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Análise

Artigo | Ato de domingo reflete enfraquecimento de Bolsonaro

Desafio agora é garantir uma oposição unificada, forte e que reduza ainda mais a força do governo, para derrotá-lo

27.maio.2019 às 17h31
São Paulo (SP)
Ronaldo Pagotto
Cachorro vestido com camisa do Brasil durante manifestações de apoio ao governo Jair Bolsonaro (PSL) neste domingo (26) em São Paulo

Cachorro vestido com camisa do Brasil durante manifestações de apoio ao governo Jair Bolsonaro (PSL) neste domingo (26) em São Paulo - Nelson Almeida / AFP

Os atos do dia 26 de maio foram uma resposta do governo às manifestações de 15 de maio, à sequência de ações indicada pelos trabalhadores da educação e estudantes (30 de maio) e também à greve geral convocada para o dia 14 de junho. Além disso, foram uma ação do governo de Jair Bolsonaro (PSL) para elevar a pressão sobre o Congresso para a aprovação das reformas, bem como sobre o Superior Tribunal Federal (STF) — em pautas como a criminalização da homofobia, o controle da constitucionalidade de leis, dentre outros.

No entanto, o governo precisou lidar com obstáculos no meio do caminho, e a baixa adesão às manifestações refletem um enfraquecimento de Bolsonaro:

1- Dentro do governo a convocação dividiu o time. Os governistas do MBL, MVPR (Vem pra Rua), parte do PSL (Janaina, Joice, Frota e outros) e outros setores foram a público se posicionar contra o ato. Por outro lado, os setores mais ligados à Lava-Jato e aos agitadores principais do governo, os pastores super stars, saíram atacando os que foram contra e defendendo o ato.

2- Parte do empresariado declarou apoio nos últimos dias. Os mesmos apoiadores da campanha dele.

3 – Essa batalha – entre os que queriam o ato e os que defendiam a não realização – os setores pró ato saíram vencedores. A rede de robôs (bots), a ausência de uma contra proposta dos que defendiam não chamar o ato e a força do governo na operação pró ato foram decisivas.

4 – O governo está trôpego e depende mais do Congresso do que imaginava e gostaria. Os bolsonaristas desprezaram a estrutura da política nacional e estão tomando um choque de realidade ao depender, para cada Medida Provisória, de negociação com o parlamento. As ruas não têm sido capazes de cumprir o papel de emparedar o Congresso, constranger os parlamentares e reduzir o peso da negociação (leia-se negociata). Isso tem obrigado o bolsonarismo a viver uma contradição com suas bandeiras e “princípios”: ao atacar a chamada velha política (as negociações), mas tendo que fazê-las, mostram que bradaram aos quatro ventos e hoje estão cada vez mais mergulhados nela. Isso, para os setores mais atrasados, é um problema.

5 – O ato de domingo foi uma reação, ainda que não anunciada, à perda de força na sociedade. As pesquisas têm indicado uma perda da popularidade (1), redução do apoio (2) e aumento da rejeição (3), indicando uma força decrescente do governo. Logo, diante dessa “ladeira abaixo”, o governo se mobilizou para fazer uma demonstração de força. Isso é uma obviedade, já que tem uma tendência a reduzi-la, e a convocatória foi um sinal da crise e busca por reverter o quadro. As defecções anunciadas evidenciaram a existência de setores no governo temerosos de que as demonstrações de força e apoio de hoje poderiam resultar em um vexame público. Se no dia-a-dia esse setor contesta as pesquisas como sendo todas fake news, as ruas enfraquecidas seriam uma evidência inconteste de que os indicadores seriam reais.

6 – A afirmação dos atos – feita pelo próprio presidente – foi um sinal de que entre o receio do fracasso e o desespero para buscar demonstrar forças, o segundo venceu.

7 – A estrutura de comunicação tratou de fazer o serviço de convencimento da necessidade dos atos e a possibilidade de serem gigantes. Até os caminhoneiros, setor que está em plena negociação / pressão com o governo, foram alçados a uma tarefa de parar o país nesse dia. Anúncios claramente para demover os inseguros do seu gigantismo. Mas não passaram de bravatas.

8 – Os atos não foram desprezíveis de per si. Mas, considerando que são uma demonstração de apoio e força, de longe não expressaram a força obtida nas urnas, tampouco nos atos chamados pelo bolsonarismo, lava-jatismo e demais setores. Brilhou com energia fraca em algumas capitais – com destaque para SP e RJ (dois estados com a direita nos governos municipais e estaduais) e não passou de atos pequenos e médios onde nos meses atrás foram médios a grandes. Isso é um indicador claro de que a demonstração de forças não foi um sucesso.

9 – Isso não significa que o governo não tem força, mas sim que está perdendo forças. Está enfraquecendo. Mesmo com convocatórias diárias nas redes, usando força máxima nos grupos de whatsapp, twitter, facebook, rede de imprensa bolsonarista e personalidades governistas.

10 – A rede governista fará um esforço monstruoso para fazer um balanço positivo. O uso de todos os meios – especialmente a repetição de falas positivas – não será suficiente para mudar os fatos. Os atos, puxados por um governo que acaba de ser eleito com muita força, foram uma demonstração de que o governo tem mais com o que se preocupar do que supõe. E, na realidade, a força da sua presença virtual não é compatível com a força nas ruas. Provavelmente a maior parte do bolsonarismo e suas frações internas não foram às ruas, não convocaram os atos e não aprovaram os atos.

Diante disso, os nossos desafios são grandes. Os atos do dia 30 precisam responder com ainda mais força, bem como a greve do dia 14, expressão de força simbólica paralela à histórica greve de 28 de abril de 2017. Igualmente precisaremos responder com toda força.

Não é tempo de vacilações. É tempo de ação, organização e muito trabalho. A luta contra a mãe das reformas (previdência) poderá desdobrar-se em uma jornada ainda maior contra as reformas propostas e as que foram realizadas. E ajudar a conformar uma oposição unificada, forte e que cuide bem do seu papel de reduzir a força do governo, para derrotá-lo.

* Ronaldo Pagotto é militante da organização Consulta Popular.

Editado por: Aline Carrijo
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