Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Debate

“Precisamos enegrecer a esquerda brasileira”, diz pesquisador

Lançamento de "O Pensamento Africano no Século XX" discute a importância da difusão do conhecimento africano no Brasil

10.fev.2017 às 21h16
São Paulo (SP)
Nadine Nascimento
Os professores Gustavo Durão, da UFRRJ, e Muryatan Santana, da UFABC, conduziram o debate de lançamento

Os professores Gustavo Durão, da UFRRJ, e Muryatan Santana, da UFABC, conduziram o debate de lançamento - Os professores Gustavo Durão, da UFRRJ, e Muryatan Santana, da UFABC, conduziram o debate de lançamento

"O movimento negro brasileiro precisa se internacionalizar mais, conhecer outros movimentos, se fortalecer. Se depender da esquerda brasileira, estamos mal. Ela é eurocêntrica, racista. Precisamos enegrecer a esquerda brasileira", avalia Muryatan Santana Barbosa, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e um dos colaboradores do livro O Pensamento Africano no Século XX, lançado nesta quinta-feira (9) na livraria da editora Expressão Popular, em São Paulo (SP).

O livro, que reúne pesquisadores brasileiros e africanos, realiza uma leitura crítica dos principais pensadores africanos do século 20. A publicação, organizada por José Rivair Macedo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e coordenador do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros, teve como foco a necessidade da difusão e discussão do pensamento africano no Brasil e de sua importância para o fortalecimento do movimento negro.

A obra aborda temas importantes da história africana e seus desdobramentos nos países da diáspora. Entre os teóricos explorados no livro, estão Frantz Fanon, Léopold Sédar Senghor, Achille Mbembe, Aimé Césaire e Cheikh Anta Diop.

"Essa obra mostra o quanto esses pensadores ainda têm para acrescentar. No fundo, esse trabalho tenta fazer uma sinfonia única de textos e narrativas de pesquisadores de diferentes origens e trajetórias que têm uma vontade de mostrar o pensamento africano do século 20 e como ele pode ser assimilado. Estamos em um caminho de lutas contra o desconhecimento. Precisamos mostrar que não há uma versão única sobre a história", diz Gustavo Durão, professor da Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e responsável pela análise do pensamento de Senghor no livro, também presente na mesa de lançamento.

Nesse sentido, Barbosa acrescenta que O Pensamento Africano no Século XX é apenas "o primeiro passo" para a divulgação desses pensadores. Ele culpa a falta de interesse das editoras, de intelectuais brasileiros e da esquerda pela omissão das obras.

"Só agora estamos lançando um livro sobre pensadores africanos. Estamos felizes, mas falta muito. E há uma questão política importante envolvida: o Brasil é um país racista. São pouquíssimos os professores que sabem de pensadores africanos. Não tínhamos acesso a esse pensadores porque são poucos os que têm a oportunidade de ler em inglês ou francês. Ainda é raro no Brasil encontrar intelectuais negros. Estamos chegando agora nas universidades. Agora que vamos pensar sobre nossas questões", diz.

Resgate da tradição

Para os pesquisadores, o livro é importante também por resgatar valores "fora do eixo ocidental" e mostrar que "não há uma versão única da história". "Há um viés revolucionário que rompe com um mundo branco, ocidental e europeu", aponta Durão.

Já Muryatan acredita que o livro traz a possibilidade de debater de forma massiva todas as discussões políticas, culturais e históricas a partir da tradição do pensamento africano. "Isso é absolutamente novo. Estamos começando de fato construir uma teoria política menos eurocêntrica na esquerda brasileira", pondera.

Pensadoras negras

A certa altura do debate, a ausência de pensadoras negras no livro foi questionada. Segundo a educadora popular Marli Aguiar, outro desafio do movimento negro é conseguir dar espaço às mulheres. "Temos que colocar as mulheres também como pensadoras na construção de um mundo diferente, para não passar uma ideia errônea de que a luta por direitos é um processo puramente masculino", afirma.

Segundo ela, há uma hierarquia no mercado editorial que, primeiramente, absorve obras de homens brancos, depois das mulheres brancas, pouco dos pensadores negros e uma parcela ínfima de pensadoras negras. "Estamos na luta para reivindicar esse espaço de importância para nós. Como não sobra muito, a gente vai criando espaços alternativos para mostrar a importância do nosso papel", diz Aguiar.

Santana acrescenta que a questão das mulheres é a "mea-culpa que está no pensamento de todo o pan-africanismo". "Precisamos de mais livros sobre feminismo negro. Veja como Angela Davis está vendendo. A questão do machismo é muito forte. Isso traz problemas para a construção da luta política. Não há pan-africanismo sem mulheres", conclui.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

Editado por: Redação
Tags: áfricabrasilesquerda
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Mês do orgulho

‘O Congresso nunca aprovou uma lei para a população LGBT+’, denuncia Duda Salabert

AS VEIAS ABERTAS

‘A besta do fascismo está muito solta na América Latina’, diz diretor de peça em cartaz em SP

FUNCIONA MESMO?

Mais da metade dos créditos de carbono da Amazônia está ‘contaminada’ pela mineração

Projeto de Lei

Destinação de royalties do petróleo para cotistas é vitória para os estudantes, diz UNE

Marco

Parlamentares e sociedade civil lançam relatório para ‘política eficaz’ na Cracolândia 

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.