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DENÚNCIA

Petrobras é citada em relatório da ONU como uma das ‘financiadoras’ do genocídio palestino

Documento lista as empresas que financiam o regime sionista e lucram com o massacre nos territórios palestinos ocupados

02.jul.2025 às 17h35
Brasília (DF)
Leonardo Fernandes
Petrobras é citada em relatório da ONU como uma das ‘financiadoras’ do genocídio palestino

O petróleo brasileiro segue abastecendo aeronaves e tanques de guerra que atuam nos territórios palestinos ocupados. Foto: Bashar Taleb/AFP

A Petrobras é uma das empresas mencionadas em um relatório produzido pela relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados desde 1967, Francesca Albanese. O documento, divulgado em 30 de junho, aponta a empresa como parte de uma vasta rede que financia o regime israelense, visando a execução de seu plano de limpeza étnica na Palestina.

O relatório intitulado Da economia de ocupação à economia de genocídio (From economy of occupation to economy of genocide, no original), mostra que a Petrobras detém as maiores participações em campos que fornecem petróleo bruto que abastece duas refinarias em Israel. A empresa fornece também combustível para jatos militares.”

“Isto não é um negócio como sempre. Meu novo relatório da ONU, Da economia da ocupação à economia do genocídio, foi publicado hoje. Ele mostra como as corporações alimentaram e legitimaram a destruição da Palestina. O genocídio, ao que parece, é lucrativo. Isso não pode continuar, a responsabilização deve ser o resultado”, publicou Albanese na rede social X.

This is not business as usual.
My new UN report, From Economy of Occupation to Economy of Genocide, is out today.
It shows how corporations have fueled and legitimised the destruction of Palestine.
Genocide, it would seem, is profitable. This cannot continue, accountability must… pic.twitter.com/Ei3atw0TQ1

— Francesca Albanese, UN Special Rapporteur oPt (@FranceskAlbs) July 1, 2025

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostram que o petróleo representou 30% do total das exportações brasileiras a Israel em 2024. O total de exportações no ano foi de 725,1 milhões de dólares (quase R$ 4 bi) em produtos, uma alta de 9,5% em relação a 2023. A balança comercial do Brasil em relação a Israel é historicamente deficitária, com um saldo negativo de 308 milhões de dólares no período de janeiro a maio de 2025. 

No documento, a relatora examina o papel de corporações na sustentação da ocupação israelense, do apartheid e, mais recentemente, do genocídio contra a população de Gaza. Ela detalha como diversos setores, incluindo fabricantes de armas, empresas de tecnologia e construtoras, contribuem para a violação do direito palestino à autodeterminação, a anexação de território, a manutenção de uma ocupação ilegal e, consequentemente, para crimes de agressão, violações de direitos humanos, apartheid e genocídio.

“Enquanto líderes políticos e governos se esquivam de suas obrigações, demasiadas entidades corporativas lucraram com a economia israelense de ocupação ilegal, apartheid e agora genocídio”, diz o documento.

“Essas entidades permitem a negação da autodeterminação e outras violações estruturais no território palestino ocupado, incluindo ocupação, anexação e crimes de apartheid e genocídio, bem como uma longa lista de crimes acessórios e violações de direitos humanos, desde discriminação, destruição arbitrária, deslocamento forçado e pilhagem até execuções extrajudiciais e inanição”, segue o texto, que destaca ainda o papel das entidades corporativas no “sufocamento da economia palestina”, “sustentando a expansão israelense em terras ocupadas”.

Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados desde 1967. Foto: Fabrice Coffrini/AFP

Empresas citadas

Para a elaboração do documento, a relatora desenvolveu um banco de dados com aproximadamente mil entidades corporativas em todo o mundo implicadas em violações de direitos humanos e crimes internacionais no território palestino ocupado. No relatório, são citadas 48 entidades, com a descrição de sua de sua relação com o genocídio palestino.

As gigantes de tecnologia e do varejo estadunidenses Microsoft, Google e Amazon são mencionadas por receberem recursos do Ministério da Defesa israelense em troca de fornecerem infraestrutura tecnológica para Israel. De acordo com Albanese, a Microsoft tem em território ocupado seu maior centro de pesquisa e desenvolvimento fora dos Estados Unidos. As tecnologias desenvolvidas pela empresa estão incorporadas no serviço prisional, polícia, universidades e escolas, incluindo em assentamentos ilegais, e tem integrado seus sistemas e tecnologia civil nas forças armadas israelenses.

