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Tarifaço

Auditório lotado na USP reúne quase mil pessoas em defesa da soberania nacional após tarifaço de Trump

Ato reuniu lideranças políticas, movimentos populares e comunidade acadêmica no Salão Nobre da Faculdade de Direito

25.jul.2025 às 13h42
São Paulo (SP)
Rodrigo Chagas
Auditório lotado na USP reúne quase mil pessoas em defesa da soberania nacional no Largo São Francisco

Entre os presentes, estavam representantes de movimentos populares, sindicatos e lideranças políticas - Sérgio Silva/FPA

Quase mil pessoas participaram, nesta sexta-feira (25), de um Ato em Defesa da Soberania Nacional no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O evento, com auditório lotado e público sentado no chão e nas portas, foi presidido por Celso Campilongo, diretor eleito da faculdade, e organizado em parceria com o Centro Acadêmico XI de Agosto. Ao lado de Cida Bento, a vice-diretora eleita, Ana Elisa Bechara, leu a Carta em defesa da soberania nacional, que já conta com o apoio de mais de 300 entidades da sociedade civil.

O manifesto defende a soberania como “o poder que um povo tem sobre si mesmo” e denuncia o que classifica como “intromissões estranhas à ordem jurídica nacional”. A carta repudia qualquer tentativa de intervenção externa e pontua que “o Brasil sabe como defender sua soberania”. Ao reafirmar a soberania como valor essencial da democracia brasileira, o texto também aponta que “sujeitar-se a esta coação externa significaria abrir mão da nossa própria soberania, pressuposto do Estado Democrático de Direito”.

Durante o ato, a presidenta do Centro Acadêmico XI de Agosto, Júlia Pereira Wong, destacou que defender a soberania nacional “é levar o papel de cidadão às últimas consequências, para que assim a cidadania seja o princípio de tudo”. Em sua fala, Júlia criticou as recentes ameaças externas ao Brasil e apontou que o povo brasileiro tem reagido de forma organizada e firme. Os discursos foram seguidos por palavras de ordem entoadas pelo público.

Evento na USP uniu gerações em defesa da soberania nacional (Foto: Sérgio Silva/FPA)

O ato ocorre em meio a uma escalada de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O presidente norte-americano Donald Trump anunciou a aplicação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, medida que ele atribui ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a divergências comerciais. O governo Lula (PT) reagiu, afirmando buscar negociação, mas prometendo reciprocidade em caso de retaliação. A carta lida na cerimônia também foi transmitida em tempo real por outras universidades públicas do país.

Entre os presentes, estavam representantes de movimentos populares, sindicatos, organizações como Uneafro e partidos das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Também participaram lideranças políticas como José Genoino, José Dirceu, Luiz Eduardo Cardoso, Edinho Silva (presidente do PT), Bianca Borges (presidenta da UNE), além de parlamentares como o deputado federal Ivan Valente (PSOL) e autoridades do campo jurídico. A cerimônia foi encerrada com o Hino Nacional entoado pelo público que lotou o Salão Nobre, reafirmando em coro o compromisso com a soberania do país.

Representantes de movimentos populares, lideranças políticas e entidades jurídicas participaram do ato convocado pela comunidade acadêmica (Foto: Sérgio Silva/FPA)

Mobilização nas ruas, memória histórica e resistência: vozes em defesa da soberania

“Mais do que nunca, soberania significa dizer que quem manda no Brasil é o povo brasileiro”, afirmou a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bianca Borges, em entrevista ao Brasil de Fato. Para ela, o tarifaço anunciado pelo presidente norte-americano Donald Trump é uma tentativa de “passar por cima das nossas leis e instituições” para atender aos interesses políticos da extrema direita.

Borges anunciou que o movimento estudantil está convocando o 1º de agosto como dia nacional de mobilização: “Pareceu que Donald Trump esperava nos colocar de joelhos, e já no dia seguinte nós fomos às ruas e respondemos de pé”.

A estudante destacou que a Carta em defesa da soberania nacional, lida durante o evento, deve impulsionar ações semelhantes em todo o país. “Essa foi uma iniciativa organizada às pressas, mas que se mostrou muito exitosa. Milhares de pessoas estiveram aqui hoje e temos a expectativa de que isso nos mantenha de pé, atentos e fortes para fazer frente a esses ataques”, afirmou.

O ex-ministro José Dirceu lembrou, em entrevista ao Brasil de Fato, que essa não é a primeira tentativa de intervenção estadunidense no Brasil. “Em 1964, em 1961, em 1954… já vimos isso antes. É mais uma vez a tentativa de cortar o caminho do Brasil para sua emancipação”, afirmou.

Dirceu defendeu que a resposta do governo Lula está em conformidade com a Constituição, que garante a independência do Judiciário e a não intervenção externa. “Temos uma pauta ideal: a defesa da democracia, da soberania e de uma revolução social por meio da reforma tributária progressiva. Acho que essa é a pauta que nós todos devemos nos unir para inclusive reeleger o presidente Lula em 2026”, concluiu.

O jornalista Juca Kfouri também participou da atividade e destacou, em conversa com o Brasil de Fato, a força simbólica do Salão Nobre do Largo São Francisco. O espaço já foi palco da Carta aos Brasileiros, em 1977, contra a ditadura militar (1964-1985), e da Carta em defesa da democracia em 2022.

“Hoje, recebe aqueles que defendem a soberania do Brasil, e eu não tenho dúvida: é um movimento que será cada vez maior”, afirmou sobre o lugar. Para Kfouri, a soberania significa “não se curvar ao desejo de quem quer que seja, mesmo que seja o presidente da nação mais poderosa do mundo”.

Crítico à postura de Trump, o jornalista afirmou que “está fora da casinha” e defendeu a reação firme do governo brasileiro. Ele avaliou que o episódio pode ampliar o apoio popular ao presidente Lula: “Não resta ao governo senão atender cada vez mais aos anseios das classes menos favorecidas. O que os americanos querem é levar aquilo que nós temos de mais rico. O que nós temos que fazer é preservar as nossas riquezas para distribuir melhor pelo povo brasileiro”.

Editado por: Martina Medina
Tags: donald trumpgoverno lulamovimentos popularessoberania nacionaltarifaço
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