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Início Política

Na mira do Senado

Prevent Senior na CPI: fraudes em atestado de óbito, tratamento precoce e gabinete paralelo

Com depoimento de diretor-executivo do plano de saúde, comissão reúne informações que comprometem a empresa

22.set.2021 às 16h34
São Paulo (SP)
Caroline Oliveira

Diretor-executivo da operadora de saúde Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior - Jefferson Rudy/Agência Senado

Aos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, os documentos apurados pelos parlamentares e o depoimento de Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo do plano de saúde Prevent Senior, mostraram fortes indícios de que a operadora está diretamente ligada ao gabinete paralelo, à promoção do tratamento precoce e à ocultação de mortes por covid-19. 

Ocultação da causa das mortes

Uma mensagem em um grupo de coordenadores da empresa, exibida durante a sessão, determinou que após 14 dias, para os pacientes enfermaria e apartamento, e 21 dias, para pacientes com passagem em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o código da doença deveria ser alterado para qualquer outro que não fosse o da covid-19.

Para os senadores, isso indica que dentro dos hospitais da Prevent Senior morreram por covid-19, mas tiveram a causa do óbito ocultada.

“Modificar o código de uma doença é crime”, afirmou o senador Otto Alencar (PSD/BA). Na mesma linha, Humberto Costa (PT-PE) explicou que os funcionários da Prevent Senior “consideram que depois de 14 ou 21 dias, os pacientes não têm mais covid, mas essas pessoas morreram por complicações de covid. É uma fraude”.

Segundo o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), informações recebidas pela CPI mostram que no atestado de óbito de Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang, apoiador do presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, não consta a covid-19 como causa da morte.

: :Entrevista exclusiva: Humberto Costa debate os desafios da reta final da CPI da Covid

Em um dossiê elaborado por 15 médicos que trabalharam na Prevent Senior entregue à CPI da Covid, os profissionais registraram que a declaração de óbito da mãe do bolsonarista foi fraudada. 

A mãe do bolsonarista, conforme consta no dossiê, foi internada em 31 de dezembro e morreu em 3 de fevereiro. Nesse período, Hang recebeu medicamentos do tratamento precoce, como hidroxicloroquina, azitromicina, colchicina e ivermectina.

Em um vídeo publicado no dia 5 de fevereiro, no entanto, Luciano Hang afirmou que nunca deu nenhum desses remédios para a mãe e se questionou: “será que se eu tivesse feito o tratamento preventivo, eu não teria salvado a minha mãe?".

Segundo os médicos que elaboraram o dossiê, "o prontuário médico da sra. Regina Hang prova que ela utilizou o kit antes de ser internada e que repetiu o tratamento durante a internação, assim como registram que seu filho, sr. Luciano Hang, tinha ciência dos fatos".

"Como outros tantos casos de óbitos na rede Prevent Senior decorrentes da covid-19 que não foram devidamente informadas às autoridades, a declaração de óbito da sra. Regina Hang foi fraudada ao omitir o real motivo do falecimento", diz o documento.

O mesmo ocorreu com o médico Anthony Wong, defensor do tratamento precoce, que foi um dos participantes do estudo observacional da empresa. Segundo uma reportagem da Revista Piauí, o atestado de óbito de Wong omitiu os dados da internação, bem como a causa da morte.

Segundo a empresa, Wong veio a óbito após uma parada cardiorrespiratória, depois de ser internado com úlcera gástrica. A reportagem da Piauí mostra, porém, que o médico deu entrada na internação com sintomas de covid-19.

Ele também havia autorizado o tratamento com o kit covid dentro hospital Sancta Maggiore, pertencente ao grupo Prevent Senior. Sem melhora, foi intubado em novembro, sob responsabilidade da médica Nise Yamaguchi.

Tratamento precoce 

A Prevent Senior também é responsável por produzir um estudo observacional da aplicação de remédios do tratamento precoce em 636 pacientes, como informou o próprio diretor-executivo da empresa, durante a sessão da CPI.