Já a Amazon, segundo o relatório, opera diretamente em assentamentos, “sustentando sua economia e participando do apartheid através da entrega de serviços discriminatória”.

A destruição de propriedades de famílias palestinas para forçar seu deslocamento e a construção ilegal dos assentamentos contam com equipamentos e maquinário fornecidos, sobretudo, pela empresa coreana Hyundai, e pela sueca Volvo.

Mulher palestina chora a perda de um familiar no hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza. Foto: Omar Al-Qattaa/AFP

Além da Petrobras, a estadunidense Chevron também é citada pelo fornecimento de gás natural e por ser coproprietária do gasoduto East Mediterranean Gas, que passa por território marítimo palestino.

As empresas de reserva e hospedagem Booking e Airbnb também foram mencionadas por possuírem propriedades em assentamentos israelenses ilegais construídos em território palestino ocupado. E até um fundo governamental da Noruega, o maior do mundo, aumentou seu investimento em empresas israelenses durante os meses de agressão do regime israelense sobre Gaza, segundo o relatório da ONU.

O documento salienta que a lista apresentada é apenas “a ponta do iceberg” da cumplicidade corporativa e da estrutura de envolvimento empresarial. A relatora conclui que as relações corporativas com Israel devem cessar até que a ocupação e o apartheid terminem e as reparações sejam feitas.

Conclusões e recomendações 

A análise legal de Albanese reforça que, sob a luz de normas do direito internacional, as corporações têm obrigações de não envolvimento em violações dos direitos humanos.

O relatório conclui que a situação no território palestino ocupado se tornou uma “economia do genocídio”, onde as violações de direitos humanos e crimes internacionais são lucrativos para muitas entidades corporativas. O documento enfatiza que “negócios como de costume” não são neutros. Albanese pede ainda o fim das relações corporativas com Israel “até que a ocupação e o apartheid terminem e sejam feitas reparações”. 

“O setor corporativo, incluindo seus executivos, deve ser responsabilizado como um passo necessário para acabar com o genocídio e desmantelar o sistema global de capitalismo racial que o sustenta”, diz o texto.

Além das bombas, o regime israelense tem matado palestinos de fome, impedindo a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Omar Al-Qattaa/AFP

A relatora especial pede que os Estados membros da ONU imponham sanções e um “embargo total” a Israel, e, à sociedade civil, que boicote as empresas que financiam o genocídio palestino. Além disso, pede que a Corte Penal Internacional e os Judiciários nacionais investiguem e processem executivos e entidades corporativas por sua participação na prática de crimes internacionais.

O relatório finaliza afirmando que as atrocidades testemunhadas globalmente exigem responsabilização e justiça urgentes, o que demanda ações diplomáticas, econômicas e legais contra aqueles que mantiveram e lucraram com uma economia de ocupação que se tornou genocida. 

Brasil: diplomacia do verbo 

Embora o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha dado declarações duras, nas quais qualifica a situação em Gaza como um “genocídio premeditado”, o governo brasileiro tem se esquivado de pedidos públicos para que o país rompa relações diplomáticas e comerciais com o regime israelense. 

Em maio, um grupo de intelectuais, acadêmicos e artistas, entre eles o ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, e o escritor, cantor e compositor Chico Buarque, e os escritores Jessé Souza e Raduan Nassar, divulgou carta aberta nesse sentido. No dia 18 de junho, movimentos populares e políticos saíram às ruas de diversas cidades do país pedindo o rompimento das relações com o Estado sionista. 

Em reunião com parlamentares de esquerda, o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, afirmou que o governo brasileiro estuda novas ações de pressão contra Israel, sobretudo em relação aos acordos de cooperação militar existentes. No entanto, o embaixador descartou, a princípio, o rompimento de relações com Israel por se tratar de um tema “complexo”. 

O Brasil de Fato entrou em contato com o Ministério de Relações Exteriores (MRE) do Brasil e com a Petrobras, sem retorno. A reportagem também entrou em contato com as demais empresas mencionadas nesta matéria.

Em nota, a Booking informou que não cabe à empresa “decidir para onde alguém pode ou não viajar”. “Seguimos acompanhando de perto essas situações, inclusive possíveis mudanças legais, e aplicamos com rigor os princípios e procedimentos descritos em nossa Declaração de Direitos Humanos, assim como fazemos em todas as regiões do mundo com disputas ou em situação de conflito”, conclui o texto.

Os demais posicionamentos serão incluídos no texto à medida que forem recebidos

Editado por: Thalita Pires
Tags: israelonupalestinapetrobras
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