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ENTREVISTA

Mineira assume secretaria geral da UNE com desafio de enfrentar ataques à educação de MG

Camila Moraes promete fortalecer luta contra Zema, em defesa da soberania e por direitos da juventude

04.set.2025 às 15h56
Belo Horizonte (MG)
Jean Silva
Mineira assume secretaria geral da UNE com desafio de enfrentar ataques à educação de MG

Natural de São Domingos do Prata, Camila Moraes assume a secretaria geral da União Nacional dos Estudantes (UNE) - Foto: Redes Sociais/ Levante Popular da Juventude

A União Nacional dos Estudantes (UNE) acaba de iniciar um novo ciclo com a posse da sua gestão para o biênio 2025-2027. Quem assume a secretaria geral da entidade é a mineira Camila Moraes, militante do Levante Popular da Juventude, cuja trajetória no movimento estudantil começou ainda no curso de jornalismo da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), em Divinópolis. 

Desde as primeiras mobilizações por restaurante universitário e concurso para professores, Moares construiu uma atuação marcada pela defesa da permanência estudantil e pela convicção de que a luta precisa ser feita também com alegria e amor pelo povo.

A nova direção da UNE assume em um cenário de duros ataques à educação pública em Minas Gerais, conduzidos pelo governador Romeu Zema (Novo), que aposta em projetos de militarização, terceirização e cortes. No plano nacional, a juventude também se vê diante de ameaças à soberania brasileira, com pressões e sanções vindas dos Estados Unidos, além da urgência de debater o modelo de trabalho extenuante imposto pela escala 6×1, que atinge em cheio os estudantes trabalhadores.

Em entrevista ao Brasil de Fato MG, Moraes fala sobre os desafios da nova gestão, as pautas prioritárias e como pretende unir combatividade, cultura e mobilização popular para fortalecer a luta da juventude brasileira.

Confira a entrevista: 

Brasil de Fato MG – Sua trajetória sempre foi marcada por mobilização, cultura e alegria. Como essa vivência molda sua proposta de atuação frente à secretaria geral da UNE, especialmente num momento tão hostil contra a educação pública e a democracia?

Camila Moraes – Eu entrei na UEMG em 2017. Tem um demarcador histórico que é importante, porque a UEMG não era essa universidade que nós conhecemos hoje, com 16 unidades interiorizadas. A UEMG era uma universidade bem reduzida, tinha cerca de  7 mil estudantes e o ano que eu entrei foi o ano da estadualização da universidade.

A UEMG deixou de ser localizada em algumas cidades e passou a ser uma mega universidade interiorizada, com presença em várias cidades, e aconteceu um aumento na quantidade de estudantes. Passou a ter mais de 21 mil.  

Isso significou a democratização do acesso ao ensino superior no nosso estado, mas isso impôs também um conjunto de contradições para a vida real, para a vida concreta dos estudantes. Por exemplo, quando eu ingressei na UEMG, a genlhe não tinha assistência estudantil, não tínhamos sequer bolsas de assistência e de permanência estudantil. Os professores não tinham concursos públicos. Eram convocados a partir de um processo que se chamava Processo Seletivo Simplificado (PSS).

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A gente ficava muitas semanas sem aula, às vezes meses, sem conseguir ter uma disciplina. Havia um conjunto de contradições da vida cotidiana, da universidade, que impunham para gente a necessidade de lutar.

Lutar em defesa da educação, defender a interiorização da UEMG, defender a expansão, mesmo em um cenário de uma universidade com contradições, mas também lutar para que essas contradições fossem cada vez menos presentes na nossa vida. Lutar por concurso público, lutar por assistência estudantil, lutar por melhorias na infraestrutura da universidade e por aí vai.

Eu digo muito que, na UEMG, eu me formei, me forjei na construção do movimento estudantil a partir do processo de luta. Eu não fiz parte de uma entidade antes de aprender a lutar no movimento estudantil. Foi o exercício contrário.

