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Início Política

Passou pano

CPI: Wajngarten se contradiz sobre Pfizer e mente sobre declarações que fez à Veja

Ex-chefe da Secom revolta senadores ao minimizar falas negacionistas de Bolsonaro e críticas recentes que fez a Pazuello

12.maio.2021 às 18h38
São Paulo (SP)
Daniel Giovanaz

Wajngarten foi responsável pela comunicação da Presidência até março de 2021, mas diz que nunca conversou com Bolsonaro sobre declarações em que desencoraja a população a se vacinar - Marcelo Camargo / Agência Brasil

Chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência até março de 2021, Fabio Wajngarten causou perplexidade em senadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid em depoimento nesta quarta-feira (12).

Wajngarten foi chamado a depor após uma entrevista que concedeu à revista Veja, na semana passada, atribuindo o atraso na compra de vacinas à "ineficiência" do governo federal – mais especificamente, ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Além de não assumir as declarações feitas à revista, o ex-secretário elogiou Bolsonaro e Pazuello, evitou respostas objetivas e se contradisse sobre negociações de vacinas com a empresa estadunidense Pfizer.

“A manchete serve para vender revista, trazer audiência e chamar atenção”, declarou, minimizando suas próprias afirmações à imprensa.

A postura foi criticada por senadores, e a sessão precisou ser interrompida durante as perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL), até que se acalmassem os ânimos.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), repreendeu o depoente após as respostas contraditórias: “Senhor Fabio, você só está aqui por causa da entrevista à Veja. Se não, a gente nem lembraria de você. Por favor, não menospreze a nossa inteligência”.

Aziz sugeriu suspender a sessão até a revista fornecer a gravação do áudio da entrevista, sem cortes. A sugestão não foi acatada pelos demais senadores, e a sessão que começou as 10h se estendeu ao longo da tarde. Sobre a necessidade de pedir o material à Veja, houve consenso.

Nesta quarta-feira (12), após a negativa de Wajngarten, a revista Veja disponibilizou o áudio do ex-titular da Secom. Ouça abaixo:

Ao ser questionado pelo repórter da revista se havia negligência ou incompetência do ex-ministro da Saúde em relação à compra da vacina, Wajngarten é enfático: "Incompetência, incompetência".

"Quando você tem um laboratório americano, com cinco escritórios de advocacia apoiando na negociação e você tem do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência, é 7 a 1", diz o ex-secretário no áudio divulgado pela revista. Ouça abaixo:

[cms-audio id=2024ea7f-98f8-4602-8920-4b60cfab9c78]

Diante das mentiras contadas pelo ex-secretário, os senadores Calheiros e Fabiano Contarato (Rede-ES) pediram a prisão do depoente por violação flagrante do artigo 342 do Código Penal. O pedido foi rejeitado pelo presidente da CPI.

A sessão foi interrompida após um bate-boca entre os senadores Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Calheiros. O filho do presidente chamou o relator de "vagabundo", ao que o senador alagoano respondeu: "Vagabundo é você que roubou dinheiro no seu gabinete", em referência ao esquema das "rachadinhas".

Confira o que disse de Wajngarten sobre os principais temas:

Negacionismo de Bolsonaro

Embora fosse responsável pela comunicação da Presidência da República, o ex-chefe da Secom disse que não tem nenhuma responsabilidade sobre as declarações recorrentes de Bolsonaro contra a vacinação e contra medidas sanitárias de prevenção ao coronavírus.

“Os atos do presidente pertencem a ele. Não posso imaginar o que passava pela cabeça dele no momento em que falou isso”, disse Wajngarten.

“Eu não conversava com ele sobre isso. Pergunte a ele [quem o orientava]”, completou. 

Questionado sobre o vídeo “O Brasil não pode parar”, que desencorajava os brasileiros a ficarem em casa para prevenir o coronavírus, em março de 2020, Wajngarten afirmou:

“Não tenho certeza se esse vídeo é de autoria da Secom ou se circulou de forma orgânica.” Quando o vídeo circulou, em março de 2020, o então secretário disse que estava isolado em casa e afastado do cargo, justamente por ter contraído a covid.

O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou então que, no dia seguinte à circulação daquele material, a Secom disse que se tratava de uma “campanha experimental” – ou seja, assumiu responsabilidade pelo vídeo negacionista. Wajngarten negou, mais uma vez, conhecimento sobre a produção do material.

O ex-chefe da Secom disse, em seguida, que todas as peças – especialmente as "mais polêmicas" – tiveram anuência da Advocacia-Geral da União (AGU).

Após o intervalo, por volta das 16h, Wajngarten trouxe novas informações sobre a campanha “O Brasil não pode parar”:

"A campanha estava em fase experimental, de testes, e vídeos vazaram sem autorização em março de 2020. Foi um disparo acidental, e o ministro Luiz Eduardo Ramos assumiu a responsabilidade", acrescentou.

