Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Geral

Covid + Bolsonaro

Pela primeira vez, Brasil tem menos de 50% dos trabalhadores ocupados

Segundo economista, pandemia, resquícios da crise 2015 e precarização dos postos contribuem para o recorde

07.jul.2020 às 08h44
Brasília (DF)
Erick Gimenes

Recorde da taxa de subutilização da força de trabalho (27,5%) preocupa - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pela primeira vez desde que é feita a contagem, o Brasil tem mais pessoas em idade ativa fora do mercado do trabalho do que dentro. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o último balanço, divulgado em 30 de junho, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar chegou a 49,5% no trimestre encerrado em maio, queda de cinco pontos percentuais em relação ao trimestre que terminou em fevereiro.

Houve recorde na taxa de subutilização da força de trabalho (27,5%), que é a soma dos índices de desocupação, da subocupação (pessoas que trabalham menos de 40h semanais) e da força de trabalho potencial (pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar).

::Leia mais: Crise do capitalismo revela importância da classe trabalhadora, diz historiador::

Segundo a economista Iriana Cadó, especialista em economia social e do trabalho, é a taxa de subutilização que causa mais preocupação, já que os brasileiros neste índice não são contabilizados como desempregados.

“O cenário é muito preocupante, porque, se muitas dessas pessoas, que dizem que gostariam de trabalhar caso tivesse emprego, retornassem a procurar emprego, a gente teria uma taxa de desemprego de quase 28%”, diz a economista.

Evidentemente que a pandemia ia trazer consequências, mas poderiam ser muito menores.

Ela cita dois grandes fatores para o recorde: a inflexão econômica provocada pela crise de 2015 e a irresponsabilidade do governo de Jair Bolsonaro frente à pandemia.

“Evidentemente que a pandemia ia trazer consequências, mas poderiam ser muito menores de como estamos assistindo que elas foram. Isso está ligado à não recuperação da crise de 2015 – ou seja, a gente ainda estava sentindo esses efeitos no mercado de trabalho –, mas também pelo fato de o governo não ter se responsabilizado efetivamente na condução de uma política que minimizasse esses efeitos”, afirma Iriana.

::Opinião: Precisamos falar sobre a precarização do trabalho dos entregadores por aplicativo::

Degradação do trabalho

A especialista cita que, além das consequências da crise econômica, a fragilidade de direitos trabalhistas também fez com que o índice de subutilização disparasse.

“O fato de termos um monte de pessoas trabalhando à sua própria sorte faz com que elas, sob esta conjuntura, estejam totalmente desprotegidas. Tanto é que o aumento da desocupação se deu, sobretudo, para essas pessoas que estavam trabalhando na informalidade”, explica.

De acordo com a Pnad, 28,6 milhões de pessoas querem trabalhar, mas não procuraram emprego ou por causa da pandemia ou porque não existe emprego onde elas moram.

É o caso da professora Joelma Araujo Silva, de Santo Amaro, no Recôncavo baiano. Demitida em março, depois que a prefeitura afirmou que teria que fazer cortes por causa da pandemia, ela diz que não consegue buscar emprego.

“O único setor que eu poderia estar trabalhando, que seria fácil eu retornar, era mercado e farmácia. São os únicos que estão funcionando”, relata. Mas, segundo Joelma, as opções que sobraram estão sem vagas. Ela garante que aceitaria qualquer tipo de trabalho até que possa voltar a lecionar.

::Medidas "tímidas" do governo podem fazer desemprego dobrar no Brasil, diz economista::

A professora conta que precisou “entregar” os dois filhos para esperar pandemia passar – um foi morar com o pai dele, e o outro, com o irmão de Joelma. Para sobreviver, ela conta com doações e com o único bico que conseguiu: um trabalho na lavoura, que rende a ela cerca de R$ 400 por mês.

“[Estou vivendo de] doação. Normalmente tem uns amigos, de vez em quando alguns me convidam para almoçar. Estou ajudando o pessoal aqui na colheita de quiabo, o que também gera um dinheirinho. Dá para tirar uns R$ 100, R$ 150 por semana. Estou sobrevivendo assim”.

::Refugiados sofrem com ausência de políticas e despejos durante pandemia em SP::

Outro trabalhador que virou índice é o técnico de segurança do trabalho Joilton Pereira. Ele foi dispensado por causa da pandemia. Segundo ele, a empresa alegou que precisava reduzir custos e, em seguida, contratou outro profissional, com salário menor.

Eles podem estar se aproveitando do momento para reduzir seus custos do salário.

Joilton conta que até chegou a buscar trabalho, mas desistiu ao ver que os patrões estavam se aproveitando do coronavírus para pagar menos – em alguns casos, até metade do que era oferecido anteriormente.

“É um efeito que foi causado pelo momento da pandemia, mas eu sei que muitos empresários podem ter condições de manter um salário maior, mas eles podem estar se aproveitando do momento para reduzir seus custos do salário”.

O técnico afirma que se sente sentir desmotivado ao notar a ausência de salários justos. “Acaba desvalorizando o profissional, tirando o valor, porque o valor não é só o salário. Desvaloriza não somente no salário, como também na motivação”.

::Motivos que levaram Brasil a perder 860 mil empregos são anteriores ao coronavírus::

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: Trabalho
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Reconstrução justa

Seminário debate crise climática e aponta ações para reparação aos atingidos das enchentes do RS

Estratégia russa

Rússia retoma controle de Kursk: o que isso significa para a guerra da Ucrânia?

Justiça

STF: depoimentos de testemunhas na ação da trama golpista serão dia 30

EVENTO GRATUITO

Festival em Curitiba destaca dança, música e resistência afro-brasileira com programação gratuita

EXPECTATIVA

Fumaça preta: cardeais não escolhem novo papa na primeira votação

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.