O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que fará uma “grande declaração” sobre a Rússia na próxima segunda-feira, 14 de julho. Há uma expectativa de que o líder estadunidense possa anunciar um pacote de ajuda militar à Ucrânia.
O republicando reiterou que está “decepcionado com a Rússia” com a falta de perspectivas de resolução do conflito. “Mas veremos o que acontece nas próximas semanas”, disse Trump em entrevista ao canal NBC News.
“Acho que farei uma grande declaração sobre a Rússia na segunda-feira”, acrescentou o presidente dos EUA, sem entrar em detalhes.
O chefe da Casa Branca também falou sobre a possibilidade de impor novas sanções contra a Rússia. “Em outras palavras, a decisão de aplicá-las é minha. Eles [o Congresso] vão aprovar um projeto de lei de sanções muito sério e duro, mas cabe ao presidente decidir se quer aplicá-las”, acrescentou.
Ao comentar essas ameaças, o Kremlin também reforçou o discurso de que é “impossível falar com Moscou na linguagem de ultimatos”.
Na véspera, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, durante uma reunião com a delegação russa em Kuala Lumpur, afirmou que Moscou apresentou novas propostas sobre a Ucrânia. Sem revelar a essência delas, afirmou que um “roteiro” para a resolução do conflito foi discutido.
“Trocamos algumas ideias e comentários que retornarei a Washington esta noite na forma de ligações e reflexões, e talvez haja algo sobre o qual novas ações possam ser construídas”, disse Rubio. Ele prometeu transmitir a proposta russa a Trump “imediatamente” após o seu retorno.
De acordo com uma publicação da agência Reuters, citandos fontes da Casa Branca, Trump pode, pela primeira vez desde o início de seu segundo mandato presidencial, ordenar o envio de ajuda militar à Ucrânia no âmbito de seus poderes oficiais. A publicação fala em um fornecimento de armas das reservas militares dos EUA no valor de até US$ 300 milhões.
Os EUA têm US$ 3,86 bilhões restantes no âmbito do orçamento acordado com o Congresso para alocação de ajuda militar e financeira à Ucrânia. No início de janeiro foi a última vez que os EUA enviaram uma assistência desse tipo ao Exército ucraniano, ainda na administração de Joe Biden.
A expectativa em torno das próximas decisões dos EUA em relação ao conflito ucraniano acontecem em meio a uma intensificação dos ataques russos a Kiev. Em 10 de julho, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou que Kiev e seus arredores sofreram um ataque russo de aproximadamente dez horas, utilizando mais de 400 mísseis e drones.