Primeiro eu fui construir luta, porque a minha universidade tinha um conjunto de contradições que demandavam do movimento estudantil organização dos estudantes e mobilização para limitar esse conjunto de contradições, e só depois que eu fui me inserir nas entidades estudantis.

Nesse processo de organização da luta dos estudantes, tem um elemento bastante fundamental da minha formação que é a agitação e propaganda. A forma com que a gente teve que se organizar para dialogar dentro da universidade e mobilizar os estudantes, mas também dialogar para fora, com a comunidade, com a sociedade em torno da defesa da universidade, que era uma universidade que vinha se construindo.

A batucada, os estandartes, as faixas, os atos de rua, as assembleias estudantis, as idas em salas de aula e panfletagens foram bem fundamentais também na minha formação política, na minha trajetória no movimento estudantil e acho que eu carrego muito disso até hoje.

Como você avalia os principais ataques do governo Romeu Zema à educação pública mineira?

É importante lembrar que, na primeira eleição do Zema, ele tinha como proposta do seu programa de governo a privatização da UEMG. Estava escrito no tema da educação a privatização da instituição. Ao longo do seu primeiro mandato e agora também no seu segundo mandato, o que a gente vê são ataques constantes, materializados numa precarização, desde a precarização do trabalho das professoras e dos professores, mas também a precarização e o sucateamento estrutural da universidade.

Ao mesmo tempo, as universidades estaduais de Minas Gerais nunca foram valorizadas como deveriam. Um demarcador importante da diferença de governos passados para o governo Zema é que nós temos hoje um governo que é de caráter fascista, neoliberal, e que não tem medo, não tem vergonha, não se ausenta em construir um ataque estruturado às universidades estaduais.

Quando fui coordenadora geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UEMG, a gente enfrentou um conjunto de ataques do governo Zema. Durante a pandemia, o governador cortou mais de 30% do orçamento da universidade, no momento em que a UEMG estava produzindo pesquisa e ciência para desenvolvimento de vacinas, mesmo com as contradições que a universidade tinha.

A gente tinha aprovado assistência estudantil emergencial para os estudantes em condição de vulnerabilidade social e este foi um ataque que expressa bem o papel que Romeu Zema pensa que a universidade precisa cumprir, que não é voltado para resolução dos problemas do povo de Minas Gerais e nem para o desenvolvimento social, econômico e político do nosso estado, muito pelo contrário. Ele entende a educação e a educação superior como mais uma forma de mercadoria, de garantir lucro para aqueles que já lucram com os direitos do povo.

E vejo também com bastante preocupação essa proposta de inserção das universidades estaduais no Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). Nossa avaliação é de que o Propag é infinitamente melhor do que o regime de recuperação fiscal (RRF), porque avança em diversas questões, mas, ao mesmo tempo, o que Zema tenta fazer é construir uma moeda de troca.

É uma pauta, uma bandeira de luta nossa, a retirada imediata da educação superior pública do nosso estado, das universidades estaduais, dessa proposta apresentada pelo governo Zema em relação ao Propag.

:: Relembre: Universidade do estado de MG pode ser ‘desmontada’ com o Propag, denuncia comunidade acadêmica ::

Em relação às escolas estaduais, acho que também expressa esse caráter fascista e conservador do governo. Não é menor a gente combater a militarização e privatização das escolas. A militarização caminha junto com o projeto , que, no fim das contas, é uma desresponsabilização do Estado por aquilo que é constitucional, que é o Estado se responsabilizar por garantir a educação para a população do nosso estado. 

Essa é uma agenda política da extrema direita do nosso país que é totalmente antagônica à nossa ideia do que é o projeto de educação, educação libertadora, educação emancipadora, educação a serviço do povo de Minas Gerais e do Brasil. Penso também que precisamos jogar mais tinta neste elemento de ser uma agenda política da extrema direita. 

