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Soberania

Retorno de Hong Kong faz parte de uma luta muito maior e que ainda não acabou, diz pesquisadora chinesa

Tings Chak explica que, mesmo com quase três décadas do retorno da ilha, marcas da colonização ainda estão presentes

03.jul.2025 às 15h37
Pequim (China)
Mauro Ramos
Retorno de Hong Kong faz parte de uma luta muito maior e que ainda não acabou, diz pesquisadora chinesa

Pesquisadora e militante Tings Chak em entrevista com o Brasil de Fato - 16 de abril - Mauro Ramos

“Acho que não dá pra gente subestimar a importância do retorno de Hong Kong à China há 28 anos” diz Tings Chak, coordenadora do Instituto Tricontinental na Ásia e editora da Wenhua Zongheng Internacional. 

“Não foi só uma questão relacionada à transferência do controle administrativo. Fez parte de uma luta muito maior e inacabada, um longo esforço histórico pra libertar um país dos vestígios do colonialismo, pra reunificar o povo e restaurar completamente nossa soberania territorial e política”, explica a pesquisadora que nasceu em Hong Kong e também é colunista no Brasil de Fato.

Desde terça-feira (1°), a China e sua Região Administrativa de Hong Kong estão realizando celebrações pelos 28 anos do retorno da ilha ao gigante asiático. Nesta quinta-feira (3), o Shandong (山东舰), o primeiro porta-aviões totalmente chinês, chegou em Hong Kong como parte das comemorações que seguirão até o dia 7 de julho.

Shandong, o primeiro porta-aviões de fabricação totalmente nacional da China, chega em Hong Kong para as comemorações dos 28 anos do retorno da ilha à China – 3 de julho de 2025. | May James | AFP

Tings argumenta que as consequências de um longo período de colonização levam tempo para superar, e que isso não acontece apenas no caso da China.

“Sabemos que o fim das regras coloniais formais é apenas o começo de um processo muito mais difícil e longo, porque o verdadeiro trabalho, a libertação mais profunda, vem depois”, reflete. 

“Como voltam a se unir as pessoas que foram divididas pelo colonialismo, que estão sujeitas a um sistema político e econômico diferente, uma língua diferente, uma cultura diferente, de um lado, e as pessoas que vivenciam uma revolução socialista?”, questiona.

“Acho que isso não é algo que acontece em 10, 20 ou mesmo 28 anos. Isso leva tempo. Leva gerações”. 

A ingerência continua

Hong Kong não apenas sofre as consequências de uma intervenção prolongada passada, como continua sendo objeto de ingerência.

“Especialmente as gerações mais jovens, cresceram sem realmente entender a história moderna da China e a revolução social, como funciona o Partido Comunista da China, quais são os avanços e ganhos materiais reais para o povo de um país que era tão pobre, não faz muito tempo”, explica Tings. 

“E isso não é acidental. O colonialismo deixa marcas ideológicas e institucionais profundas que, de muitas maneiras, continuam sendo preservadas, especialmente nesta fase da nova Guerra Fria, que estamos presenciando, ser imposta à China pelo Ocidente liderado pelos EUA”, critica.

Em 2019, uma série de ações anti-China foram realizadas em Hong Kong com apoio dos Estados Unidos, sob o primeiro governo Trump. 

O governo chinês chegou a elaborar uma “Ficha informativa sobre a interferência dos EUA nos assuntos de Hong Kong e o apoio às forças anti-China e perturbadoras de Hong Kong”, onde denunciou cinco tipos de ações promovidas pelos EUA, que incluem estratégias como a aprovação de regulamentações intervencionistas como a Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong, promovida pelo então senador republicano Marco Rubio, hoje secretário de Estado do segundo governo Trump.  

A lista inclui sanções comerciais e a funcionários da ilha, assim como o incentivo público a ações anti-China, como o discurso da, nesse então, presidenta da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, em junho de 2019, no The Christian Science Monitor, onde elogiou ações que violam as leis chinesas.

“Nós que viemos de países do Sul Global, acho que entendemos isso profundamente; muitas das nossas sociedades suportaram séculos de dominação colonial, humilhação e divisão, e declarações de independência, não acabaram com isso”.

O futuro 

Tings acredita na necessidade de que mais jovens como ela tenham a oportunidade de entender mais o Sul Global e o processo inteiro da China, “para compreender quão históricas foram as conquistas da China sob o socialismo, desde a erradicação da pobreza até à transformação das condições materiais do nosso povo, sob a liderança do Partido Comunista”.  

Entre outros trabalhos, Tings é autora de “Servir ao povo: a erradicação da pobreza extrema na China”, uma pesquisa que mostra o processo político e social de tirar 98,99 milhões de pessoas da pobreza extrema de 2013 a 2021.  

“Espero que os mais jovens de Hong Kong tenham a oportunidade de transitar processos similares e se envolverem diretamente para verem por si próprios, e para fazerem parte do país num longo sentido histórico”, diz Tings.

Depois de 156 anos: o retorno de Hong Kong à China

À meia noite do dia 1° de julho de 1997, a Banda Militar do Exército de Libertação Popular (ELP) da China tocou o hino da República Popular da China no Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong. A bandeira da República Popular da China e a bandeira da Região Administrativa Especial de Hong Kong foram hasteadas juntas. 

O feito marcou o fim de 156 anos de domínio britânico sobre a ilha chinesa. Hong Kong, junto com Taiwan e Macau fazem parte significativa do que a China considera o “Século da Humilhação”, quando o país sofreu invasões, perdas de territórios e massacres. 

O período vai de 1839, com a imposição da primeira guerra do ópio por parte dos britânicos, até a fundação da República Popular da China.

As negociações para o retorno começaram em 1982, com uma visita da primeira-ministra britânica Margaret Thatcher à China. 

Houve 22 rodadas de negociações, até que, em dezembro de 1984, os governos acordaram que a China retomaria a soberania sobre Hong Kong, em 1º de julho de 1997.

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: chinapartido comunistasoberania
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