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Início Política

NÃO AO RETROCESSO

Bancada progressista da Alerj derruba projeto conservador sobre política de drogas

Relatora do parecer, deputada Mônica Francisco (Psol) afirma que medida seria retrocesso de 30 anos para a saúde pública

18.nov.2020 às 15h39
Rio de Janeiro (RJ)
Eduardo Miranda

Deputados foram eleitos através de votação no plenário após se candidatarem na última segunda-feira (28) - Thiago Lontra/Alerj

Deputados estaduais do Rio de Janeiro conseguiram, na última terça-feira (17), pressionar a presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) para que fosse retirada de pauta a votação do Projeto de Lei 676/2019, que trata sobre a elaboração de uma política sobre drogas para o estado.

Leia também: Artigo | Reflexões sobre a (não tão) nova política estadual de drogas do Rio

Autora de um parecer que demonstrou a fragilidade do projeto do deputado Márcio Pacheco (PSC), a deputada Mônica Francisco (Psol) afirmou que a proposta reproduz a lógica da política de drogas do governo Jair Bolsonaro (sem partido) que passou a ter a abstinência dos usuários, e não mais a redução de danos, como foco.

"Além disso, destaca-se também a previsão de fortalecimento das Comunidades Terapêuticas, as quais deverão receber maior incentivo, tanto social quanto financeiro, do governo", escreveu a parlamentar, em referência ao decreto 9.761/2019, assinado por Bolsonaro.

O parecer traz também a opinião de especialistas, pesquisadores e profissionais que atuam na saúde mental e que são contrários à lógica que guia a nova política nacional sobre drogas, como a professora da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora do centro de referência sobre drogas e vulnerabilidade associadas, Andrea Gallassi.

Leia mais: Alvo de denúncias, comunidades terapêuticas crescem com apoio de Bolsonaro

"A opção pelas comunidades terapêuticas são uma medida religiosa, sem equipes de saúde, baseada em trabalho e oração, e equivocada
em termos científicos”, afirma a pesquisadora em depoimento colhido para o relatório apresentado na Alerj.

Em entrevista ao Brasil de Fato, a deputada Mônica Francisco reiterou a avaliação do psicólogo Bruno Logan, que atua na redução de danos. Para ele, a aprovação da medida na Alerj representaria "30 anos de retrocesso", já que "em quase todos os lugares do mundo estamos discutindo legalização e descriminalização e agora, aqui, estamos discutindo tratamento forçado".

Confira a entrevista completa:

Brasil de Fato: Que fatores foram decisivos para a derrubada do projeto de lei?

Mônica Francisco: O projeto afirma de maneira contundente que a única forma de tratamento é a abstinência. Essa única forma não contempla a diversidade e não pode, portanto, ser utilizada para qualquer problema relacionado ao uso abusivo de drogas. O projeto de lei desconsidera a especificidade dos problemas mais concretos.

A opção pelas comunidades terapêuticas é uma medida religiosa, e não de saúde.

Que contradições existem no projeto de lei do deputado Márcio Pacheco (PSC)?

Ele descarta 30 anos de luta antimanicomial, de política construída e consolidada no âmbito da saúde pública. Descarta a construção de uma politica de atenção psicossocial, de produção de uma integralidade da assistência, entendida como um conjunto articulado de ações que visam inclusive a saída do confinamento. Ele descarta o debate sobre a ampliação do tratamento incluindo usuários, a produção de pesquisa sobre o assunto. 

Como você vê a ação de algumas comunidades terapêuticas e que tratamento deve ser dado a elas?

O problema não é elas existirem, até porque quem vive em favelas e periferias sabe o quanto as comunidades terapêuticas ligadas a setores religiosos são um auxílio para muitas famílias. Mas elas não podem de maneira nenhuma ser financiadas pelo poder público. E não podem ser a única solução, a única porta de saída para um mal tão grande como é o uso abusivo de drogas. Além disso, as CTs têm que ser alvo de monitoramento e fiscalização por parte do Estado.

Quais são as linhas gerais de um projeto mais afinado a uma política progressista sobre o tema?

Um projeto que tenha diálogo com a comunidade científica que está pesquisando e pensando sobre esse tema, que tenha diálogo com os usuários do sistema de saúde nas áreas de atenção psicossocial. Esse projeto deve focar na distinção entre usuários e narcotraficantes, no que é política de segurança pública e no que é política de assistência social. E não pode prescindir do poder público e do fortalecimento do orçamento público e da proposta mais humanizada com a população em situação de rua.

A saída é coletiva, porque não existem saídas fáceis.

Há no horizonte a perspectiva de apresentação de um novo projeto de lei?

Não há essa perspectiva, mas sim o esforço por parte do campo progressista da Alerj que vem atuando na produção de emendas ao projeto para que ele atenda as questões problemáticas que ele apresenta e que geram risco, tensão e estigmatização das populações pretas e pardas.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: alerjbrasildrogasriodejaneirosaúde
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