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CRIME RACIAL

Porto Alegre: novo protesto pede justiça por João Alberto em frente ao Carrefour

Cerca de mil manifestantes cobraram punição em ato no bairro Partenon, que encerrou com repressão policial

24.nov.2020 às 12h56
Porto Alegre (RS)
Marcelo Ferreira

Foi o segundo protesto realizado em frente a uma unidade do Carrefour em Porto Alegre após o crime - Ezequiela Scapini

O brutal assassinato de João Alberto Silveira Freitas por um segurança e um policial militar no Carrefour do bairro Passo D’Areia, na véspera do Dia da Consciência Negra (19), levou cerca de mil manifestantes às ruas na tarde de segunda-feira (23), em Porto Alegre.

O segundo protesto cobrando justiça por João Alberto e um basta ao racismo que mata diariamente no país ocorreu em frente a uma unidade do supermercado no bairro Partenon, zona leste da capital.

Assim como no grande ato realizado na sexta-feira (20), novamente com cartazes e cantos contra o genocídio do povo negro no Brasil, os manifestantes traziam mensagens como: “o Carrefour é assassino”, “eu também vou perguntar quantos mais têm que morrer para essa guerra acabar”, “Nego Beto, quero justiça, quero o fim da polícia assassina”, “racistas fascistas não passarão” e “queremos respirar”.


Manifestantes caminharam pela Avenida Bento Gonçalves / Ezequiela Scapini

A manifestação pacífica iniciou na rua ao lado do Carrefour, que estava fechado desde às 16h, de acordo com a empresa. O Batalhão de Choque da Brigada Militar acompanhou o protesto desde o início. Por volta das 19h, o ato ocupou a Avenida Bento Gonçalves e saiu em caminhada.

O final do protesto foi marcado por tensão seguida de repressão da Brigada Militar com bombas de efeito moral e tiros de bala de borracha. Um grupo de manifestantes ateou fogo em galhos no meio da avenida. Também foram arremessados fogos de artifício em direção à polícia. Após cerca de 20 minutos, o conflito foi dispersado.

::Comitê em Defesa da Democracia cobra investigação pelo assassinato de João Alberto::

Há o relato de um casal que não participava do protesto e foi ferido pela polícia no final da manifestação. Em seu Facebook, o jornalista Alass Derivas conta que Jean da Rosa Zeferino caminhava na Avenida Bento Gonçalves com sua namorada quando foi ferido por um policial e atropelado pelo cavalo do agente de segurança. Ele foi levado ao Hospital Cristo Redentor com uma lesão na nuca.

Jean se manifestou na mesma publicação: “Eu estava abraçado na minha namorada e a cavalaria estava escoltando umas 10 pessoas, como eu não tinha nada a ver com a situação, o brigadiano queria me obrigar a andar junto com essas 10 pessoas, foi quando eu levantei às mãos para dar passagem e disse ‘eu não sou manifestante, não tenho nada a ver com isso’ e nisso ele já me agrediu nas costas e abracei minha namorada, pois ele nos atropelou com o cavalo e em seguida ele me agrediu com outra espadada na nuca e eu fiquei muito tonto na hora, andei uns 3 metros e ele veio pra cima de mim, já tava meio sem consciência e quando ele foi me agredir de novo eu caí e foi quando ele recuou e até deixaram de escoltar os 10 mais ou menos manifestantes”.

O Brasil de Fato RS e a Rede Soberania realizaram transmissão online do protesto. Assista:

Investigação

Homem negro, Beto foi espancado pelos dois seguranças brancos e estava imobilizado no momento em que um deles permaneceu com a perna em suas costas por quatro minutos. Análises iniciais da perícia apontam asfixia como a causa mais provável para a morte. A Polícia Civil está ouvindo funcionários e testemunhas e busca evidências para confirmar se o espancamento seguido de morte se enquadra no crime de racismo.

No inquérito, sete pessoas são investigadas. Além do vigilante Magno Braz Borges e do brigadiano temporário Giovane Gaspar da Silva, presos em flagrante por homicídio triplamente qualificado na sexta-feira, está sendo apurado se os demais investigados cometeram crime de omissão de socorro. Os nomes não foram divulgados pela polícia.

Conforme a delegada do caso, Roberta Bertoldo, após os primeiros depoimentos, já se verificam contradições nos depoimentos, como o caso do brigadiano, que inicialmente foi identificado como cliente do estabelecimento e depois confirmado como contratado. Além disso, imagens das câmeras de segurança não mostram uma agressão que Beto teria cometido contra uma funcionária.

Segundo a delegada, a polícia busca saber se houve desentendimentos previamente ao assassinato entre Beto e funcionários do Carrefour. Foram solicitadas todas as imagens das câmeras de segurança e os investigadores também analisam vídeos feitos por testemunhas.

Mercado reabriu

A segunda-feira também foi marcada pela reabertura do Carrefour onde ocorreu o assassinato, após permanecer três dias fechado. Durante o dia, equipes de manutenção realizaram reparos na entrada do prédio, por conta dos protestos de sexta-feira. As pichações que pediam justiça por Beto foram apagadas e o memorial colocado junto à grade do mercado, com flores e mensagens, foi retirado.

Protestos em todo o Brasil

O soldador João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, pai de quatro filhos, foi sepultado neste sábado (21) no cemitério São João, distante apenas 1,7 km do local onde foi esmurrado até a morte. “Beto”, seu apelido, teve o caixão coberto pela bandeira azul e branca do Esporte Clube São José, clube do qual era torcedor apaixonado. O sepultamento aconteceu entre orações, palmas, pedidos de justiça e gritos de indignação pelo assassinato de mais um homem negro.

Sua morte iniciou um levante contra o racismo no Brasil, com protestos realizados junto a unidades do Carrefour em dezenas de cidades, de norte e sul do país. Diversas entidades têm se manifestado em repúdio ao ocorrido e cobram por medidas de punição e medidas concretas para barrar as cotidianas cenas de violência contra o povo negro.

Na manhã desta segunda-feira (23), diversos partidos e ativistas que compõem a Frente de Combate ao Racismo realizaram um Abraço Negro na Prefeitura de Porto Alegre, em memória de João Alberto e para exigir uma prefeitura antirracista.

Confira mais fotos do protesto desta segunda:


Protesto em frente ao Carrefour em Porto Alegre / Ezequiela Scapini


Protesto em frente ao Carrefour em Porto Alegre / Ezequiela Scapini


Protesto em frente ao Carrefour em Porto Alegre / Ezequiela Scapini


Protesto em frente ao Carrefour em Porto Alegre / Ezequiela Scapini


Protesto em frente ao Carrefour em Porto Alegre / Ezequiela Scapini

Editado por: Katia Marko
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