O governo chinês ativou nesta terça-feira (23) uma resposta de emergência de nível 3 para enfrentar o supertufão Ragasa, que se dirige às províncias meridionais após atingir as Filipinas. A tempestade, considerada a mais intensa do ano, ameaça áreas densamente povoadas, incluindo Guangdong, Hong Kong e Macau.
A Sede Estatal de Controle de Inundações da China determinou o fechamento de escolas e empresas nas províncias de Guangdong, Hainan e Fujian. Em Shenzhen, principal cidade da região, autoridades municipais anunciaram planos para realocar aproximadamente 400 mil moradores de áreas costeiras e zonas baixas.
O Ministério de Gestão de Emergências coordena as operações de prevenção, enquanto a administração marítima de Guangdong transferiu mais de 10 mil embarcações para portos seguros. Todos os serviços de balsa foram suspensos na região.
Regiões administrativas intensificam medidas
As Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e Macau suspenderam aulas em todas as instituições de ensino e orientaram empresas a interromperem atividades. O aeroporto de Hong Kong cancelou mais de 700 voos, enquanto Macau determinou o fechamento temporário de cassinos – esta é a primeira vez desde a pandemia que a indústria do jogo para completamente.
O Observatório de Hong Kong, responsável pela previsão do clima, afirmou que é possível que o nível de alerta sobre o tufão aumente entre o meio-dia (horário de Brasília) desta terça (23) e 3h da madrugada de quarta-feira.
Em Taiwan, autoridades evacuaram cerca de mil pessoas de áreas montanhosas após registros de 60 centímetros de chuva no leste da ilha. O sistema de transporte aéreo reportou quase 300 voos cancelados.
Filipinas registra primeiro impacto
Nas Filipinas, o tufão provocou ventos de até 300 quilômetros por hora. Milhares de residentes das províncias de Cagayan e Apayao foram transferidos para abrigos de emergência, mas autoridades locais não confirmaram vítimas fatais.
O Ragasa será o 18º tufão a atingir a região em 2025, refletindo o padrão de intensificação de tempestades tropicais. Cientistas atribuem o fenômeno ao aquecimento das águas oceânicas, que fornece mais energia para sistemas ciclônicos.
* com informações de China Daily, Xinhua, RTHK.