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Retirada de agrotóxicos submersos há 7 meses no rio Tocantins é retomada

Desabamento de ponte em dezembro de 2024 deixou mais de mil galões de agrotóxicos no fundo do rio

29.jul.2025 às 10h16
Beatriz Vitória
|Repórter Brasil
Retirada de agrotóxicos submersos há 7 meses no rio Tocantins é retomada

Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que fica entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), após desabamento - Governo do Maranhão

Ao longo do mês de julho, uma equipe técnica do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) vem retomando os trabalhos para a remoção de mais de mil galões de agrotóxicos alojados no fundo do rio Tocantins desde dezembro de 2024.

Documentos obtidos pela Repórter Brasil via LAI (Lei de Acesso à Informação) revelam que o cronograma da operação prevê atividades contínuas até setembro.    

São 219 dias desde o acidente com três caminhões que transportavam defensivos agrícolas e ácido sulfúrico. Os veículos caíram no rio após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO). Apenas 29 bombonas foram retiradas até agora.

As cargas transportavam substâncias como 2,4-D, picloram e acetamiprido, agrotóxicos classificados como perigosos para a saúde humana e para o meio ambiente. No entanto, a maior parte desse material segue submersa até hoje, sob risco de vazamento.

As ações de retirada começaram logo após o acidente, mas foram suspensas no início de janeiro, após o aumento do nível do rio devido às chuvas e à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica Estreito, localizada a 3 km do ponto do acidente. O Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais) interrompeu os trabalhos alegando risco à segurança das equipes de mergulho.

Desde então, o processo segue com lentidão. Em maio, o Dnit informou à Repórter Brasil que a retomada das atividades dependia de fatores externos, como clima, força da correnteza e atividade da barragem. Somente no início de julho – pouco mais de seis meses após a suspensão – o órgão confirmou a retomada dos trabalhos.

Em resposta enviada à reportagem, o Ibama afirmou que está elaborando um relatório sobre o tema após visita de equipes ao local. 

Já o Dnit informou que uma equipe técnica reiniciou as inspeções no rio no dia 1º de julho, utilizando sonares e equipamentos não tripulados para localizar os veículos e as cargas submersas. A próxima etapa é a de mergulhos técnicos.

Após essa fase, será feito o mapeamento completo do local e um plano de remoção individualizado para cada carga, considerando profundidade, escombros e riscos associados. Leia aqui a nota completa.

Análises ainda não detectaram contaminação do rio

Boletins hidrometeorológicos consultados pela Repórter Brasil mostram que as condições atuais do rio Tocantins são favoráveis para a execução dos mergulhos e da retirada dos galões.

Análises de vazão e nível da água feitas pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) e pela ANA (Agência Nacional das Águas e Saneamento Básico) indicam que o rio está sob regime estável, com baixa pluviosidade e correnteza reduzida – cenário oposto ao que justificou a paralisação das atividades em janeiro. A turbidez da água também está baixa, o que favorece a visibilidade subaquática necessária para a operação.

A Usina Hidrelétrica Estreito, responsável pela barragem que influencia o nível do rio, afirmou que opera no modelo “a fio d’água” e que a vazão segue as regras da Resolução ANA nº 070/2021. Segundo o consórcio, qualquer ajuste depende de solicitação e autorização dos órgãos reguladores.

De acordo com o relatório de monitoramento da água do Rio Tocantins, obtido pela Repórter Brasil por meio de LAI, as análises realizadas até o dia 10 de abril não detectaram a contaminação da água por agrotóxicos acima do limite permitido. 

Contudo, o risco ambiental persiste. A permanência prolongada dos galões no fundo do rio aumenta as chances de vazamento e de impactos ao ecossistema aquático e às populações que dependem do Tocantins para abastecimento e pesca.

Comunidades se queixam da falta de diálogo com o poder público

O rio Tocantins nasce em Goiás e percorre os estados do Tocantins, Maranhão e Pará. Ele é uma das principais fontes de água da região, utilizado no abastecimento de municípios, na irrigação de lavouras, no sustento de comunidades pesqueiras e até como espaço de lazer para a população.

Apesar da importância do rio para as populações locais, lideranças se queixam da falta de diálogo do poder público com comunidades próximas ao ponto do acidente.

“Não houve, em nenhum momento, nenhum tipo de conversa ou de aproximação dos órgãos responsáveis pela retirada dos materiais que estão no fundo do rio com as comunidades Apinayé”, afirma Ricardo Murakami, representante de uma associação da Terra Indígena Apinayé, na região de Tocantinópolis (TO).

Especialistas apontam que há riscos do consumo contínuo de pequenas quantidades de agrotóxicos, mesmo quando estão dentro dos limites considerados seguros.

Logo após o acidente, a ANA chegou a dizer que a alta vazão do rio Tocantins ajudaria a diluir rapidamente os pesticidas, o que diminuiria os riscos para a população. Para Fábio Kummrow, professor de toxicologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), não é possível garantir essa afirmação sem que os resultados sejam divulgados à população.

“É muito fácil assumir que está chovendo, que a vazão está alta e que não há risco. É um discurso válido, mas sem dados numéricos, é um discurso vazio”, afirma. “Se está tudo normal, por que não divulgam os dados?”, disse o pesquisador em reportagem publicada em abril, na qual a Repórter Brasil revelou que parte dos galões foi arrastada pela correnteza e chegou a municípios do Pará, a mais de 300 km do local do acidente. Alguns foram recolhidos por prefeituras e devolvidos à empresa responsável pela carga.

Conteúdo originalmente publicado em Repórter Brasil
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