O nosso combate não pode ser localizado, ele precisa se colocar também a partir de uma disputa de qual é o projeto de educação. E o nosso projeto é de escolas públicas para classe trabalhadora, universidades públicas para classe trabalhadora, com orçamento à altura dos seus desafios, com profissionais valorizados, com material didático, com espaço, com tempo para socialização dos estudantes e, em especial, voltada para resolver os problemas do nosso povo.

Diante dos recentes ataques à soberania do Brasil, como você enxerga o papel da juventude organizada na defesa do país e das instituições democráticas?

Nós vivemos num mundo com uma dinâmica muito acelerada de mudanças na ordem global.

O Brasil é um país localizado em uma geopolítica internacional. E o Brasil não é um país menor, não é um país insignificante. Nós temos um conjunto de reservas naturais, recursos e potenciais, inclusive, de contribuição nas mudanças da ordem global que faz com que a gente seja importante nesse mundo que a gente vive.

Vivemos contradições da ordem global e um mundo em transição. Isso significa que hoje existe uma ameaça à hegemonia do imperialismo estadunidense, do imperialismo norte-americano, e os ataques de Trump ao Brasil e aos países do Sul Global se colocam nesse lugar: é uma resposta às crises do capitalismo e ao declínio da hegemonia norte-americana.

Entender isso é importante para que a gente entenda que quando Trump apresenta a taxação de 50% dos produtos de exportação do Brasil com a argumentação da defesa do Bolsonaro, na verdade, o que ele está dizendo é: fortalecer a extrema direita do Brasil é importante para que o Brasil tenha uma posição passiva diante dos conflitos, das contradições que emergem com as mudanças da ordem global.

O momento histórico que a gente vive é de disputa, sobre qual é o futuro do Brasil e da humanidade. E, nesses momentos de disputa, a juventude é fundamental. Porque se a gente está disputando o futuro, esse é o setor da sociedade que tem que dizer, que tem que anunciar, que tem que agitar qual é o futuro que nós queremos.

E o futuro que a gente quer não é viver em uma sociedade sob bases do capitalismo, que nos explora cotidianamente, que mercantiliza a nossa vida, que tem um projeto que cada vez mais avança sobre a educação e que avança inclusive com uma agenda política para dentro do Congresso Nacional e de pressão ao próprio governo Lula (PT).

Acho que a juventude e os estudantes têm um papel fundamental de resistência, de denúncia, mas também de anúncio de qual é o futuro que a gente quer, qual é o projeto de sociedade que nós queremos construir. E, efetivamente, o projeto de sociedade que nós queremos construir, passa pela defesa da soberania.

Para nós, essa defesa da soberania precisa estar dotada de conteúdo político. Defender a soberania nesse momento é combater as desigualdades sociais e do mundo do trabalho, é combater as distorções tributárias que existem no nosso país.

É combater a financeirização do ensino, o avanço das universidades EADs e das megas universidades privadas que não têm nenhum compromisso com a formação de profissionais do nosso país. É combater a exploração dos recursos naturais desenfreada, que serve única e exclusivamente para recompor a taxa de lucro dos capitalistas.

É avançar na construção de universidades cada vez mais abertas ao povo brasileiro, que absorvam as nossas necessidades, absorvam as nossas demandas, deem respostas para as nossas questões concretas da vida cotidiana.

Defender a soberania é também defender o nosso direito de acessar e de produzir cultura. É combater a criminalização do funk, do rap, das culturas periféricas. Defender a soberania é lutar bravamenlhe contra o genocídio da juventude negra e periférica do nosso país, é combater o machismo e a LGBTfobia. É de fato constituir um projeto de sociedade em que os valores sejam outros e que a gente não permita o domínio da nossa vida pela lógica do capital.

O movimento “Vida Além do Trabalho” e a PEC que pretende acabar com a escala 6×1 têm sido pautas urgentes. Como você enxerga a relação entre os direitos trabalhistas, o tempo de estudo e a permanência nas universidades?

Com o avanço do capitalismo e da extrema direita no nosso país, a gente vê sendo retirado cotidianamente o nosso direito à juventude. Então, se a gente trabalha numa escala 6 por 1, 10 horas por dia, nós não temos tempo para ser jovens.

