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LUTA POR DIREITOS

Greve no IFRS Restinga denuncia fome entre estudantes e cobra restaurante universitário

Mobilização dos alunos suspende aulas por dois dias no campus localizado na periferia de Porto Alegre

08.ago.2025 às 16h34
Porto Alegre (RS)
Marcelo Ferreira
Greve no IFRS Restinga denuncia fome entre estudantes e cobra restaurante universitário

Greve dos alunos foi aprovada em assembleias realizadas nos três turnos - Foto: Divulgação / Fenet

Estudantes do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), campus Restinga, zona sul de Porto Alegre, paralisaram as aulas nesta quinta-feira (7) e sexta-feira (8) em protesto contra a falta de alimentação escolar adequada. A greve, decidida em assembleias realizadas nos três turnos de quarta-feira (6), denuncia a situação de insegurança alimentar enfrentada por parte dos alunos e exige a construção imediata de um restaurante estudantil (bandejão).

A mobilização foi convocada pelo grêmio estudantil e pela Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet), após relatos de fome entre estudantes. De acordo com a diretora da Fenet no RS, Marcela Almerindo, um aluno chegou a desmaiar por falta de alimentação. “A realidade dos estudantes dos IFs é triste: falta auxílio, falta comida, falta transporte. A luta é a única saída para conquistarmos direitos”, afirma, destacando que a reivindicação não é recente e que a Fenet cobra solução do Ministério da Educação (MEC).

Segundo o grêmio estudantil, a greve foi aprovada por ampla maioria. “Não é justo nos comprometermos a estudar sem ter garantia de poder se alimentar”, pontua a estudante Julia Pereira Fagundes, que integra o grêmio. “O ensino é gratuito, mas o investimento que os alunos fazem em transporte e alimentação é tanto que acaba sendo o mesmo que pagar para estudar”, completa.

Ela destaca que a adesão à greve é de todas as turmas e que os estudantes seguem indo ao campus para mostrar que a greve é por direitos, não por descanso. Fagundes afirma também que a relação dos alunos com a direção é boa e tem apoio. “É de interesse de todos que nenhum aluno deixe de estudar por passar fome em sala de aula e dificuldades financeiras. É de interesse dos professores ver uma turma cheia se formando, coisa que se torna cada vez mais rara por esses motivos.”

Direção apoia mobilização

O diretor de Ensino do IFRS Restinga, Mário San Segundo, afirma que a instituição apoia a mobilização: “É uma luta nossa também”. Segundo ele, a precariedade no fornecimento de alimentação é histórica e atinge todo o país. “Quando os institutos foram criados, ficaram de fora dos fundos que financiam a alimentação tanto da educação básica quanto do ensino superior. Porque se pretendia que tivesse recurso próprio para os institutos federais, só que esse recurso acabou nunca vindo.”

San revela que o valor recebido por aluno atualmente é menos de R$ 1,00 por dia. “Valor que subiu bastante. Para ter uma ideia, até o início do terceiro mandato agora do governo Lula, não dava 30 centavos por estudante por dia. Quando começou esse governo teve um aumento, mas mesmo assim é um valor muito baixo”, avalia.

Com esse valor, o diretor explica que o campus só consegue oferecer um lanche simples – e apenas para estudantes do ensino médio. Metade dos quase 2 mil alunos do IFRS Restinga estão no ensino superior e não são contemplados. “Recebemos muitos relatos dramáticos de estudantes que não conseguem se manter aqui. Apesar da educação ser gratuita, estudar custa caro: transporte, alimentação… é dramático”, desabafa o diretor.

Aulas estão suspensas até segunda-feira

A paralisação é respaldada institucionalmente. A nota oficial do instituto confirma a suspensão das aulas nos dias 7 e 8 de agosto, com retorno previsto para segunda-feira (11).

Localizado em uma das regiões mais vulneráveis da Capital, o campus Restinga atende majoritariamente estudantes da periferia. Segundo a direção, 51% dos alunos moram na Restinga, 39% vêm de bairros como Lami, Hípica e Lomba do Pinheiro, e outros 10% são de bairros mais afastados. Mais da metade dos estudantes têm renda familiar per capita inferior a um salário mínimo e meio, o que os torna dependentes de políticas de assistência estudantil.

A mobilização no campus integra uma articulação nacional da Fenet pela ampliação do orçamento federal para os institutos federais e a garantia da alimentação estudantil. Na segunda-feira, estudantes dos 17 campi do IFRS devem se reunir no campus Porto Alegre Centro para debater a organização dos estudantes, a redução do valor dos auxílios do IFRS e a alimentação escolar.

O Brasil de Fato RS solicitou posição do Ministério da Educação sobre as reivindicações dos alunos. Até o fechamento desta matéria, não houve retorno. O espaço segue aberto.

Editado por: Katia Marko
Tags: educação públicaestudantesfomegoverno lulainsegurança alimentarmecmovimento estudantilperiferia
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