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SABERES ANCESTRAIS

‘Reflorestamento com memória’: evento em terra Maxakali, em MG, debate justiça climática

Encontro reúne indígenas, quilombolas e camponeses para discutir recuperação ambiental e cultural do povo Maxakali

11.jun.2025 às 16h21
Belo Horizonte (MG)
Redação
‘Reflorestamento com memória’: evento em terra Maxakali, em MG, debate justiça climática

“A atividade é um chamado à ação coletiva por justiça ambiental, soberania dos povos e pelo reflorestamento com memória, afeto e resistência”, ressalta Carolina Fasolo - Imagens: Carolina Fasolo/ Projeto Hãmhi - Terra Viva

“Reflorestar o território Tikmũ’ũn” é o tema da primeira Pré-Jornada da Teia dos Povos, que acontece na Aldeia Nova Vila, Terra Indígena Maxakali, em Bertópolis, Minas Gerais. O encontro tem programação até o dia 13 de junho, é organizado pelo Projeto Hãmhi – Terra Viva e pela Teia dos Povos, e conta com a participação de indígenas, quilombolas, camponeses e aliados, construindo uma ação coletiva de reflorestamento e valorização das práticas culturais tradicionais do povo Tikmũ’ũn.

“A atividade é um chamado à ação coletiva por justiça ambiental, soberania dos povos e pelo reflorestamento com memória, afeto e resistência”, ressalta Carolina Fasolo, do projeto Hâmhi-Terra Viva.

Localizada no Vale do Mucuri, a Terra Indígena Maxakali, que abriga o povo Tikmũ’ũn, enfrenta impactos severos devido às mudanças climáticas, sendo uma das regiões do Brasil que mais registraram aumento de temperatura nos últimos anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). 

Em um território amplamente devastado por atividades agropecuárias predatórias, cercados por todos os lados por capim, a população indígena tem acesso limitado à água limpa e a espaços de cultivo. 

A isso, os Maxakali têm respondido com o que chamam de “reflorestamento com memória”: um processo de cura da terra por meio do plantio de árvores nativas, da valorização de seus rituais, cantos e da circulação de sementes tradicionais.

“Para nós, esses encontros entre as etnias e quilombolas são muito importantes, porque assim nos abraçamos e ficamos mais fortes. Nesse espaço, vamos conversar sobre nossas culturas, trocar ideias e experiências e construir o nosso caminho. Cada povo tem o seu conhecimento, caminhamos e plantamos juntos”, afirma Lúcio Flávio Maxakali, morador da Aldeia Água Boa, em Santa Helena de Minas, e o primeiro indígena Maxakali que concluiu o mestrado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A programação inclui atividades culturais, mutirões, plantios, trocas de sementes e debates sobre cura, território e justiça climática. Entre as presenças confirmadas na pré-jornada estão representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Apoio Comunitário, Inclusão e Mobilização Sociais (CAO-Cimos).

O povo Tikmũ’ũn-Maxakali 

Hoje, os Tikmũ’ũn-Maxakali enfrentam o desafio de superar as dificuldades decorrentes dos sucessivos abusos históricos enfrentados pelos povos indígenas. Eles convivem atualmente com uma situação de extrema vulnerabilidade, marcada por insegurança alimentar, falta de água potável e altos índices de mortalidade infantil — consequências diretas do desmatamento, da desigualdade socioambiental e do racismo estrutural.  

O Hãmhi – Terra Viva atua na região com ações de reflorestamento, agroecologia e valorização da cultura Tikmũ’ũn, desde 2023. Nesse âmbito, já foram restaurados mais de 156 hectares de Mata Atlântica e implantados 60 hectares de quintais agroflorestais. Além disso, o projeto forma agentes agroflorestais e viveiristas indígenas, unindo ciência, tradição e cuidado com o território.

“Apesar de uma série de vulnerabilidades em diversas áreas, como saúde, educação e a barreira da língua, a prioridade deles foi a questão do reflorestamento. Diante disso, a partir da escuta, o ministério público fomentou a implementação do Projeto Hãmhi”, explica Dr. Paulo César Vicente Lima, coordenador do CAO-Cimos.

“Hoje, vindo aqui, eu estou maravilhado com os indígenas se movimentando para reflorestar e priorizar um interesse coletivo, também com os quintais da agroecologia. Agora, a nossa grande preocupação é que o projeto está acabando”, continua.

O povo soma cerca de 2,6 mil pessoas, distribuídas em quatro territórios indígenas no nordeste de Minas Gerais: Água Boa (Santa Helena de Minas), Pradinho (Bertópolis), Aldeia Verde (Ladainha), Cachoeirinha e Aldeia-Escola Floresta (Teófilo Otoni).

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
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