores catástrofes climáticas do Brasil, a enchente em nosso estado nos mostrou que não tem como negar a mudança climática, ela se concretizou diante de nossos olhos e a natureza nos deu um recado: é preciso fazer algo urgente, enquanto ainda é tempo. Até bem pouco tempo, esse era um assunto discutido apenas por estudiosos e ambientalistas, mas agora a pauta deve ser de todos nós.

Cuidar do meio ambiente é uma medida importante para combater os impactos causados pelas mudanças climáticas. Mas para isso, é fundamental que os esforços sejam coletivos, não apenas individuais: esse desafio é conjunto e deve envolver as pessoas e os governantes.
O poder público deve estar atuante na educação, conscientização e principalmente na ação concreta. No caso do Rio Grande do Sul, o que vemos é uma ausência de ações e medidas para reverter e solucionar os problemas ambientais. Passado mais de um ano da grande catástrofe climática no estado, pouco se vê em medidas educativas e também de adaptação para diminuir o impacto das comunidades mais afetadas.
Nos governos entreguistas de Eduaro Leite e Sebastião Melo, o Meio Ambiente está em segundo plano. Várias foram as ações de destruição ambiental com leis sendo aprovadas em troca de cargos no governo. Um exemplo disso, foi a entrega que o governador Leite fez da Corsan, enquanto existem vários alertas da escassez de água potável e da contaminação de fontes hídricas no Brasil e no mundo, esse bem chamado água deveria continuar sob a guarda do Estado, o prefeito Melo segue pelo mesmo caminho em Porto Alegre com o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae).
Precisamos pensar política ambiental todo dia, não apenas na hora da catástrofe. Já está passando da hora de uma discussão séria sobre o assunto, envolvendo todos os agentes sociais, pois a preservação do Meio Ambiente é responsabilidade de todos nós, e passa sim pela preservação dos recursos hídricos, a substituição dos combustíveis fósseis por outras fontes de energia, o combate ao desmatamento, entre outras tantas medidas.
Mas até esse momento, sociedade e governos seguem como se nada estivesse acontecendo.
Triste realidade, mas é a realidade!
*Arislon Wünsch é presidente do Sindiágua/RS e diretor de Meio Ambiente da CUT/RS.
**Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha do editorial do jornal Brasil de Fato.
