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de olho no planalto

Tarcísio abandona SP para se projetar para 2026, denuncia codeputada Paula Nunes

Integrante da Bancada Feminista diz que o gestor usa governo como trampolim eleitoral

17.set.2025 às 05h00
São Paulo (SP)
Adele Robichez, José Eduardo Bernardes e Larissa Bohrer
Paula Nunes, da Bancada Feminista do Psol, classifica pedido de cassação apresentado por Lucas Bove (PL) como ato de perseguição violência de gênero

Paula Nunes, da Bancada Feminista do Psol, classifica pedido de cassação apresentado por Lucas Bove (PL) como ato de perseguição violência de gênero - Rodrigo Romeo

A codeputada estadual Paula Nunes (Psol-SP), da Bancada Feminista, afirmou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem usado o cargo para se projetar como presidenciável em 2026, enquanto abandona problemas graves do estado. “Essas movimentações, seja o 7 de setembro, seja a ida a Brasília para articular anistia, são sinais de que ele está tentando se colocar como candidato viável para 2026 e salvar o seu grande líder, Jair Bolsonaro (PL)”, disse.

Para a parlamentar, a rejeição sistemática dos pedidos de impeachment apresentados pelo Psol na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) mostra a blindagem política do governador. “Até hoje, todos os pedidos foram rejeitados pelo presidente da Casa [André do Prado (PL)], um forte aliado de Tarcísio e do PL. Isso é muito preocupante. Precisamos discutir o problema democrático que enfrentamos com um governador que não teve nenhum escrúpulo ao subir em um caminhão e falar contra o STF”, criticou.

Nunes também apontou falhas na gestão da segurança pública e acusou o secretário Guilherme Derrite de priorizar uma política de confronto que não atinge a raiz do crime. “O crime organizado se combate com inteligência, não é com fuzil na rua. Tenho certeza que o secretário de segurança sabe disso; não é desconhecimento, é aposta em um projeto político que nunca vai chegar na raiz do problema, porque mexeria com os financiadores do governo”, afirmou.

A deputada é alvo de um pedido de cassação feito por Lucas Bove (PL), investigado por violência doméstica. Para ela, trata-se de mais um episódio de violência política de gênero. “Se o processo caminhar para a cassação do nosso mandato, significa que a Alesp protege homens acusados de violência e persegue mulheres que repudiam essas violências publicamente. O nosso mandato, que teve quase 260 mil votos, é um patrimônio da esquerda brasileira e defendê-lo é uma responsabilidade coletiva”, afirmou.

A Bancada Feminista lançou um abaixo-assinado em defesa do mandato.

Leia a entrevista na íntegra:

O Psol protocolou um pedido de impeachment contra o governador Tarcísio de Freitas. Há espaço para que avance na Alesp?

Até hoje, todos os pedidos de impeachment que nós fizemos, infelizmente, foram rejeitados pelo Presidente da Casa, um forte aliado do governador e do Partido Liberal. Isso é muito preocupante porque é necessário que exista um espaço dentro do Parlamento do estado de São Paulo para que nós possamos discutir o problema democrático que enfrentamos com um governador não teve nenhum escrúpulo ao subir em um caminhão, em um ato, e se sentir à vontade para falar contra o Supremo Tribunal Federal, dizer que nós vivemos uma ditadura.

Enquanto o estado de São Paulo estava pegando fogo, enfrentando diversos problemas – e ainda está, lembremos que na noite de ontem um delegado foi assassinado a tiros de fuzil –, a preocupação do governador foi ir até Brasília para articular um pedido de anistia, uma votação contra o Supremo Tribunal Federal, que ‘bateu no peito’ e disse que o Brasil vai defender a sua soberania e a democracia.

Essas movimentações são sinais de que ele está tentando se colocar como candidato viável para 2026 e salvar o seu grande líder, Jair Bolsonaro.

Tarcísio pediu ao ministro Alexandre de Moraes para visitar Bolsonaro. Essa movimentação reforça sua projeção presidencial?

O estado de São Paulo tem diversos problemas. A própria base do governo, não é a oposição, tem vindo a plenário falar sobre o caos na saúde, sobre os hospitais estaduais completamente abandonados e que não existe nenhuma atenção do secretário de saúde [Eleuses Paiva] para isso. A própria base do governo também está totalmente infeliz com a instalação das novas praças de pedágio, que impactam muito a população do interior do estado e da cidade de São Paulo. Podemos falar sobre várias outras situações.

É muito nítido esse projeto totalmente eleitoreiro de Tarcísio. Os projetos aprovados ultimamente na Casa são formas de articulação que respondem exclusivamente ao seu grande objetivo, que é se lançar como um candidato viável para o bolsonarismo. Ele não tem mais como esconder, precisa fazer todos os acenos possíveis, inclusive visitar Bolsonaro para ter a benção do bolsonarismo porque vai vir deles essa benção, não da vontade de Tarcísio ou do mercado, que já o abençoou, com todas as suas privatizações, o caos na Sabesp, no transporte público.

