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"Projeto de morte"

Camponesas denunciam: povo passa fome e Bolsonaro nega auxílio à produção de comida

Segundo nota do MMC, campesinato quer produzir alimentos, mas governo federal segue ignorando apelos da classe

23.dez.2020 às 15h36
Porto Alegre (RS)
Redação

Agricultora em feira com alimentos produzidos pelo assentamento Dom Helder, no município de Murici, em Alagoas - Edcleide da Rocha Silva/MMC

O Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) divulgou nota, pública na tarde de terça-feira (22), denunciando a situação de fome a que o povo brasileiro está sendo sujeito e o descaso do governo Bolsonaro que segue negando qualquer tipo de auxílio ao campesinato.

Saiba mais: Com a volta da fome no país, ONGs e movimentos populares alimentam o povo no Natal

As famílias agricultoras, responsáveis pela produção de mais de 70% dos alimentos que chegam às casas brasileiras, viram o presidente vetar os principais dispositivos do PL 735/2020, aprovado pelo Congresso, que possibilitava acesso dos camponeses a auxílios para manter sua produção.

"Nós, camponesas organizadas no MMC, estamos em luta permanente pela derrubada dos vetos, pois entendemos que vetar as ações que potencializam a produção de alimentos amplia a fome", diz um trecho da nota.

As camponesas questionam, ainda, a postura do Congresso Nacional, que votou a previsão orçamentária de 2021 sem, no entanto, analisar os vetos de Jair Bolsonaro (sem partido) – desde o fim de agosto deste ano – e restituir as medidas de socorro à agricultura familiar.

Relembre: Bolsonaro veta socorro para pequenos produtores, mas libera benesses para o 'agro'

"Com essa manobra que em si já é um absurdo, mas quando no meio desses vetos estão políticas públicas que podem ampliar a produção de alimentos em um país que além de uma pandemia sanitária enfrenta um mal histórico, que é a FOME, o Congresso Brasileiro se torna cúmplice e sócio do governo Bolsonaro no financiamento da barbárie", denunciam. 

Confira a íntegra da nota do MMC:

Movimento de Mulheres Camponesas denuncia: O povo brasileiro passa fome e Bolsonaro nega auxílio ao Campesinato para produzir alimentos

“A tontura da fome é pior do que a do álcool. A tontura do álcool nos impele a cantar. Mas a da fome nos faz tremer. Percebi que é horrível ter só ar dentro do estômago”. Carolina de Jesus

Nós, mulheres camponesas, queremos chamar a atenção da sociedade sobre o que estamos passando no nosso país. Não é novidade para ninguém que no Brasil há uma enorme desigualdade social e que o mínimo de demandas sociais implantados pelos governos progressistas levou a uma construção de um discurso de ódio contra as pessoas pobres. Se alguém ainda acreditava que o racismo, o machismo e o elitismo à brasileira eram cordiais, agora não consegue mais se iludir. A violência tem se expressado de forma ainda mais contundente todos os dias e agora conta com uma grande identificação entre essas pautas e quem está no governo federal.

Queremos denunciar o projeto de morte que amplia a fome no Brasil, dia após dia. Antes da pandemia da COVID-19 chegar ao nosso país, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já apresentava um quadro de ampliação da fome no Brasil muito preocupante. Os dados coletados em 2017 e 2018 e apresentados em 2019, revelam que havia 10,3 milhões de pessoas sem acesso regular à alimentação básica, 5% das famílias brasileiras em situação de insegurança alimentar grave, e que mais da metade dessas famílias eram chefiadas por mulheres e vivem no Nordeste brasileiro.

Quando a pandemia chegou, rapidamente os partidos de esquerda se articularam com objetivo de garantir um auxílio para que as famílias pudessem se isolar e não passar fome. O governo federal disse que só poderia pagar R$ 200,00, os partidos de esquerda propuseram R$1.200,00, o Congresso aprovou R$ 500,00 e o governo pagou R$ 600,00 por três meses, mas logo reduziu pela metade. Essa ação foi importante e teve um impacto muito positivo em um país com tamanha desigualdade social, mas sem incentivo a produção e distribuição de alimentos, sabíamos que ia faltar comida e com certeza os produtos da cesta básica brasileira iriam ficar muito caros. Quem faz da comida um negócio e não um modo de vida como fazemos nós, camponesas, iria buscar lucrar com esse cenário.

