Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Esportes

Futebol feminino

Opinião | Vocês sabem quantas mulheres a CBF tem nos seus cargos de diretoria?

A resposta é nenhuma, ainda que tenha espaço de sobra nas suas 12 diretorias e oito vice-presidência

06.mar.2020 às 20h36
Brasil de Fato (RJ)

Diretoria da CBF, toda formada por homens, presente em mais uma convocação da Seleção Brasileira de Futebol Feminino - Thaís Magalhães / CBF

Não tem muito tempo, este colunista se deparou com alguns tweets de um certo jornalista que reclamava da falta de notícias sobre futebol feminino após a Copa do Mundo da França, realizada no ano passado. Não foram poucas as vezes em que este mesmo jornalista usou o termo "oportunista" sempre que se referia a todos aqueles que acompanharam o Brasil no Mundial.

Nem preciso dizer que esse colega foi sumariamente rechaçado nas redes sociais e que o futebol feminino vem recebendo uma atenção enorme da imprensa esportiva apesar dos problemas que eu, você e todos aqueles que se dedicam a cobrir a modalidade conhecemos bem. Dito isto, passemos para outro tópico que ainda tem muito a ver com o tal “oportunismo”.

Vocês já devem saber que a CBF está trabalhando para trazer a Copa do Mundo Feminina de 2023 para o Brasil. A entidade havia manifestado esse desejo ainda no ano passado quando os números da audiência da modalidade cresceram exponencialmente após a realização do Mundial da França. Vale lembrar que a TV Globo, o DAZN e a Band também conseguiram ótimos números com a transmissão das partidas da Seleção Brasileira, do Brasileirão e da Libertadores Feminina. Ou seja, ao contrário do que alguns diziam, a modalidade dá retorno sim.

Bom, na última segunda-feira (2) a CBF enviou representantes para a UEFA para mostrar o que o Brasil pode oferecer. Eis que um tweet do jornalista Tariq Panja, do New York Times, chamou a atenção para um fato interessante. Ele dizia: "A Confederação Brasileira de Futebol veio à Uefa para tentar o direito de sediar a Copa do Mundo feminina de 2023. Só ficou faltando uma pessoa na delegação: uma mulher".

De acordo com o site Dibradoras, Tariq Panja explicou que os representantes de cada país eram predominantemente homens. A única exceção era a delegação japonesa, formada por duas mulheres e um homem. A CBF, por sua vez, argumentou que somente as pessoas diretamente envolvidas na parte técnica do projeto foram para enviadas para a UEFA e que somente quando e se o Brasil for confirmado como sede da Copa de 2023 é que a formação de um comitê será iniciada. Apenas Ricardo Trade, antigo CEO da Copa de 2014 e que agora comanda o projeto para sediar o Mundial feminino em 2023, e André Mengale, diretor de comunicação da entidade, estiveram na UEFA. Fernando Sarney, vice-presidente da confederação, também esteve na reunião, mas como membro do Conselho da FIFA.

A CBF também reforçou às Dibradoras que incluiu depoimentos de Marta e Formiga e da técnica da Seleção Feminina, Pia Sundhage na apresentação e que há muitas mulheres participando do projeto para receber a próxima Copa, mas não especificou quantas e quem são essas mulheres.

Agora é que as coisas ficam mais interessantes. Vocês sabem quantas mulheres a CBF tem nos seus cargos de diretoria e vice-presidências? Nenhuma nas suas 12 diretorias e oito vice-presidências. E isso numa gestão que colocou a questão da representatividade como um dos seus pilares centrais.

É preciso deixar claro que ninguém quer que a CBF pegue duas ou três mulheres e as coloque como figura decorativa na reunião da UEFA. Mas um projeto dessa magnitude (além, é claro, de todo o trabalho dentro do futebol feminino em todas as suas esferas) precisa ter mulheres tomando decisões e tomando a liderança nessa empreitada. E bons exemplos não faltam por aqui.

Vamos falar da ex-jogadora Aline Pellegrino, que realiza um trabalho fantástico na coordenação de futebol feminino na Federação Paulista. Além da promoção do campeonato estadual (o mais forte do Brasil), ainda temos a realização de peneiras, eventos com as jogadoras, campanhas de conscientização contra o preconceito e a favor da diversidade e uma divulgação ampla das partidas com transmissão nas redes sociais.

Vamos falar da grande Sissi, camisa 10 da Seleção Brasileira nos anos 1990 e 2000 (pouco antes de Marta surgir para o futebol feminino). A canhotinha mais habilidosa que este já viu em campo empresta seu talento e seu amplo conhecimento em trabalhos magníficos nos Estados Unidos com jovens que também querem se transformar em novas Martas, Formigas e Cristianes.

Vamos falar também de Tatiele Silveira, treinadora da Ferroviária de Araraquara e atual campeã da Série A1 do Brasileirão Feminino. Tatiele vem de ótimas passagens por diversos clubes do país e mostrou mais de uma vez como aproveitar talentos dentro e fora de campo com qualidade e eficiência.

E ainda temos Pretinha, Michael Jackson, Márcia Taffarel, a professora Helena Pacheco e várias outras mulheres que poderiam muito bem fazer parte desse projeto e ocupar cargos de comando no futebol feminino. Mulheres que já provaram mais de uma vez seu talento dentro e fora de campo. Mas isso não parece ser suficiente para a CBF.

Comecei essa coluna falando de oportunismo. E pelo que se vê até aqui, esse é o grande mal do futebol feminino. Oportunistas que se aproveitam do sucesso da modalidade para conseguir esta ou aquela "boquinha". Oportunistas que ocupam cargos de comando na CBF, nos clubes e confederações e que interferem diretamente na gestão da modalidade. Oportunistas que usam o futebol feminino para aparecer como bastiões da moralidade hipócrita que assolam a imprensa esportiva desse país. Oportunistas que falam todos os dias em "igualdade de gênero, combate ao assédio e equidade plena", tal como diz o documento da CBF enviado à FIFA para a candidatura à Copa do Mundo.

E como bem observou Rafael Alves, editor chefe do site Planeta Futebol Feminino, vale aqui um alerta: se ainda assim, mesmo com todos os problemas apontados, o Brasil for escolhido como sede da Copa do Mundo de 2023, é motivo pra desconfiar (e muito) de tudo o que foi dito pela UEFA e pela FIFA nos últimos anos. Logo essas duas entidades que tem mostrado que a discussão sobre futebol e gênero estão muito mais avançadas do que aqui.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: cbfcopa do mundocopa do mundo femininafifamartaseleção brasileira
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Escalada de tensão

‘Trump vive da polarização’, diz professor sobre repressão a imigrantes nos EUA

Barco capturado

Itamaraty diz que ativistas sequestrados por Israel estão bem, mas destino é incerto, afirma coordenadora

TRAMA GOLPISTA

Ramagem nega monitoramento ilegal de ministros do STF pela Abin

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Encontros abertos debatem melhorias na rede de assistência social do Recife

GERAÇÃO DE RENDA

12ª Feira de Economia Popular Solidária destaca o protagonismo de mulheres negras em Porto Alegre

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.