“Cada uma das prescrições foi feita por médicos em conversa com os pacientes”, afirmou Júnior, que defendeu a autonomia dos médicos.

“A autonomia do médico deve ser preservada para que possa indicar aos pacientes a melhor medicação.”

Uma reportagem da GloboNews, entretanto, mostrou uma rotina de pressão sob os médicos para a prescrição de determinados medicamentos do tratamento precoce: cloroquina, azitromicina, ivermectina e a flutamida, este último normalmente indicado somente em casos de câncer de próstata.

“Eu deixei de prescrever por um único dia acreditando nisso [autonomia] e acabei sendo chamado à diretoria com orientações bem claras de que eu deveria prescrever a medicação e o que ficava implícito era que, se não prescrevesse a medicação, você estaria fora do hospital. Voltei a prescrever a medicação por ter sido obrigado a prescrever. A autonomia, na verdade, é zero, você não tem escolha de deixar de prescrever. Se você não prescreve, você vai ser demitido”, afirmou um dos médicos ao veículo.

:: Leia mais: Ao vivo: Diretor da Prevent Senior, acusada de usar cobaias humanas em kit covid, fala à CPI

Documentos enviados pela Prevent Senior à CPI mostram que uma das principais farmacêuticas fornecedoras dos medicamentos do kit covid é a Vitamed. A empresa é a mesma que financiou a publicação em jornais e revistas de um manifesto pró-tratamento precoce do grupo “Médicos pela Vida”, apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O executivo da farmacêutica Vitamed, Jailton Batista, confirmou à CPI que a empresa financiou o manifesto, com R$ 717 mil.

“A Vitamed foi solicitada a dar apoio e suporte à chamada associação ‘Médicos pela Vida’ no patrocínio de um documento técnico, médico, e ela o fez. (…) Foi apenas a publicação nos jornais de um manifesto da associação, em que a empresa assumiu o custo da veiculação.”

Proximidade com o governo federal

O estudo observacional da Prevent Senior foi utilizado pelo Ministério da Saúde, que incorporou os relatórios da empresa em seus próprios protocolos. O diretor da Prevent afirmou à CPI que a empresa em si não desenvolveu qualquer protocolo.

Para Aziz, “a Prevent Senior foi usada em propaganda negacionista”, mas nunca desmentiu sua participação.

“Quando se fala uma coisa, a primeira coisa que vocês deveriam ter feito naquele momento é desmentido, falado que não tinha protocolo. Mas para vocês era muito bom ter uma propaganda feita pela maior autoridade do país. Ele [Bolsonaro] diz que eles [Prevent Senior] tinham um protocolo.”

Os primeiros resultados da pesquisa foram divulgados pela Prevent Senior em 15 de abril de 2020. Três dias depois, em sua conta pessoal no Twitter, Bolsonaro divulgou o estudo feito pelo plano de saúde.

“De um grupo de 636 pacientes acompanhados pelos médicos, 224 não fizeram uso da hidroxicloroquina. Destes, 12 foram hospitalizados e 5 faleceram. Já dos 412 que optaram pelo medicamento, somente 8 foram internados e, além de não serem intubados, o número de óbitos foi zero. O estudo completo será publicado em breve”, disse o presidente.

A promoção do tratamento precoce, a proximidade com o governo federal e a presença de figuras como a médica Nise Yamaguchi na empresa mostram indícios de que a Prevent Senior fez parte do gabinete paralelo. 

O grupo seria formado por figuras de fora do governo federal que aconselhariam o presidente acerca do uso de medicamentos comprovadamente ineficazes pela ciência contra a covid-19, como hidroxicloroquina e cloroquina.

À CPI, o diretor do Prevent Senior afirmou que Nise Yamaguchi, defensora do tratamento precoce e do governo federal, visitava os pacientes com covid-19.

Também na CPI, Júnior afirmou que a empresa sofre com “acusações infundadas”.

Editado por: Anelize Moreira
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