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Reparação

MAB e Fiocruz desenvolvem pesquisa sobre saúde de atingidos por barragens em Jequié (BA)

Iniciativa busca construir uma rede de vigilância popular em saúde com populações vulneráveis no município

25.ago.2025 às 16h06
Salvador (BA)
Redação
MAB e Fiocruz desenvolvem pesquisa sobre saúde de atingidos por barragens em Jequié (BA)

No início deste ano, o MAB realizou um Curso de Vigilância Popular em Saúde como parte da preparação do projeto - Marcos Souza/MAB

Os bairros às margens do Rio de Contas, em Jequié, no sudoeste da Bahia, acolhem a partir desta segunda-feira (25) uma comitiva de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) para o desenvolvimento de um projeto sobre saúde popular no município. O grupo, que permanece no local até a próxima sexta-feira (29), visita diversas famílias da comunidade local para conversar sobre a situação atual da saúde destas populações.

A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Ministério da Saúde, tem como objetivo formar vigilantes populares em saúde a partir da realidade dos atingidos por barragens e pelas mudanças climáticas. Em Jequié, o foco principal da pesquisa nesta primeira etapa é avaliar as condições de saúde da população a partir dos impactos da Barragem da Pedra, do agravamento da violência no território, das recorrentes enchentes e violações de seus direitos.

Um dos desafios da pesquisa é ampliar o conceito de saúde da população para além da ausência de doenças. Para o MAB e pesquisadores, analisar se uma pessoa está plenamente saudável é preciso considerar também os fatores sociais, econômicos, culturais e ambientais que influenciam a saúde e o bem-estar de cada indivíduo e das comunidades em geral. Por isso, é preciso entender as condições de vida, trabalho, educação e relações sociais das populações pesquisadas, indo além dos aspectos biológicos e individuais.

Cleidiane Barreto, membro da coordenação do MAB na Bahia, explica que a iniciativa é muito necessária para Jequié, pois coloca a saúde e o direito das populações atingidas do município no centro do debate. São esses sujeitos, aponta a dirigente, que normalmente são invisibilizados por serem vítimas de enchentes provocadas pelas aberturas de comportas da barragem.

“É um trabalho que valoriza a experiência das famílias e das comunidades. É o momento de escutar quem vive diariamente com os impactos das mudanças climáticas, das construções de barragens e quem está construindo a luta e novas possibilidades para os atingidos. Essa parceria fortalece a luta por reconhecimento, por reparação e principalmente por dignidade dessas famílias” explica.

Em 2024, o movimento realizou um ato por reparação e justiça após enchentes que afetaram Jequié – Comunicação MAB

Esta é a terceira visita da equipe às comunidades atingidas. O projeto já passou em Canoas (RS) e Cametá (PA) e ainda vai a São Sebastião (SP) e Fortaleza (CE). Esta primeira etapa consiste em um diagnóstico participativo, com escutas ativas, para mapear os desafios locais de saúde. Em 2026, após as entrevistas, tem início a fase formativa, com oficinas que capacitarão os atingidos como agentes de vigilância popular em saúde, fortalecendo sua autonomia para identificar e agir sobre os riscos à saúde de sua comunidade.

“Estamos muito esperançosos que essa pesquisa ajude inclusive a construir ferramentas para exigir a reparação das famílias que foram atingidas pelas aberturas de comportas da Chesf [Companhia Hidro Elétrica do São Francisco], para a construção de políticas públicas e também para a construção da organização popular”, destaca Barreto.

Vigilância popular em saúde

O projeto busca promover e apoiar ações de vigilância popular em saúde, preparando as populações de cada território para identificar, monitorar, comunicar e registrar quaisquer problemas de saúde na população, especialmente aqueles causados pela construção de barragens ou por eventos climáticos.

O aprofundamento do conceito de vigilância popular é o segundo passo da iniciativa, previsto para 2026. A pesquisadora Priscila Neves, uma das coordenadoras do projeto, explica a importância desta primeira etapa para a construção mais qualificada da formação dos futuros vigilantes.

“É importante escutar a população, compreender as histórias, sentimentos e percepções, não apenas sobre o que aconteceu, mas sobre o que, para elas, pode ser feito para reduzir os riscos e trazer um pouco de segurança. Isso é essencial para construir uma formação mais adequada à realidade dos territórios”, explica Neves. Além disso, também precisamos compreender como os atingidos se organizam dentro da comunidade, onde buscam informação, como a informação é passada entre os membros da comunidade e como é a relação da população com o SUS”, completa.

Programação

Com o propósito de conhecer a realidade das famílias e conversar sobre sua saúde, a programação desta semana prevê visita às residências dos moradores durante os cinco dias de pesquisa na região. Os bairros Mandacaru, Quilômetro 3, Joaquim Romão e Curral Novo são os principais focos da pesquisa.

Já na tarde de quinta-feira (28), na Associação de Moradores do Mandacaru, os pesquisadores reúnem os atingidos em grupo e propõem a aplicação do método corpo-território, que visa compreender como as alterações no ambiente em que vivem refletem diretamente em seus corpos.

Editado por: Lorena Andrade
Tags: atingidos por barragensfiocruzmabsaúde
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