Pelo lugar onde eu estou e as tarefas que eu cumpro, eu acho que tem um impacto gigantesco uma escala de trabalho que é exploratória combinada com os estudos, com o estar dentro da universidade.

O que a gente vê é que os estudantes universitários são expulsos do território da universidade, porque eles precisam escolher entre estudar e trabalhar. E essa não é uma escolha simples de se fazer. Nós estamos dizendo sobre a sobrevivência material de uma pessoa que vive no mesmo mundo que a gente vive.

No fim das contas, não é uma decisão individual, ela é fruto de uma estrutura que nos expulsa de dentro da universidade e que, quando não nos expulsa, impacta o nosso processo de formação. 

Quem trabalha na escala 6×1 tem menos tempo para ler os textos da aula, tem menos tempo para se preparar para fazer um trabalho, tem menos tempo para estudar e se sair bem numa prova, tem menos tempo para acessar projetos de pesquisa, projetos de extensão, de produzir ciência e de produzir tecnologia dentro da universidade.

Quem trabalha na escala 6×1 tem menos tempo também para vivenciar as possibilidades que a universidade nos apresenta. Eu acho que nós precisamos fazer a defesa de que a universidade não é só um lugar de estudo.

A gente não tem que ir para a universidade, adentrar os portões da universidade, entrar na nossa sala de aula, receber aquele conteúdo, muitas vezes até contribuir naquele conteúdo e depois ir embora para a nossa casa. A universidade nos permite um conjunto de experiências que estão ligadas, inclusive, ao tema da socialização. A universidade também é lugar para construir relações sociais, de se descobrir enquanto sujeito no mundo.

A universidade também é lugar de produzir cultura, de produzir arte e de se experimentar a partir de outros caminhos. E, evidentemente, o estudante que está sendo explorado por uma escala de trabalho massacrante como a escala 6×1 não tem tempo nem condições de também experimentar a universidade nesses diversos níveis. 

:: Acompanhe o podcast Visões Populares e fique por dentro da política, cultura e lutas populares de MG e do Brasil :: 

E tem um terceiro tema que eu tenho batido muito na tecla com as companheiras e os companheiros do movimento estudantil nessa nova diretoria da UNE, que é o quanto a escala 6×1 impacta a organização e a mobilização dos estudantes.

Se você não tem tempo para estudar, se preparar para uma prova, fazer um trabalho, se você também não tem tempo para experimentar o conjunto de coisas que a universidade lhe oferece, você vai ter muito menos tempo para se organizar politicamente. Fazer parte de uma organização de juventude, fazer parte do seu centro acadêmico, do seu diretório acadêmico, construir o seu DCE. Então, tem um grande impacto.

O impacto de uma escala exploratória de trabalho que retira o seu direito de se organizar politicamente. Porque para além de ser uma vontade individual ou não se organizar, ser do movimento estudantil, construir as entidades, esta é uma necessidade coletiva e é também uma resposta para as nossas contradições, para os nossos problemas. E talvez esse seja o motivo para que a gente tenha uma escala de trabalho tão exploratória. 

Na sua visão, quais os impactos da escala 6×1 na saúde mental e escolaridade dos estudantes trabalhadores, e qual é o papel da UNE nesse debate?

Todo mundo que entra na universidade entra querendo se apropriar daquele lugar, querendo estudar, querendo aprender, querendo se tornar um bom profissional e à medida que o mundo lhe impede de fazer isso, gera também um conjunto de frustrações. 

Se a gente não tem tempo de se organizar politicamente, a gente não tem tempo para sonhar com um mundo diferente, com uma educação diferente, com universidades diferentes.

A gente acaba entrando numa lógica da universidade só como lugar do estudo, da formação profissional, que já é impactada pela escala 6×1 na medida que boa parte dos estudantes trabalham nessa escala. Mas acho que tem um problema que é ainda mais profundo, que tem a ver com o que é a nossa concepção de universidade, qual o papel que a universidade precisa cumprir.

