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OPINIÃO

Artigo | A geração neoliberal

O desejo é que os brasileiros, principalmente os eleitores, acordem deste pesadelo e iniciem o processo de reconstrução

11.abr.2022 às 13h00
Porto Alegre
Pedro Augusto Pinho
O ministro Paulo Guedes fala para banqueiros em agosto: unidade em torno da agenda econômica neoliberal

O ministro Paulo Guedes fala para banqueiros em agosto: unidade em torno da agenda econômica neoliberal - Rovena Rosa/Agência Brasil

Antes de analisarmos a questão deste título, vamos dar precisão ao tema. A geração da qual trataremos é a brasileira. Esta geração que surge no Brasil por volta da segunda metade dos anos 1980, com a “democratização” e a emergência do pensamento liberal, ou neoliberal. Não cairemos na falácia das finanças apátridas de imaginar que todas as pessoas ao redor do mundo tenham as mesmas necessidades e percepções.

Armadilhas das finanças

É um cuidado que sempre precisamos atentar, e não é simples. As finanças têm séculos de experiência em lutas, produção de todos os tipos de armas, para combater o corpo e o espírito, objetivando eliminar opositores e se manter no poder. Antes do século XIII, quando financiaram o comércio com oriente e a grandeza dos senhores dirigentes das cidades-estado na península italiana – Veneza, Gênova, Florença e Milão, as finanças oriundas das riquezas fundiárias dos nobres britânicos já encurralavam os reis da Inglaterra.

O curioso, nesta história, por escrever das finanças ocidentais, é que geraram seu mais importante inimigo que, por pouco, não as leva à derrocada: a industrialização estadunidense. Mas hoje, os Estados Unidos da América (EUA) são um ativo defensor de seus interesses.

Importante para evitar as armadilhas é igualmente a compreensão das nacionalidades e da globalidade.

A cultura, entendida como a idêntica compreensão e emoção/sentimento de um grupo de pessoas que habita o mesmo espaço geográfico, é múltipla e de impossível unificação universal. Ela demonstra uma das falácias da globalização e a perpetuidade dos nacionalismos. O mais conhecido porta-voz das finanças apátridas em nossos dias, o megaespeculador George Soros, em considerações sobre as mudanças na sociedade, afirmou que o nacionalismo era o maior inimigo da “sociedade aberta” e, consequentemente, da “democracia” e da “liberdade”.

Observe, caro leitor! O Brasil tem climas úmidos, do equatorial, ao norte, ao temperado na região sul (IBGE). Assim, não admira que os índios brasileiros, ao tempo da chegada dos europeus, andassem nus. O maior grupo linguístico-cultural é o tupi, ocupando ampla área amazônica e toda costa atlântica brasileira do norte ao sul. O segundo mais numeroso é o gê, distribuído pelo centro do Brasil, também de norte a sul. Escreve Arthur Ramos (1903-1949) (Introdução à Antropologia Brasileira – As culturas indígenas, 1943-1947) que nossos índios “não atingiram evidentemente a civilização dos metais. No entanto, muitos que tiveram contato com a cultura andina conheceram o ouro e a prata, que utilizaram em objeto de adorno”. O nudismo revelava a condição climática. Mas poderíamos acrescentar a condição alimentar, farta e bem distribuída – pesca, caça, frutas e castanhas – que não exigia condições especiais para obtenção.

Diversa era e é a situação dos habitantes das áreas desérticas do sul da Argélia e da Líbia, que conhecemos pela designação genérica de tuaregue. Vestem túnicas longas, cobrindo o corpo inteiro, inclusive a cabeça e rosto com véus que os protegiam do sol e do vento, que traz areia, causadoras de incômodo como agulhas penetrantes, e à noite do frio intenso do deserto. E para garantirem alimento e água, são obrigados a cruzar as areias e pedras do deserto (Philip Steele, The People Atlas, Oxford University Press, 191).

Os inuítes, povo nômade do Ártico, têm palavras diferentes para dizer, o que para nós bastam duas: branco e neve, pois é o entorno de suas vidas e suas variações, algumas vezes, podem significar comida ou fome, perigo ou tranquilidade. Poderíamos enumerar muitos outros exemplos das consequências do nacionalismo e da imprópria e ineficaz tentativa de encontrar um elemento operacional para a cultura ou o mercado globais.