Outras campanhas publicitárias sobre a pandemia

Wajngarten declarou ser "totalmente a favor" da adoção de protocolos como máscara e álcool gel contra o coronavírus, “acompanhando o que a medicina diz à época do conhecimento dos fatos”.

Segundo ele, a Secom fez campanhas para “contrapor” e “complementar” declarações de Bolsonaro sobre vacinação. Wajngarten disse ainda que encomendou “inúmeras” peças recomendando máscaras, álcool gel e distanciamento social contra a covid.

Como exemplo, o ex-secretário citou uma campanha em que o garoto-propaganda é o apresentador Otávio Mesquita. O senador Renan Calheiros lembrou, então, que Mesquita é declaradamente contrário ao isolamento social.

Wajngarten afirmou ainda que Bolsonaro nunca interferiu em campanhas publicitárias relativas à pandemia: “Se isso tivesse ocorrido, eu pegaria minha mala e voltaria para minha empresa, em São Paulo”.


Desde o início da pandemia, Bolsonaro faz propaganda da cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a covid / Agência O Globo

Ainda sobre o tema, Wajngarten disse desconhecer qualquer pagamento do governo federal a influenciadores digitais para divulgar informações sobre o suposto “tratamento precoce” com medicamentos sem eficácia comprovada.

A "incompetência" de Pazuello

O ex-secretário disse que sua relação com o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, era distante. “Poucas vezes conversei com ele. Não mais que um bom dia, um boa tarde, uma noite”, relatou.

Embora tenha criticado a equipe de Pazuello por "incompetência", como registrado na capa da revista Veja, Wajngarten não sustentou essa declaração na CPI. Pelo contrário, elogiou o ex-ministro.

“Ele foi corajoso de assumir o Ministério da Saúde no pior momento possível. A incompetência dele, que eu quis dizer, foi ficar refém da burocracia. A morosidade na tomada de decisões, característica da gestão pública, torna-se um problema em situações excepcionais como a pandemia”, concluiu o ex-chefe da Secom.

Os senadores concordaram que, assim que a revista fornecer a gravação completa da entrevista, Wajngarten pode ser reconvocado a depor na Comissão.

Perseguição a jornalistas

O ex-chefe da Secom disse à CPI não ter nenhuma relação com o aumento de ataques à imprensa no Brasil. Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, Jair Bolsonaro e seus filhos cometeram 460 ataques dessa natureza em 2020.

"Precisamos analisar caso a caso. É muito difícil reagir quando são publicadas inverdades na imprensa. Mas garanto que nunca houve perseguição à imprensa", afirmou.

Negociações com a Pfizer

As contradições mais evidentes de Wajngarten têm relação com as negociações com a Pfizer para compra de imunizantes. À Veja, o ex-secretário deu a entender que a incompetência do governo atrasou o acesso dos brasileiros à vacina.

No início do depoimento, Wajngarten disse que se reuniu com a equipe do laboratório estadunidense.

“Minha primeira reunião com o CEO da Pfizer foi em 17 de novembro. Ele disse que queria que o Brasil fosse a vitrine na América Latina da Pfizer, que naquele momento tinha a maior perspectiva de eficácia. Não discutimos valores e doses. O presidente Bolsonaro não participou”, relatou.

“Sempre busquei mais vacinas, no menor prazo”, acrescentou.

A fala causou estranhamento, uma vez que a compra de vacinas não têm relação com a secretaria de Comunicação da Presidência. Wajngarten, então, afirmou: “Não participei de nenhuma negociação com a Pfizer.”

Perguntado sobre quem teria dificultado as negociações, o ex-secretário respondeu que não sabia. Além disso, declarou que entende as justificativas para a não aceitação da oferta, dadas as condições "draconianas" impostas pela fabricante.

Wajngarten disse que uma carta de setembro da Pfizer a membros do governo brasileiro, oferecendo vacinas e pedindo celeridade, não foi respondida. Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e o ministro da Economia, Paulo Guedes, e Pazuello receberam aquela carta.

“No primeiro momento que soube da inação em relação à carta da Pfizer, mergulhei de cabeça para tentar garantir vacinas aos brasileiros”, disse o ex-secretário.

A carta teria chegado a Bolsonaro em 12 de setembro de 2020; Wajngarten se reuniu com o CEO da Pfizer em 9 de novembro. Ou seja, a oferta de vacinas ficou sem resposta do governo por quase dois meses.

A negociação só avançou depois que o então chefe da Secom, sem relação com a pasta da Saúde, tomou a iniciativa de negociar com a fabricante. A compra foi autorizada pela Anvisa em fevereiro de 2021.

“Levou seis meses, desde a carta da Pfizer, para que toda a cúpula do Ministério da Saúde fosse convencida da compra das vacinas”, ressaltou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O CEO da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, será um dos depoentes da CPI da Covid na quinta-feira (13), a partir das 10h.

Editado por: Leandro Melito
Tags: bolsonarocpipazuellopfizer
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