Um protesto organizado por profissionais da educação de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, denuncia a falta de reajuste salarial. Já são dez anos sem recomposição para os servidores públicos do município. O ato acontece nesta quinta-feira (4), às 14h, na porta da Câmara Municipal.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), neste ano, somente os vereadores tiveram um reajuste de 18% nos salários. Ao Brasil de Fato, a diretora do Sepe Caxias, Renata Roseo, reafirmou a importância da mobilização.
“Não tivemos nenhuma recomposição das perdas inflacionárias. É muito importante a gente pressionar os vereadores, que receberam 18% de recomposição salarial em 2025. O prefeito só concedeu reajuste aos vereadores e o restante dos trabalhadores continuam sem nada”, afirmou a professora.
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Na sua primeira campanha eleitoral, o prefeito de Caxias Netinho Reis (MDB) se elegeu com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e por ser sobrinho do ex-prefeito Washington Reis (MDB). A atual gestão deu sequência ao governo de Wilson Reis (MDB), tio de Washington.
Os servidores públicos da cidade, não só os da educação, estão há dez anos sem nenhuma recomposição salarial. “Sabemos das precariedades com as quais trabalhamos nas escolas, nos hospitais e oferecemos um serviço de excelência para a população porque não deixamos de fazer o nosso trabalho”, completa Roseo.
Educação precarizada
Outra pauta da categoria continua sendo a realização de concurso público estatutário. Em 2023, o Brasil de Fato noticiou que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) ajuizou ação civil pública para obrigar a prefeitura a realizar concurso público. A carência era de 420 professores na época.
A Secretaria de Educação de Caxias não retornou o pedido de esclarecimento da reportagem até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.