Cada vez mais, Tarcísio só está fazendo no estado de São Paulo o que ele acha que o cacifa como um candidato presidenciável em 2026. Isso é um perigo, e também vai ser um perigo se Tarcísio for reeleito em 2026, porque nem uma coisa e nem outra é boa. Um Tarcísio presidente da República, nós, do estado de São Paulo sabemos muito bem o que vai significar: a venda de tudo, a truculência na segurança pública. Sabemos o que é ter um governador que governa para a Faria Lima.

Aí entra a nossa responsabilidade de construir um projeto sério, sólido e unitário de oposição a Tarcísio, que, por mais que tenha altos índices de aprovação, todos os dias nos mostra que não é um governador que governa para o pobre, preocupado com o aumento da conta de luz e água na periferia.

Após a execução de um ex-delegado, a senhora acredita que São Paulo perdeu a batalha contra o crime organizado?

É sempre muito cruel quando nós vemos esse tipo de execução, então eu me solidarizo especialmente com a família e com os amigos do delegado assassinado. Vivemos um caos na segurança pública no Estado de São Paulo. Temos, por um lado, um secretário [Guilherme Derrite] que se vangloria de ser linha dura no crime, mas não tem nenhum tipo de controle real da criminalidade no estado, que acha que se combate o crime colocando polícia com fuzil na rua, quando na verdade temos que nos questionar como o fuzil chega na mão de pessoas que assassinam um delegado.

O fuzil não é produzido na periferia, na favela. Como o fuzil chega na mão de quem não tem que portar um fuzil? A polícia no estado de São Paulo estava clamando por colete à prova de balas, nem nisso o secretário de segurança pública entrega. Ele se sente muito tranquilo em dizer que defende a polícia, quando está expondo os próprios policiais a risco por um lado, e por outro, matando jovem negro e pobre na periferia a troco de nada, fingindo que lá está a verdadeira raiz do crime.

Hoje o Choque desceu para a Baixada Santista e sabe-se lá para fazer o quê, e [Derrite] se vangloria quando as operações mostram que o dinheiro do crime organizado está sendo lavado na Faria Lima. O crime organizado se combate com inteligência, não é com fuzil na rua. Tenho certeza que o secretário de segurança sabe disso; não é desconhecimento, é aposta em um projeto político de segurança pública que nunca vai chegar na raiz do problema porque para chegar lá tem que atingir quem tem dinheiro, e isso o secretário não vai ter coragem de fazer porque mexe nos financiadores do governo do estado, de campanha eleitoral, de parlamentares da base do governo.

Lanço aqui um desafio ao governador do estado de São Paulo, que se quer combater o crime organizado e for comprovado que está realmente ligado a uma grande facção criminosa, que vá na raiz do dinheiro e pare de fazer operações megalomaníacas na periferia, especialmente operações de revanche. O banho de sangue que podemos ter a partir de hoje em diversas comunidades como resposta, vingança por essa morte, pode ser muito grande. Vimos como a Operação Escudo deixou um monte de gente assassinada pela polícia, como a polícia tratou as operações na Faria Lima e na Favela do Moinho.

Lucas Bove (PL) pediu a cassação do mandato da Bancada Feminista. Como recebeu esse movimento?

Foi lamentável o que houve no Conselho de Ética dessa Casa, que arquivou por seis votos contra um, da única mulher membro do Conselho, a deputada Ediane Maria (Psol), a abertura de um procedimento contra um deputado que está sendo acusado por violência doméstica.

Depois que houve esse arquivamento, esse deputado se sentiu muito à vontade para praticar violência política de gênero nessa Casa contra deputadas. Houve uma sessão, pouco tempo depois, que se discutia a nomeação como conselheiro para o Tribunal de Contas do estado de um ex-ministro de Bolsonaro, Wagner Rosário, votação que continua hoje. Em uma dessas sessões, o deputado se sentiu muito à vontade para gritar com deputadas, bater na mesa, mandar essas deputadas irem trabalhar. Uma cena lamentável.

Eu fui uma das deputadas que se manifestou contra, disse que aquela sessão precisava ser suspensa imediatamente porque ela estava contaminada por um ato muito machista, de violência política de gênero praticado nessa casa legislativa. Eu sou procuradora da mulher nessa Casa. É minha responsabilidade defender mulheres dentro e fora do Parlamento. O que esse deputado fez, depois de toda essa situação, foi me representar no Conselho de Ética, pedindo a cassação do meu mandato.

Eu entendo essa movimentação como uma perseguição política, mas mais do que isso, como mais um ato de violência política de gênero. Um ato que se utiliza de instrumentos institucionais para caçar a palavra e mandatos de parlamentares que se colocam contra essas situações de violência e esse tipo de mandato. É clássico do bolsonarismo. É quase que um script eles se posicionarem dessa forma, se protegem por um lado e, por outro, atacam as pessoas que se colocam contra eles de forma veemente. Foi o que fizeram dessa vez.