Nós achamos que a universidade precisa estar a serviço da resolução do povo brasileiro, estar a serviço do desenvolvimento nacional. Se a gente não tem tempo para se organizar politicamente, as universidades não estão contribuindo para gente formar lutadoras e lutadores do povo brasileiro.

Penso que a universidade tem que formar médico, tem que formar arquiteto, tem que formar professor, dentista e todas as profissões que são necessárias para gente desenvolver o nosso país e cuidar do nosso povo. Mas o médico que a universidade forma precisa ser um médico popular, preocupado com a saúde do povo brasileiro.

O arquiteto que a gente forma precisa ser um arquiteto popular, preocupado com a forma com que a gente organiza a vida nas cidades, preocupado com o fato de boa parte da nossa população não ter onde morar. 

Os profissionais que nós formamos dentro da universidade precisam ser também lutadores e lutadores do povo, preocupados com as necessidades do nosso povo e este é o tipo de coisa que a gente desenvolve quando nos organizamos politicamente, quando a gente começa a lutar para que a universidade seja um lugar melhor, para que a universidade tenha mais estrutura, para que a educação seja valorizada. No fim das contas, é lutar para que este espaço contribua com a transformação da sociedade.

O Plebiscito Popular 2025 busca ouvir a população sobre temas centrais para o projeto popular do Brasil. Como você avalia o papel da UNE nesse processo de mobilização?

Eu acho que o movimento estudantil tem um compromisso no Brasil com o seu próprio legado, que é um legado de luta, de compromisso com o povo brasileiro. A UNE é uma entidade que na sua história foi protagonista das principais lutas políticas, lutas de massas, construídas pela classe trabalhadora no Brasil, pelo povo brasileiro. 

Hoje, no momento que a gente vive, esse compromisso precisa se expressar na construção do plebiscito popular dentro e fora das universidades. A gente passou pelo congresso da UNE, que é o Congresso Nacional dos Estudantes, em que todo o processo de preparação  foi interpelado pela própria construção da ferramenta do plebiscito. Foi um momento bastante rico de diálogo com o conjunto dos estudantes.

Diversas chapas tinham como proposta efetiva a construção do plebiscito popular dentro da universidade, para além do tema do fim da escala 6 por 1 e a taxação dos super-ricos, localizando essa luta na construção do plebiscito, e foi um elemento bem demarcador do que foi o congresso da UNE. 

Saímos do congresso afirmando a centralidade da construção do plebiscito pela União Nacional dos Estudantes, em conjunto com as entidades estudantis brasileiras, convocando os estudantes a fazerem parte desse processo de construção e a assumirem para si a responsabilidade de cada um construir o plebiscito nas suas universidades.

Para este momento, o que nós afirmamos é que a gente quer que cada estudante do ensino superior do Brasil se transforme em uma urna, seja dinamizador da construção do plebiscito e potencialize essa ferramenta.

As urnas que a gente vai abrir agora vão ser para acabar com a escala 6 por 1, taxar os super-ricos no nosso país e isentar o imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil. E a gente está bem afinado com esse objetivo, com a centralidade disso.

Eu defendo que, para além da construção do plebiscito dentro das universidades, os estudantes e o movimento estudantil tem o papel de construir o plebiscito fora das universidades. Porque a nossa atuação dentro do espaço da universidade é fundamental para transformar aquele território, enraizar as linhas dentro daquele território. Mas no momento que a gente vive, os estudantes têm um papel fundamental de diálogo com o conjunto do povo brasileiro.

Nesse sentido, nós construímos um calendário em que o dia 17 de setembro será o dia D em que os estudantes vão aos territórios, abrir as urnas, coletar votos do plebiscito popular, nessa lógica de que nós precisamos derrubar os muros da universidade. E o movimento estudantil precisa ter um laço intrínseco, permanente com o povo brasileiro, inclusive com a juventude que ainda não teve o direito de acessar a universidade.

Editado por: Ana Carolina Vasconcelos
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