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Início Política

ADIANDO O PROBLEMA

Teto de gastos é a próxima jogada de Eduardo Leite para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal

Após privatizar e cortar direitos, o governo gaúcho quer agora limitar investimentos públicos no estado por 10 anos

07.out.2021 às 10h15
Porto Alegre
Marcelo Ferreira

Projeto foi aprovado após mais de seis horas de sessão plenária com as galerias da Casa vazias - Foto: Joel Vargas | Agência ALRS

Vendida como a única saída para acertar as contas do Rio Grande do Sul, a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é a cereja do bolo do projeto de governo de Eduardo Leite (PSDB). Para isso, falta limitar investimentos públicos no estado por 10 anos.

“Isso representa a ideologia da redução do Estado, dos serviços públicos, privatização, desresponsabilização do setor público sobre a manutenção da vida, da saúde, da educação e do desenvolvimento social”, entende o economista Jorge Maia Ussan.

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O RRF é um programa federal que permite aos estados refinanciar suas dívidas com a União desde que cortem gastos públicos. Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado, o RS já pagou 3,9 vezes o valor da dívida original e ainda deve 7 vezes o valor. A dívida do RS, hoje, é de cerca de R$ 70 bilhões.

Com a adesão, explica Ussan, a dívida não será diminuída, apenas empurra o problema para próximos governos. “O RRF é solução apenas para o governo Leite. A partir de 2027 pagaremos muito mais. Evidentemente isso não será sustentável”, pontua.

Teto de gastos estadual: a cartada final

Desde o início do seu governo, Leite trabalha para efetivar a adesão ao programa do governo Bolsonaro: privatiza estatais lucrativas, corta direitos dos trabalhadores que prestam serviços à sociedade e conclui a reforma da Previdência estadual. Em setembro deste ano, aprovou junto aos deputados o projeto que abre caminho para adesão ao RRF.

Entre as medidas que o governo federal obriga os estados a implementarem para a adesão ao regime está a criação de um teto de gastos, que limita por 10 anos o crescimento de investimentos públicos. Leite já enviou duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) à Assembleia, mas como encontra dificuldades, trabalha para enviar um Projeto de Lei Complementar, de mais fácil aprovação.

"Brasil é o único país do mundo que faz ajuste fiscal na pandemia"

"A possibilidade de adesão a essa proposta que pretende diminuir as políticas públicas, a exemplo da reforma administrativa, no momento pandêmico que vivemos em que mais precisamos da presença do Estado na vida das pessoas, é terrível", ressalta Fabiano Zalazar, coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do RS (Sindjus-RS) e integrante da Frente dos Servidores Públicos do RS.

O Brasil é o único país do mundo que promove um ajuste fiscal em plena pandemia, na contramão do mundo que adota o caminho do reinvestimento público emergencial em políticas sociais.

“No plano econômico, os governos Leite e Bolsonaro são iguais. O governo Leite segue a cartilha de Paulo Guedes, o 'Posto Ipiranga' de Bolsonaro. Obviamente, Leite não é um negacionista de extrema-direita, mas a sua política econômica é austericida e conservadora”, opina o servidor.

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“O exclusivo e único enfoque do governo Leite é o corte de gastos e as privatizações”, lamenta Ussan. “O resultado é conhecido, a economia gaúcha patina e os serviços públicos são precarizados, o que atinge especialmente as camadas mais pobres da população, a maioria que depende fundamentalmente do Estado para suas necessidades básicas.”

Pode piorar

Para Zalazar, o teto de gastos estadual não deve preocupar apenas servidores, mas toda a coletividade. Exemplifica com os últimos cinco anos no país, que mesmo com a PEC federal do teto de gastos, privatizações e reformas previdenciária e trabalhista, vê o aumento da inflação, da miséria e das desigualdades sociais.

“A conjuntura é de milhões de brasileiros e brasileiras vivendo em insegurança alimentar, desemprego e subemprego, fruto dessas políticas predatórias e da extinção de direitos sociais”, assinala. Com a adesão do RS ao RRF, “esse quadro que já vivenciamos no Brasil tende a se intensificar no estado”.

Desmonte sem pudor

O coordenador do Sindjus-RS recorda que o governo Leite vende empresas públicas lucrativas e estratégicas, a exemplo da Corsan, que recentemente teve a sua privatização aprovada pelo parlamento gaúcho, sem que o povo pudesse decidir o destino do seu patrimônio.

“Uma estatal que nos últimos quatro anos deixou mais de R$ 1,2 bilhões nos cofres do estado. Já não há mais pudor algum em vender estatais lucrativas.”

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O momento é de resistência para preservar conquistas, defende Zalazar. “Ano retrasado, o governo Leite retirou direitos históricos dos servidores públicos estaduais, que no debate público ganham a pecha de privilégios, quando não se combate efetivamente a sonegação e os incentivos fiscais bilionários que aprofundam as desigualdades sociais”, critica.

Adesão ao RRF enterra renegociação

O contrato original da dívida do RS com a União foi muito prejudicial ao estado, afirma Ussan, que também é mestre em Administração pela UFGRS. “Na prática tornou-a impagável”, assegura. Tal situação levou o RS a liderar um acordo com governo federal para renegociação da dívida, durante o governo Tarso Genro.

A proposta aprovada em 2014 permitiu uma diminuição do estoque da dívida, em valores calculados à época, de R$ 22 bilhões até julho de 2028. “Foi graças a essa renegociação que, embora tenha deixado de pagar R$ 11,1 bilhões desde julho de 2017, a dívida no governo Leite ainda assim diminui”, explica.

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Porém com a mudança do cenário econômico desde 2015, ficou claro que a dívida gera demasiado esforço fiscal ao estado. Desde 2017, o RS não paga suas parcelas por força de liminar junto ao STF. “Outra renegociação, ou mesmo ações judiciais, se fariam necessárias. Mas isso governos neoliberais não fazem”, afirma o economista.

Na sessão da Assembleia gaúcha que aprovou a adesão, a deputada Juliana Brizola (PDT) frisou que o projeto obriga o estado a abrir mão das ações judiciais que tratam da questão.

Editado por: Ayrton Centeno
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