Eu recebi com muita indignação esse procedimento, com muita revolta e a compreensão de que é muito ruim que instituições sérias sejam tratadas como uma forma de perseguir parlamentares que se colocam contra atos machistas dentro dessa casa legislativa.

O caso contra Bove foi arquivado, mas ele segue investigado pela polícia. O que isso revela?

O caso corre em segredo de justiça na polícia. Isso significa que nem o Lucas Bove e nem a vítima podem se manifestar ou falar publicamente sobre o caso. Isso faz com que nós não tenhamos detalhes jurídicos, provas, indícios probatórios que estão sendo apresentados ao longo do processo.

Mas o que nós temos de informação são as que a própria vítima veiculou em sites, jornais e nas suas redes sociais. São mensagens com teor altamente violento, muitos os indícios de que houve casos de agressão, de violência física e psicológica contra uma mulher no seu casamento. Isso deveria ser motivo suficiente para que a Alesp abrisse um procedimento contra esse deputado.

Os procedimentos contra deputados são julgados em dois tempos pelo Conselho de Ética. Primeiro, vota-se a admissibilidade, ou seja, se o caso deve ser aberto ou não, para depois ser votado o mérito, ou seja, qual é a punição que será aplicada contra um deputado. Não há nada no regimento interno que diga qual é o lapso temporal máximo entre a votação da admissibilidade e a do mérito. O Conselho de Ética poderia ter aberto o procedimento, esperado o julgamento na esfera criminal para ver se seria condenado ou não, e então votar qual tipo de punição esse deputado teria ou não.

Mas o Conselho de Ética escolheu proteger um deputado que está sendo acusado de violência doméstica e, ao fazer isso, abriu espaço para que esse deputado se sentisse altamente à vontade para violentar outras mulheres dentro dessa Casa legislativa, dessa vez com tudo filmado, em uma sessão televisionada. É possível que todas as pessoas vejam o tipo de prática violenta que ele teve. Dessa vez o Brasil tem provas de que ele foi violento com deputadas e essa Casa legislativa nada fez.

Se o processo caminhar para algum tipo de punição, inclusive a cassação do nosso mandato por uma denúncia de machismo interna, isso significa que a Alesp está dando o recado de que protege homens acusados de violência e persegue mulheres que repudiam essas violências publicamente, sejam elas deputadas ou não. Essa é a gravidade desse assunto.

A senhora teme perder o mandato?

Sem dúvidas. Infelizmente nós somos minoria nessa casa legislativa, somos oposição a um governo extremamente truculento de extrema direita que resolveu agora sair de cima do muro e mostrar o seu lado. Tarcísio soltou completamente as suas asinhas para mostrar que está ao lado do bolsonarismo, pedindo anistia, atacando o STF. Conhecemos o modus operandi da extrema direita, não é novidade.

Somos só 26 mulheres deputadas estaduais no universo de 94 deputados e tem atualmente só 5 mulheres negras deputadas estaduais. Qualquer razão para nos tirar daqui, para calar a nossa voz que a Assembleia Legislativa tiver, vai fazer, porque nós somos um mandato que incomoda, coloca o dedo na ferida da denúncia da extrema direita, e faz isso todos os dias.

Eu assumi o meu mandato dizendo que eu não daria um único dia de paz para a extrema direita e foi isso que eu fiz nessa Casa legislativa. Acho que tudo pode acontecer. É por isso que nós estamos unindo os nossos esforços, pedindo apoio às pessoas que acreditam na importância da defesa da democracia para que se somem à defesa do nosso mandato.

O mandato da Bancada Feminista, que teve quase 260 mil votos no ano de 2022, não é um mandato meu, das nossas cinco codeputadas, é um patrimônio da esquerda brasileira, e defendê-lo também é uma responsabilidade coletiva. Lançamos um abaixo-assinado online, pedimos assinaturas para que essa defesa seja coletiva.

Falamos muito sobre a importância de eleger mulheres, de eleger mulheres negras, mas não podemos nunca esquecer o tipo de violência a que essas mulheres estão submetidas dentro das suas Casas legislativas. Eleger mulheres, eleger mulheres negras é muito difícil, mas mantê-las no poder também. Como esquerda, o nosso papel é fazer parte dessa rede de solidariedade.

Hoje é o meu mandato, ontem foi o do Glauber [Braga], anteontem foi o do Renato [Freitas]. Seguimos lutando para defender as nossas vozes dentro de Casas legislativas que insistem em nos perseguir. Agora é na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, mas vai ser em muitos outros lugares, assim como já foi.

Para ouvir e assistir

O jornal Conexão BdF vai ao ar em duas edições, de segunda a sexta-feira: a primeira às 9h e a segunda às 17h, na Rádio Brasil de Fato, 98.9 FM na Grande São Paulo, com transmissão simultânea também pelo YouTube do Brasil de Fato.

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