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deu de ombros

Prefeitura de SP ignora liminar e tenta iniciar demolição de prédio anexo ao Teatro de Contêiner

Companhia denuncia interrupção de diálogo e descumprimento de decisão que garante permanência por 180 dias

24.set.2025 às 15h12
São Paulo (SP)
Rodrigo Chagas
Prefeitura de SP ignora liminar e tenta iniciar demolição de prédio anexo ao Teatro de Contêiner

Funcionários de terceirizada começaram a derrubar paredes do prédio anexo ao teatro - Arquivo/Cia Mungunzá

Integrantes da Companhia Mungunzá de Teatro denunciaram nesta segunda-feira (22) que a Prefeitura de São Paulo tentou iniciar a demolição do prédio anexo ao Teatro de Contêiner, no centro da capital paulista, mesmo com uma liminar judicial em vigor que garante a permanência do grupo por 180 dias no local.

De acordo com relato dos artistas, funcionários de uma empresa terceirizada contratada pela administração municipal invadiram o imóvel sem aviso prévio, derrubaram muros e arrombaram portas e portões. A ação foi interrompida após os integrantes apresentarem a decisão judicial que proíbe qualquer intervenção no espaço.

“Nós fomos chegando no teatro e percebemos que a empresa tinha derrubado um muro de acesso ao prédio, tinha arrombado as portas na parte de dentro, onde fica o nosso depósito, enfim, nossas coisas, material de limpeza. Eles já estavam derrubando as partes superiores do edifício”, contou ao Brasil de Fato o ator e cofundador da Cia Mungunzá, Marcos Felipe.

Segundo ele, os funcionários alegaram que a liminar havia sido cassada. “Na verdade não tinha sido. A gente pediu para parar imediatamente, aí eles pararam e fomos fazer o boletim de ocorrência”, relatou.

A Companhia afirma que apresentou à juíza responsável pelo processo a documentação do episódio, incluindo o registro policial, como tentativa de descumprimento da decisão que suspendeu a desocupação do teatro.

No dia 22 de agosto, a Justiça de São Paulo concedeu uma liminar que assegura a permanência do Teatro de Contêiner na rua dos Gusmões, nº 43, e também no térreo do prédio vizinho da rua General Couto de Magalhães. A decisão da juíza Nandra Martins da Silva Machado proíbe incursões da Guarda Civil Metropolitana (GCM) ou de outros órgãos públicos nos imóveis pelo prazo mínimo de 180 dias.

O despacho judicial reconheceu a relevância cultural e social do espaço, além de apontar risco de “prejuízos irreparáveis” caso o grupo fosse retirado às pressas. O processo também menciona a investigação em curso do Ministério Público sobre possível abuso de autoridade por parte da gestão municipal.

Registro de parede parcialmente destruída (Arquivo/Teatro de Contêiner)
Porta arrombada (Arquivo/Teatro de Contêiner)

Negociações paralisadas

Antes da tentativa de demolição, a companhia teatral havia apresentado uma contraproposta para a transferência do teatro para um terreno na rua Helvétia, oferecido pela gestão Ricardo Nunes. O projeto do grupo prevê a criação de uma praça arborizada aberta ao público, preservando o caráter comunitário do espaço.

Após o envio da contraproposta, porém, a Prefeitura de São Paulo deixou de comparecer a reuniões mediadas pelo Ministério Público e não respondeu ao grupo. “Não sei te dizer o que isso representa para as negociações, até porque elas não estão acontecendo. A Prefeitura não nos procurou mais depois que a gente enviou as contrapropostas. Eles sumiram da negociação”, afirmou Marcos Felipe.

O episódio desta segunda-feira se soma a uma série de tentativas da Prefeitura de avançar sobre o espaço. Em 19 de agosto, a GCM fez uma tentativa de reintegração de posse no prédio anexo ao teatro, com uso de força e spray de pimenta contra artistas e apoiadores.

Após repercussão negativa, a gestão municipal prorrogou em 60 dias o prazo para saída do grupo e, dias depois, a Justiça concedeu a liminar que segue em vigor, aumentando o período para 180 dias. No início de setembro, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, visitou o espaço e se comprometeu a mediar uma solução entre a Companhia e a Prefeitura.

O Brasil de Fato entrou em contato com a Prefeitura de São Paulo sobre os fatos relatados nesta reportagem. Em nota*, a Prefeitura de SP informou que o Teatro de Contêiner invadiu a área pública e que o referido prédio será demolido para construção de unidades habitacionais. Além disso, a administração municipal chamou de caluniosas as afirmações por parte da companhia teatral de que a prefeitura teria abandonado as negociações.

Confira o posicionamento na íntegra:

A Prefeitura de São Paulo informa que o Teatro de Contêiner invadiu e ocupa irregularmente uma área pública desde 2016. Além disso, os representantes do grupo invadiram o prédio pertencente ao Município localizado ao lado do teatro. A edificação será demolida para a construção de um conjunto habitacional e, para isso, tem todas as autorizações dos órgãos de patrimônio. A administração já ofereceu à companhia teatral quatro áreas no centro da cidade para a continuidade das atividades culturais, mas seus representantes optaram por abandonar a mesa de negociações utilizando narrativas falsas e denúncias caluniosas. Importante ressalvar que a ONG Tem Sentimento, até então instalada na mesma área, aceitou proposta e mudou-se na última sexta-feira para um outro imóvel, quatro vezes maior e reformado pela administração, também na região central. É lamentável que temas tão importantes quanto a cultura e a revitalização de uma área degradada há 30 anos na cidade estejam sendo usados politicamente. A Prefeitura não só fomenta atividades culturais da cidade, como já repassou mais de R$ 2,5 milhões ao Teatro de Contêiner.

*Reportagem atualizada às 17h16 do dia 24 de setembro de 2025 para inclusão de nota da Prefeitura de São Paulo.

Editado por: Maria Teresa Cruz
Tags: cracolândiadireito à cidadedireito à culturaPrefeitura de SPteatro de contêiner
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