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COMPROMISSO

A cultura popular e periférica precisa estar na mesa de todos os brasileiros

'Cultura é igual feijão com arroz, é necessidade básica, tem que estar na mesa', já dizia Gilberto Gil, em 2003

17.set.2025 às 08h58
Rio de Janeiro (RJ)
Maíra do MST

BK’ se tornou um dos rappers mais talentosos e famosos da atualidade, inspirando as novas gerações da periferia com suas letras impactantes e críticas sociais - Jeff Augusto

Vivi um dos momentos mais emocionantes e marcantes que a política poderia me proporcionar, na última semana. Desde que ocupamos a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, há exatos nove meses, definimos que a cultura seria um dos eixos mais importantes do nosso mandato. O motivo é muito simples: aprendi que a luta pela terra e pela soberania alimentar é também uma luta pela cultura. Nas escolas do campo a cultura está no centro da formação humana. E quando as políticas públicas não chegam é a cultura que dá respostas ao povo. Como professora de História e, hoje, vereadora, levo pra dentro da institucionalidade essa bagagem preciosa que acumulei durante a minha vivência no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

No dia 10 de setembro, durante o evento “Cultura é Compromisso”, que contou com a participação de mais de 100 pessoas, tivemos a oportunidade de homenagear grandes nomes do cenário artístico carioca e nacional. Entregamos as medalhas Pedro Ernesto e Chiquinha Gonzaga aos rappers BK’ e N.I.N.A e à rainha de bateria da Portela, Bianca Monteiro. As medalhas são as duas maiores honrarias que o legislativo municipal pode conceder a alguém, em reconhecimento a pessoas e instituições que mais se destacaram na sociedade brasileira.

BK’ se tornou um dos rappers mais talentosos e famosos da atualidade, inspirando as novas gerações da periferia com suas letras impactantes e críticas sociais. Além de produtora cultural, Bianca vem se destacando à frente da bateria “Tabajara do Samba” e servindo de exemplo para centenas de meninas que um dia sonham ocupar a mesma posição na centenária agremiação dos bairros de Oswaldo Cruz e Madureira. Cria da Cidade Alta, favela situada na Zona Norte carioca, N.I.N.A vem se consagrando como uma das artistas mais relevantes da cena do grime e drill no Brasil atualmente. Agora imagina a minha emoção de subir ao palco ao lado desses artistas que inspiram a minha trajetória pessoal e o meu fazer político todos os dias? Morri, mas passo bem!

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Ouvir BK, N.I.N.A e Bianca falarem sobre suas vivências e experiências de vida me deu ainda mais certeza de estar do lado certo da luta. Todos os homenageados ressaltaram a extrema importância da cultura periférica (que também é uma cultura predominantemente preta) para a construção de identidades e perspectivas do nosso povo. BK ́ disse que a cultura Hip Hop deveria ser enxergada e utilizada como uma “aliada da educação”. Bianca e N.I.N.A disseram que ocupar espaços relevantes antes negados às mulheres negras significa “quebrar preconceitos”.

N.I.N.A vem se consagrando como uma das artistas mais relevantes da cena do grime e drill no Brasil atualmente. Foto: Jeff Augusto

Historicamente, por usar a crítica política e social como matéria-prima, o rap e o Hip Hop são expressões da cultura popular que ainda sofrem muita marginalização por causa de um discurso conservador hegemônico totalmente falso. Como disse minha amiga e companheira de luta, a deputada estadual Marina do MST, parece que quando a cultura vem do povo, da favela e da quebrada, ela precisa ser silenciada, controlada e interditada. Mas estamos aqui justamente para promover, gradativamente, uma mudança estrutural e garantir que o futuro seja diferente. Já passou da hora de ressignificar essa imagem pejorativa e reconhecer essas manifestações culturais como legítimas e fundamentais para a identificação do nosso povo. E o evento “Cultura é Compromisso” foi o pontapé do nosso trabalho árduo para alcançar esse objetivo.

Logo após as homenagens, tive a honra de entregar moções honrosas a outros 65 fazedores de cultura que atuam em diversas áreas, como teatro, dança e música, em reconhecimento ao trabalho desenvolvido por esses profissionais. Eles são os maiores responsáveis por movimentar a cena cultural carioca e gerar renda e oportunidades para milhares de famílias. Isso não é pouca coisa. Esse trabalho coloca comida na mesa de muita gente e sustenta a cultura carioca. Por isso, nós queremos reconhecer e valorizar quem está protagonizando as diversas vertentes culturais que vêm conquistando espaço e se consagrando no país. A ideia é criar um canal de diálogo e manter uma ponte permanente com esses fazedores de cultura para que possamos ouvir as demandas do setor e, juntos, articular e avançar na construção de políticas públicas na área cultural.

Moções honrosas foram entregues a outros 65 fazedores de cultura que atuam em diversas áreas, como teatro, dança e música – Foto: Jeff Augusto

A cultura popular, seja no campo ou na cidade, resiste. Em tempos de barbárie, a gente percebe que é a cultura que dá liga à memória coletiva e mantém acesa a chama da resistência. Encerro esse artigo citando uma conhecida frase de Gilberto Gil, proferida em 2003, quando era Ministro da Cultura do governo Lula: “Cultura é ordinária! Cultura é igual feijão com arroz, é necessidade básica. Tem que estar na mesa, tem que estar na cesta básica de todo mundo”.

*Maíra do MST é historiadora, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Levante da Juventude, vereadora (PT-RJ) e vice-presidente da Comissão de Cultura da Câmara do Rio.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Vivian Virissimo

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