Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

Comunicação pública

Artigo | Nacional e MEC são a história das rádios públicas no Brasil

Com tudo o que são e o que representam, não há sentido em privatizá-las e muito muito menos acabar com elas

10.jun.2021 às 12h20
Rio de Janeiro (RJ)
Paulo Virgilio Preard

Paulo Virgilio Preard: "A Rádio Nacional era a preferida na minha casa. Não podia imaginar que, anos depois, trabalharia naquela emissora" - Arquivo pessoal

As rádios Nacional do Rio de Janeiro e Rádio MEC entraram na minha vida cedo. Na minha casa, onde a televisão só chegou quando eu tinha oito anos, ouvia-se rádio. 

A Nacional era a preferida, com programas de auditório, de humor, de esporte, o Repórter Esso, radionovelas e seriados, como “Jerônimo, o Herói do Sertão”, que eu adorava. E meus pais, fãs de música clássica, eram ouvintes da “Rádio Ministério da Educação”.

Não podia imaginar que, anos depois, trabalharia naquela emissora.

Na Nacional, convivi com personagens históricos: Daisy Lucidi, Aurélio de Andrade, Domício Costa e tantos outros, o que aumentou o meu apreço pelo patrimônio nacional. 

Com a criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em 2008, incorporando a Radiobrás e a Fundação Roquette Pinto, conheci a equipe da MEC. Foi um prazer conviver com Lauro Gomes, Nelson Tolipan, além da brilhante nova geração.

Tanto a MEC como a Nacional não surgiram como rádios públicas, mas foi como tal que se consolidaram.

No mesmo ano em que Roquette Pinto doava sua rádio ao Ministério da Educação, a Nacional era inaugurada como emissora privada. Em crise desde a construção de sua sede, o suntuoso Edifício A Noite, o grupo foi estatizado. A partir daí, como emissora pública, a Nacional criou o padrão brasileiro de rádio popular com qualidade técnica e artística.

A rádio chegou a ter três orquestras, maestros como Radamés Gnattalli, e um elenco que incluía Emilinha Borba, Marlene e Cauby Peixoto.

Hoje é referência na divulgação da música popular, na cobertura esportiva, além de manter cobertura jornalística para todo o estado.

Nos anos 1960, quando a comunicação brasileira vivia a transição entre a era do rádio e o domínio da TV, a Rádio Nacional sofreu um grande baque, de natureza política. Durante o golpe de 1964, a emissora foi invadida por militares e teve 36 profissionais demitidos.

Divisor de águas na história da Rádio Nacional, essa ruptura só foi reparada com a anistia, em 1979, quando alguns sobreviventes do expurgo retornaram à emissora. Antes disso, em 1976, com a criação da Radiobrás, a emissora passou a integrar uma rede de comunicação pública capitaneada pela Rádio Nacional de Brasília. Rede que se ampliou, com a criação em 2005 da EBC, que incorporou a TV Brasil e as rádios MEC (AM e FM).

Um ano antes, a emissora teve seu famoso auditório restaurado e reinaugurado com a presença de estrelas de sua época de ouro, como os cantores Emilinha Borba, Marlene e Cauby Peixoto. Em 2012, a Nacional deixou o Edifício A Noite, seu endereço durante 76 anos, transferindo-se para as instalações da TV Brasil, na Avenida Gomes Freire, na Lapa.

Até os anos 1960, a Rádio MEC também tinha orquestra sinfônica – a atual Orquestra Sinfônica Nacional, vinculada à UFF – orquestra de câmara, quarteto de cordas, quinteto de sopros, coral, quinteto vocal e conjunto de música antiga.

Francisco Mignone, Radamés Gnattali, Guerra Peixe e Alceu Bocchino criavam obras para MEC. Depois, a rádio difundiu Edino Krieger e Marlos Nobre. 

Nos últimos anos, sem deixar de ser “a rádio de música clássica do Brasil”, passou a veicular jazz,  blues, trilha de cinema, além de investir na informação cultural. É um prazer ouvi-la.

Com trajetórias paralelas, a Nacional e a MEC são a expressão da rádio pública no Brasil. Não há sentido em privatizá-las. Muito menos acabar com elas. 

Todos os países, seja qual for o regime, prezam por suas rádios públicas. Com as novas tecnologias, elas têm papel destacado na promoção da arte e da cultura.

*Paulo Virgilio Preard é jornalista com mais de 40 anos de experiência e destaque no setor cultural. Trabalhou na EBC, nas Rádios Bandeirantes e Roquette-Pinto e no SBT.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: brasilcomunicaçãoebcprivatizaçaorio de janeiro
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Polícias unidas

Comissão da Câmara aprova PEC da Segurança Pública que unifica sistema, mas mantém responsabilidade dos estados

Análise

Provas contra Bolsonaro são ‘vigorosas’ e prisão domiciliar seria ‘afronta’, diz cientista político

Punição

Janones é suspenso por três meses em Conselho de Ética da Câmara; deputado vai recorrer

DEMARCAÇÃO JÁ

Comunidade Guarani Mbya de Viamão quer retirada de projeto que doa terras para centro logístico

Herança violenta

‘Estrutura policial é a mesma da ditadura militar que assolou o Brasil’, denuncia PM aposentado

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.