Com o objetivo de ampliar a visibilidade da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, o Brasil de Fato e a Fundação Rosa Luxemburgo lançaram um edital convidando jornalistas a apresentarem propostas de pauta para a elaboração de reportagens sobre temas relacionados à marcha, que acontecerá em Brasília no dia 25 de novembro de 2025.
Jornalistas de diversos estados do país enviaram um total de 57 propostas, dentro do tema Marcha das Mulheres Negras 2025: Reparação e Bem Viver como projeto político.
A equipe de avaliação selecionou cinco pautas, a partir dos seguintes critérios: consistência na pré-apuração; originalidade e relevância da pauta; qualidade e adequação da sugestão de fontes; experiência da/o repórter e capacidade de realizar reportagens de forma independente.
As bolsistas selecionadas receberão um suporte financeiro de R$ 5 mil cada, para desenvolverem as reportagens em formato texto. Durante o processo de desenvolvimento da pauta, elas receberão orientação e acompanhamento de uma editora do Brasil de Fato.
As reportagens produzidas com o apoio das microbolsas serão publicadas no site e nas redes sociais do Brasil de Fato.
Confira as propostas selecionadas:
Terreiro das Pretas: quintal agroecológico no Cariri se torna exemplo de Bem Viver na 3ª APA mais desmatada do Brasil, proposta de Bruna Santos – Juazeiro do Norte (CE).
Lesboescrevivências com Neusa das Dores: a luta de lésbicas negras por direitos, reparação e bem-viver, proposta de Camila Marins – Rio de Janeiro (RJ).
Quem cuida de quem cuida? Mulheres negras que sustentam o SUS, adoecem e envelhecem sem amparo, proposta de Gabi Coelho – Belo Horizonte (MG).
Secas, Cheias e Silêncios: Racismo Ambiental Enfrentado por Mulheres Negras na Amazônia, proposta de Hellen Lirtêz – Rio Branco (AC).
Mulheres negras do Sul levam luta por reconhecimento à Marcha Nacional em Brasília, proposta de Kelly Ribeiro – Rio de Janeiro (RJ).
A comissão julgadora é composta pelas jornalistas Alane Reis, mestre em comunicação pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), coordenadora executiva e editora da Revista Afirmativa e coordena o Programa de Comunicação do Odara – Instituto da Mulher Negra; Cristiane Gomes, coordenadora de projetos da Fundação Rosa Luxemburgo, nas áreas de raça e gênero, com foco em mulheres negras; Monyse Ravena, coordenadora de jornalismo no Brasil de Fato; e Rosane Borges, consultora em raça e gênero da Rede Globo, articulista da Revista IstoÉ e coordenadora da Escola Longa.