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8º dia de greve

Presidente do Equador decreta novo estado de sítio em seis regiões durante greve geral

Paralisação teve um morto e mais de 79 presos; Assembleia exige que Executivo abra mesa de diálogo com grevistas

21.jun.2022 às 13h26
São Paulo (SP)
Michele de Mello

Em oito dias de paralisação, mais de 50 pessoas foram detidas, enquanto seis estados permanecem sob controle das Forças Armadas o Eqaudor - Cristina Vega Rohr/ AFP

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, assinou um novo decreto de estado de sítio, na noite de segunda-feira (20), ampliando o controle das Forças Armadas para seis províncias equatorianas: Pichincha, Imbabura, Cotopaxi, Chimborazo, Tungurahua e Pastaza. A capital Quito terá toque de recolher a partir das 22h. A medida impede a realização de reuniões em espaços públicos, prevê o uso progressivo da força pública, mas autoriza "manifestações pacíficas". 

Há oito dias os movimentos indígenas organizam uma greve geral nacional, bloqueando as principais vias de cinco províncias, entre elas Cotopaxi e Chimborazo, que agora estão sob estado de sítio. Segundo levantamento de organizações de direitos humanos, 79 pessoas já foram detidas e, na última segunda-feira (20), houve o primeiro falecido, durante confronto com a polícia nacional, em Guayllabamba, norte da capital equatoriana.

O ministério do Interior relatou que cinco pessoas caíram de uma ponte durante os atos em Quito, um jovem de 22 anos faleceu e outros quatro permanecem internados em estado grave.

Lasso emitiu o novo decreto depois que a Assembleia Nacional votou pela revogação do documento anterior, publicado na sexta-feira (17). O novo documento retira aspectos consideras inconstitucionais do decreto anterior, como a autorização de prisões extra-judiciais e a proibição de manifestações públicas.

Leia também: Movimento indígena do Equador declara resistência ao governo

O chefe de Estado afirma que já atendeu parte das reivindicações, aumentando US$ 5 (cerca de R$ 25) no valor do bônus de Desenvolvimento Humano, pago a 1 milhão de famílias vulneráveis; dando um subsídio de 50% no preço dos fertilizantes a pequenos e médios agricultores; perdoando dívidas, concedendo créditos e se comprometendo a não privatizar setores estratégicos do país.

Mas Lasso repete que a paralisação tem o objetivo de tirá-lo do poder. "Estendemos a mão, chamamos o diálogo, mas eles não querem a paz. Querem instalar o caos, destituir o presidente, mas estou aqui, não vou escapar", publicou o mandatário.

Estoy aquí para proteger a los ciudadanos. Lucharé siempre por defender la democracia y a la voluntad del pueblo ecuatoriano. No permitiré que se imponga el caos. pic.twitter.com/ZJUspYuVMP

— Guillermo Lasso (@LassoGuillermo) June 20, 2022

"Estou aqui para proteger os cidadãos. Lutarei sempre para defender a democracia e a vontade do povo euqatoriano. Não permitirei que se imponha o caos"

Além do chefe do Executivo, o ministro de Defesa também elevou a hostilidade, afirmando que os protestos seriam manipulados pelo narcotráfico. 

"As Forças Armadas não permitirão que se tente romper a ordem constitucional ou qualquer ação contra a democracia e as leis da República. Os protestos são legítimos sempre e quando não atentem contra as garantias e direitos da maioria de viver em paz", disse o ministro Luis Lara.

:: Artigo | Os cem primeiros dias de Lasso aprofundam políticas de desmonte do Estado ::

Pabel Muñoz (Movimento Revolução Cidadã), líder da bancada de oposição, avalia que a resposta do governo à paralisação foi um "fracasso". 

"Primeiro o presidente disse que a greve não iria adiante, depois prendeu o presidente da Conaie, em seguida emitiu um decreto de estado de sítio, depois ocupou a Casa da Cultura, algo que não acontecia desde a ditadura", disse o parlamentar.

Desde segunda, a Casa da Cutura Equatoriana (CCE) e as maiores universidades de Quito, que seriam pontos de encontro da mobilização indígena, estão cercadas por militares.

Após oito dias de paralisação, alguns voos para Quito foram cancelados e a imprensa local afirma que há desabastecimento de produtos no mercado municipal de Guayaquil, maior cidade equatoriana, localizada na província de Guayas. 

A Câmara de Comércio de Quito diz que as vendas diminuíram 40% na última semana, representando um prejuízo de cerca de US$ 60 milhões. No último domingo (19) se celebrou o dia dos pais no país e o movimento foi menor que o esperado.


Em pelo menos cinco regiões as principais vias estão bloqueadas pelas manifestações da greve geral dos equatorianos / Veronica Lombeida / AFP

A Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) insiste que as principais causas que geraram a mobilização não foram solucionadas. Entre elas, destacam o aumento de 37% gasolina e 65% do diesel somente neste ano. Desde o governo do antecessor, Lenin Moreno, o Equador rompeu com uma política de mais de 20 anos de subsídios aos combustíveis aplicando a paridade aos preços internacionais do barril de petróleo – similar ao adotado pela Petrobrás a partir da gestão de Michel Temer.

"O setor político de Lasso, de maneira classista e racista, dizia que os subsídios geravam uma classe de vagabundos", denunciou Muñoz.

A Conaie ainda denuncia que 80% do território indígena sofre com o extrativismo mineiro.

Também afirmam que sete a cada dez equatorianos estão desempregados. De acordo com dados oficiais, 66% da população está no setor informal. 

No último ano, cerca de 1,5 milhão de pessoas passaram a viver na pobreza. Cerca de 27,7% da população equatoriana é pobre e 10,5% vive na pobreza extrema, segundo dados de dezembro de 2021 do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Inec).

As bases do movimento indígena permanecem mobilizadas, mas no Parlamento, o partido Pachakutik, que tem a presidência da Assembleia, está dividido entre o apoio às manifestações e o respaldo à política do governo. Para suspender o novo decreto executivo, os deputados deveriam voltar a reunir-se.

Após a última manobra de Lasso, de emitir um novo decreto durante a sessão parlamentar que discutia o estado de sítio anterior, a bancada da Revolução Cidadã avalia a possibilidade de pressionar pela destituição do Legislativo e do Executivo e a convocatória de novas eleições gerais nos próximos seis meses.

"As medidas anunciadas pelo presidente não são vistas nem com otimismo e nem com confiança pelo setor mobilizado. Me parece que o governo continua sem rumo, insistindo no discurso do diálogo, nós também vamos apostar por essa via. Mas há uma enorme possibilidade  de que as manifestações já superaram a convocatória da Conaie", conclui o deputado Pabel Muñoz.
 

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: equadorguillermo lasso
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