Após dois dias de negociações intensas em Londres, Pequim e Washington anunciaram, perto da meia-noite desta quarta-feira (11), horário local, um acordo estrutural relativo às exportações de minérios raros e semicondutores. A negociação amplia a trégua entre os dois países na guerra comercial iniciada por Donald Trump em abril deste ano.
“O lado chinês e o norte-americano chegaram, em princípio, a uma estrutura para implementar o consenso alcançado na ligação telefônica de 5 de junho e no encontro de Genebra”, afirmou o vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang.
Ele ressaltou que os dois dias de reunião promoveram negociações “racionais, profundas e francas” entre as equipes e aumentaram a confiança mútua.
Do lado chinês, participaram das negociações o vice-premiê He Lifeng e o ministro o Comércio Wang Wentao; do lado norte-americano, os secretários do Tesouro Scott Bessent e do Comércio Howard Lutnick, além do representante comercial Jamieson Greer.
Segundo Lutnick, o entendimento é um avanço real na implementação do acordo firmado em Genebra. “Estamos prontos para começar a aplicar essa estrutura assim que for aprovada pelos presidentes. A ideia é ir adiante, com um acordo que seja benéfico para ambas as economias”, declarou.
O acordo, agora, será submetido à aprovação dos presidentes Xi Jinping e Donald Trump.
O acordo
A nova estrutura acordada entre chineses e estadunidense prevê a resolução de impasses sobre exportações chinesas de minerais raros e ímãs. Eles são produtos fundamentais para as indústrias automobilística, eletrônica e de defesa.
Em contrapartida, os EUA devem suspender algumas restrições impostas à exportação de tecnologias para a China. “Esperamos que essas questões sejam resolvidas de forma equilibrada”, disse Lutnick.
As exportações chinesas para os Estados Unidos caíram 12,7% em maio em comparação com abril, de acordo com estatísticas oficiais divulgadas nesta segunda-feira (09), para US$ 28,8 bilhões (€ 25,2 bilhões), ante US$ 33 bilhões (€ 29 bilhões).