Na busca por ter alimentos para todos e todas, o campesinato brasileiro fez muitas ações de solidariedade, mas sabendo dos limites dessa ação, se organizou e os diversos movimentos sociais do campo, das florestas e das águas elaboraram um projeto de Lei que visava se antecipar para o enfrentamento ao risco de desabastecimento, alta no preço dos alimentos e ampliação ainda maior da fome. Iniciativa ágil e muito importante, porém, faz-se necessário salientar que antes das mulheres desses movimentos e os movimentos de mulheres entrarem no debate, não foi pensado nenhuma ação específica para as mulheres mesmo sendo elas as principais produtoras de alimentos que vão para a mesa do povo brasileiro. Mas nós mulheres nos organizamos, avaliamos a proposta e a ampliamos garantindo políticas públicas especificas para mulheres e para povos e comunidades tradicionais. Lutamos até o último momento para que a Lei deixasse estabelecido que os recursos destinados pela mesma deveriam produzir apenas alimentos saudáveis.

O Projeto de Lei (PL 735/2020) não ficou como nós camponeses e camponesas queríamos, mesmo assim apresentou propostas muito importantes para o enfrentamento dessa crise alimentar causada pelo abandono das políticas públicas voltadas a agricultura familiar por parte do governo federal. O PL 735/2020 foi aprovado na Câmara e no Senado Federal, virou Lei Assis Carvalho (deputado que sempre lutou pela agricultura familiar em especial do Nordeste). Ela instituiu que os agricultores familiares em toda sua diversidade (assentados/as; indígenas; quilombolas; fundos de pasto; extrativistas, pescadores etc) pudessem acessar o auxílio emergencial que foi concedido apenas para quem estava na extrema pobreza ou era profissional autônomo; fomento produtivo para ampliar a produção de alimentos e evitar o desabastecimento dos mercados locais; concessão automática do garantia-safra; Programa de Aquisição de Alimentos emergencial para levar os alimentos produzidos a quem mais precisa; apoio específico para as camponesas; prorrogação, rebates e suspensão das dívidas e uma linha emergencial de crédito.

Contudo, Bolsonaro VETOU praticamente todos esses dispositivos da lei, impedindo o socorro às famílias camponesas e a própria sociedade. Quando ouvimos falar que a necropolítica era uma política que a partir do neoliberalismo colocava a vida em último plano nas demandas do Estado, não imaginávamos que chegaríamos no que o Brasil passa hoje.

É PRECISO DENUNCIAR PARA O MUNDO TODO: o governo Bolsonaro, em um país com quase 200 mil mortos pela COVID-19, com uma ampliação da violência contra as mulheres jamais vista, um quadro de desemprego e subemprego que aumenta a cada dia, e com a volta da fome, da qual ainda não sabemos o tamanho pois os órgãos de governo não apresentam dados, IMPEDE que as camponesas e camponeses possam ampliar sua produção e consigam contribuir na diminuição da fome. IMPEDE que indígenas e quilombolas sejam protegidos e tenham seus territórios preservados.

Nós, camponesas organizadas no MMC, estamos em luta permanente pela derrubada dos vetos, pois entendemos que vetar as ações que potencializam a produção de alimentos amplia a fome. Vimos com preocupação, mas infelizmente não com surpresa, o Congresso passar por cima da Constituição brasileira e votar a Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO) para o próximo ano sem que os vetos do presidente fossem apreciados. Com essa manobra que em si já é um absurdo, mas quando no meio desses vetos estão políticas públicas que podem ampliar a produção de alimentos em um país que além de uma pandemia sanitária enfrenta um mal histórico, que é a FOME, o Congresso Brasileiro se torna cúmplice e sócio do governo Bolsonaro no financiamento da barbárie.

Estamos em luta permanente pela construção da soberania alimentar, da agroecologia, da liberdade e autonomia das mulheres. Queremos conclamar toda a sociedade para se somar nessa luta. Vem com a gente, pois quando alguém passa fome, todos os seus outros direitos já lhe foram negados e, pode ter certeza, quem não passa fome também está com seus direitos ameaçados.

#CongressoDerrubeVetos735 #SemVetosSemFome #ProBrasilNãoPassarFome #FomeEInflaçãoTemSolução


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Editado por: Marcos Corbari
Tags: fomemulheres camponesas
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