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50% PARA EXPORTAR

Quais estados do Brasil poderão ser mais afetados por tarifaço de Trump?

Enquanto SP é o campeão de vendas, Ceará é o mais dependente das exportações para os EUA, segundo estudo do Dieese

24.jul.2025 às 20h56
Atualizado em 25.jul.2025 às 16h45
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski
Porto de Santos

Levantamento usa dados oficiais sobre exportações brasileiras para os EUA realizadas entre janeiro de 2024 e junho de 2025 - Divulgação / Porto de Santos

São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são os três estados brasileiros que mais exportam produtos para os Estados Unidos, país que anunciou que taxará em 50% compra vinda do Brasil a partir do dia 1º de agosto. Ceará, Espírito Santo e Sergipe, entretanto, são os estados que mais dependem dos EUA para exportar e, por isso, podem ser os mais prejudicados pelo tarifaço.

É isso o que indica um estudo produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O levantamento do Dieese usa dados oficiais sobre as exportações brasileiras para os EUA realizadas entre janeiro de 2024 e junho de 2025 para indicar eventuais efeitos regionais das medidas impostas por Trump. Os EUA é o segundo maior comprador de produtos brasileiros, atrás da China. Em 2024, a nação estadunidense comprou 40 bilhões de dólares do Brasil. Isso é cerca de 12% de tudo o que o Brasil exportou no ano.

O estudo do Dieese destaca a importância de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais nesse cenário. Segundo o órgão, os três estados juntos respondem por 62,3% de toda exportação brasileira para os EUA: São Paulo exporta 33%; Rio, 17,5%; e Minas, 11,5%.

No caso de São Paulo, especificamente, os produtos mais exportados são reatores e caldeiras, aviões e combustíveis. De toda exportação paulista, 19,1% vai para os EUA.

No Rio, este percentual cai para 15,8% e, em Minas, 11,1%.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), chegaram a culpar Lula pelo tarifaço. Diante da má repercussão de suas falas, eles recuaram e passaram a criticar Trump.

Abaixo a tabela com os estados com maior participação nas exportações para os EUA, de janeiro de 2024 a junho de 2025.

Maior dependência

De acordo com o Dieese, o Ceará é o estado brasileiro que mais depende dos EUA para exportar. Apesar de ele responder por somente 2% de toda exportação nacional para os EUA, 47,8% do que o estado vende para fora vai para a economia estadunidense.

O que o estado mais vende é ferro fundido, peixes e calçados.

Um estudo do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), ligado ao governo estadual, sugere que parte desses produtos sejam enviados a outros países caso o tarifaço realmente entre em vigor. O documento, porém, reconhece que isso não seria simples.

“Considerando a relevância das exportações para os Estados Unidos na pauta do estado do Ceará, especialmente, devido a elevada concentração nas vendas do setor de Ferro fundido, ferro e aço para esse país, a solução pode não ser tão trivial, caso essa medida venha a ser realmente implantada, exigindo maior esforço de estratégia comercial por parte do estado”, diz o texto, publicado no dia 15.

Um dia antes, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), se reuniu com representantes do setor produtivo cearense para tratar do tarifaço, “manter a competitividade das empresas” e “garantir os empregos para os cearenses”.

Em segundo lugar no ranking de dependência elaborado pelo Dieese vem o Espírito Santo. Lá, 30,2% das exportações estaduais vão para os EUA. Sergipe aparece em terceiro lugar, pouco à frente de São Paulo, com 21,2% das exportações para os EUA.

O Espírito Santo criou um comitê para discutir o tarifaço. O Sergipe destacou que os EUA são o segundo maior comprador de produtos do estado, atrás da Holanda. Ainda assim, está elaborando medidas para apoiar empresas sergipanas por conta do tarifaço. Estuda, por exemplo, ampliar o uso do suco de laranja –segundo produto mais exportado pelo estado aos EUA– na alimentação escolar como forma de estimular o consumo interno e fortalecer a cadeia produtiva local.

Além disso, a equipe econômica do governo está elaborando medidas de apoio ao setor, que devem ser anunciadas em breve. Entre elas, estão linhas de crédito subsidiado, incentivos fiscais e outras ações para aliviar os custos enfrentados pelos produtores de citros, especialmente neste momento em que o setor se mostra o mais crítico da nossa cadeia produtiva.

Em busca de soluções

Weslley Cantelmo, economista e presidente do Instituto Economias e Planejamento, afirmou ao Brasil de Fato que parte das soluções para reduzir o impacto do tarifaço sobre a economia nacional passa mesmo por redirecionar a exportação do país para fora dos EUA. “A tarifa de 50% é uma taxa de inviabilização do comércio. É muito alta”, afirmou ele. “Precisamos saber como realocar os produtos.”

Segundo ele, apesar de serem menos dependentes dos EUA, no caso de São Paulo e do Rio de Janeiro, por exemplo, essa realocação é mais difícil. “São exportados muitos reatores e máquinas. Isso está ligada a uma demanda muito ajustada da cadeia”, diz. “Acredito que São Paulo e Rio de Janeiro teriam mais problemas com as tarifas.”

Para Cantelmo, considerando essa lógica, Ceará e Sergipe, por exemplo, encontrariam alternativas mais viáveis para realocar suas exportações. “São peixes, calçados, combustíveis. Fica mais fácil redirecionar”, explicou.

O economista Eric Gil Dantas, membro do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), confirma a lógica. Ele ressaltou que 52% da exportação de Sergipe são de petróleo, que podem facilmente ser redirecionadas. “Enquanto, para São Paulo, a situação é mais difícil, com exportação suco de laranja e aviões”, acrescentou.

Cantelmo ressaltou que parte do suco de laranja ou mesmo o café que hoje vai para os EUA pode acabar sendo consumido no próprio país, reduzindo preços internos. Para Cantelmo, a pujança do mercado nacional não pode ser ignorada na busca por soluções para os impactos do tarifaço.

“Em Minas Gerais, a corrente de comércio do estado com o mercado interno é três vezes maior que a corrente de exportações. O mercado interno é importante”, disse.

*Matéria atualizada às 10h30 do dia 25 para inclusão de informações enviadas pelo governo de Sergipe sobre sua reação ao tarifaço.

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: dieesedonald trumprio de janeirosão paulotarifa
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