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Manoel Ramires

Jornalismo econômico deturpa informações sobre ações da Petrobrás

É direito do governo federal, acionista majoritário, definir a política de negócios da empresa

Quando a gente fala que o jornalismo alimenta os extremistas, ninguém se compara aos setoristas de economia. Principalmente porque adoram fazer um "recorte burro" de um fato. Logo eles que são analistas de conjuntura.

É o caso da Petrobras. Nesta semana: gente renovada e mequetrefes correram atrás do sensacionalismo:

– Ação da Petrobrás despencam com demissão de Prates e intervenção de Lula.

Muito bem, mencionaram o fato e alimentaram os haters. Mas omitiram que, mesmo com a queda, as ações da empresa estão se valorizando mês após mês, ano após ano.

Veja o comparativo do primeiro gráfico. Em janeiro, estava em 37 dólares. Agora, na queda, bateu em 35 dólares e já opera em alta novamente. Ou seja, vai ter gente comprando ação barata e lucrando rapidamente.

Quando a comparação é de cinco anos, você vê as ações da Petrobras sendo negociadas a 12 dólares em 2020. Lá no governo Bolsonaro. Então, parece que valorizou um pouquinho.

Por fim, é direito do governo federal, acionista majoritário, definir a política de negócios da empresa. Único intervencionismo, neste caso, é daqueles que querem ditar a regra de uma empresa beneficiando uma minoria, sendo que não tem ações, tampouco votos para isso.

Como disse recentemente o jornalista Leandro Demori, do canal ICL: "Vocês já repararam que, em toda cobertura de mídia, a Petrobrás aparece como criminosa?".

A Petrobras segue firme, mesmo com algumas histerias.


Em janeiro, estava em 37 dólares. Agora, na queda, bateu em 35 dólares e já opera em alta novamente / Divulgação


Mas omitiram que mesmo com a queda, as ações da empresa estão se valorizando mês após mês, ano após ano. / Divulgação

*Manoel Ramires é jornalista e repórter

**As opiniões expressas nesse texto não representam necessariamente a posição do jornal Brasil de Fato Paraná

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