A Fundação Ecarta, em Porto Alegre, recebe, a partir desta quinta-feira (28), a programação da 6ª edição do Festival Internacional de Videodança (Fivrs). Com o objetivo de criar experiências sensoriais e narrativas potentes, a exposição de dança e audiovisual fica aberta para visitação até 21 de setembro, com entrada gratuita.
A abertura da mostra ocorre às 19h, mas a partir das 17h o público poderá participar de uma conversa entre artistas e curadores.

Serão exibidas 42 videodanças selecionadas entre 165 inscrições de 26 países e 15 estados brasileiros, reafirmando o caráter global e plural da linguagem da modalidade artística. A exposição constrói uma cartografia vibrante de estilos, linguagens, ritmos, corpos e discursos.
As obras integram quatro programas curatoriais:
. Diversos mundos que a dança move
. Corpos que torcem as fendas do tempo
. Cada dança é um grito
. Saberes incorporados
Com cerca de dez trabalhos por programa, as exibições se espalham por diferentes espaços da Galeria Ecarta, para criar uma experiência imersiva e provocadora.
Diversidade em movimento

“O festival apresenta a potência da videodança como expressão crítica e sensível diante de temas contemporâneos urgentes”, explicam as diretoras do Fivrs, Carmen Hoffmann e Rosângela Fachel, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), promotora do festival em parceria com a Fundação Ecarta.
Os trabalhos inscritos vieram de 26 países — entre eles, Alemanha, Argentina, Bélgica, Chile, Cuba, Espanha, EUA, Irã, Japão, México, Portugal, Reino Unido e Venezuela — revelando a força internacional da videodança como linguagem artística contemporânea.

O Brasil também se destaca: há produções vindas de 15 estados e do Distrito Federal, abrangendo todas as regiões do país.
Os vídeos, com até 10 minutos de duração, estarão disponíveis também no canal do festival no YouTube.
Videodança: entre o corpo, a lente e o mundo

Para Marcos Fuhr, presidente da Fundação Ecarta, “a videodança amplia o alcance da dança para além dos palcos, democratizando seu acesso e convidando novos públicos”. A professora e coordenadora do Fivrs, Anita Hoffmann, destaca ainda que o formato permite criar novas percepções coreográficas: “A edição e o olhar da câmera ressignificam o movimento e os gestos”.
Já Rosângela Fachel, também da coordenação, sublinha a potência da linguagem como espaço de liberdade criativa. “A videodança rompe fronteiras entre disciplinas e amplia o campo da arte do movimento.”
A curadoria foi realizada por profissionais de quatro países: André Rosa e Matheus Brusa (Brasil), Ana Sedeño Valdellós (Espanha), Diego Carrera (Uruguai) e Mayra Huerta (México).
Duas exposições paralelas dialogam sobre corpo e memória
Além das exibições de videodança, duas mostras visuais ocupam simultaneamente os espaços da Fundação Ecarta:
Encaixotando Desencaixados, de Edu Devens (curadoria de Daniela Bousso), traz cinco instalações que confrontam a representação idealizada da masculinidade com imagens fragmentadas e suportes precários como caixas de isopor. A mostra integra o Projeto Potência, espaço dedicado à arte contemporânea.
trAMAR, de João Augusto Santos (curadoria de Ricardo Giacomoni), resgata memórias afetivas a partir de bordados e crochês de familiares, costurando camadas de identidade e ancestralidade no projeto Professor Artista/Artista Professor.
Serviço
Abertura do 6º Festival Internacional de Videodança (Fivrs) e das exposições de Edu Devens e João Augusto Santos
Data: 28 de agosto (quinta-feira)
Horário: 19h (conversa com artistas e curadores às 17h)
Visitação: Até 21 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 18h
Local: Fundação Ecarta – Avenida João Pessoa, 943 – Porto Alegre/RS
Entrada gratuita
Vídeos também podem ser vistos pelo canal do festival no YouTube.