O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou nesta terça-feira (17) que a Rússia não enxerga na posição de Israel uma busca de uma solução pacífica com o Irã e em buscar mediação nesta questão.
Ao comentar a escalada do conflito entre Israel e Irã, o porta-voz reiterou a disposição da Rússia em exercer um papel de mediação, manifestada anteriormente pelo presidente Vladimir Putin.
“O lado russo e, em particular, o presidente [Vladimir Putin] afirmaram que, se necessário, a Rússia estaria pronta para fornecer serviços de mediação. No momento, vemos uma relutância, pelo menos por parte de Israel, em buscar quaisquer serviços de mediação e em seguir o caminho pacífico de uma solução pacífica em geral”, disse ele.
Peskov também observou que a situação no Oriente Médio é alarmante e está em vias de uma nova escalada. “A Rússia apela às partes para que exerçam a máxima contenção para, em seguida, seguirem o caminho político e diplomático para uma solução”, destacou.
Anteriormente, o porta-voz do Kremlin havia afirmado que “a comunidade internacional se dividiu em suas avaliações” sobre a escalada da tensão no Oriente Médio entre “aqueles que condenaram o início do que está acontecendo e aqueles que apoiaram e tentaram justificá-lo”.
A drástica escalada no Oriente Médio, a partir último sábado (13), deixou 224 pessoas foram mortas no Irã por ataques israelenses, afirma o Ministério da Saúde iraniano. Cerca de 1,28 mil pessoas ficaram feridas em três dias de conflito.
Logo após o início da operação de Israel contra Teerã, a Rússia condenou os ataques israelenses e manifestou preocupação sobre a forte escalada da tensão na região. Em comunicado da chancelaria russa, Moscou pediu às partes que exerçam contenção para evitar uma “derrocada para uma guerra em larga escala”.
Em nota divulgada na sexta-feira (13), a chancelaria russa classificou os ataques de Israel contra o Irã, seus cidadãos, cidades pacíficas e instalações de infraestrutura de energia nuclear como “inaceitáveis”.
Segundo a pasta, “a comunidade internacional não pode se dar ao luxo de ficar indiferente a tais atrocidades que destroem a paz e prejudicam a segurança regional e internacional”.