Trabalho no Brasil

Por três séculos, formal e legalmente, no Brasil o trabalho era ocupação de escravos. Homens livres se dedicavam ao comércio, guerras e ofícios do Estado. Esta associação do trabalho com a escravidão criou a mentalidade rentista nos brasileiros brancos e mesmo os não brancos, que saíam da condição de escravos.

Havia também o exemplo da Inglaterra, verdadeira dona de Portugal desde o século XVIII e, ainda mais no século XIX, diretamente do Brasil independente. O rentismo inglês vinha das aplicações nas empresas que exploravam as colônias, em todo mundo “onde o sol nunca se punha”. Observe o caro leitor os romances da Agatha Christie e de outros escritores que narrem o cotidiano dos ingleses de classe média do século XVIII ao início do XX. Ninguém trabalha. Esta população ficou desarvorada com as derrotas do financismo inglês nas duas grandes guerras e com a emergência estadunidense desde a I Grande Guerra.

No Brasil, o fim da escravidão legal não eliminou a escravidão real. A mudança se inicia com a proclamação da República e a transferência do poder para os militares. Estes, conscientes da sua inferioridade técnica e operacional, vão, inicialmente, se preparar na Alemanha, o Império unificado pela ação de Otto von Bismarck, o chanceler de ferro. Posteriormente vem ao Brasil a Missão Francesa. Ambos os treinamentos mostraram aos oficiais brasileiros a necessidade de tratar do aparelhamento bélico como conquista tecnológica e industrial nacional. Estes aspectos estão em livros de memórias, descrição de combates e de pareceres de militares brasileiros, dos quais destaco os dois volumes de “Memórias de um Soldado Legalista”, 1961, do Marechal Estevão Leitão de Carvalho (1881-1970).

Todos estes eventos desaguam no Movimento Tenentista dos anos 1920 e na Revolução de 1930. Tanto que os primeiros atos transformadores da realidade nacional do Governo Provisório de Getúlio Vargas, empossado em 3 de novembro de 1930, serão a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública, em 14 de novembro de 1930, e do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, em 26 de novembro de 1930.

Inicia-se, então, todo um conjunto de doutrinação para o trabalho, que “dignificava o homem”, que era a matriz do desenvolvimento, e que a Nação dependia deste suor de seus filhos. Paralelamente, são constituídos incentivos e criadas instituições que garantam e prestigiam o trabalho, como o salário mínimo, a previdência e a assistência social, conselhos classistas e liberdade sindical, que prosseguem até os governos militares (1964-1985).

Com o fim dos governos militares chega ao país a ideologia neoliberal, o fim do Estado como pernicioso à sociedade – é emblemática a propaganda do elefante, simbolizando o Estado, caminhando e destruindo a loja de louças. Alusões feitas aos animais pré-históricos enchem páginas da imprensa: Petrossauro, ideia pré-diluviana, Estado Dinossauro etc.

E se vende como moderno, atual, em plena mudança para o século XXI, a Inglaterra do século XIX. Ou seja, o inaplicável rentismo no país de maior concentração de renda do planeta, viver com rendimento de inexistentes patrimônios. O mais incrível foi que esta ideia absurda ganhou a cabeça das classes médias brasileiras, e desde aquela que está no limite de auferir um salário mínimo.

Geração neoliberal

Educada nesta propaganda enganosa, com alguma possibilidade de sobrevivência, graças às conquistas dos pais e avós no período 1930-1990, a geração neoliberal está à espera de um milagre. Viver sem renda nem trabalho. Enquanto houver aqueles que recebem aposentadoria, cada vez mais escassos e estas menores, a geração neoliberal, morando com a família, continuará existindo. Mas o que acontecerá com a morte certa dos pais e avós? Quando por acidente ou por vontade constituírem família? Urge desconstruir a irrealidade neoliberal, trazer esta geração para a realidade brasileira, para este país rico, que pode acolher bem e dar emprego a todos seus filhos, mas que, sob o domínio neoliberal, está retornando ao tempo colonial em velocidade assustadora.

Não há conclusão para esta reflexão. Há uma denúncia e um desejo.

A denúncia é das ações e pregações dos Paulo Guedes, Roberto Campos Neto, dos lobistas que voam em torno da Petrobras, da Eletrobras, do BNDES, das Agências Reguladoras antinacionais, daqueles que ocupam as páginas da imprensa e horários das televisões nas campanhas pela reescravização dos brasileiros. Destes criadores de Uber (que o Brasil é campeão mundial), MEI, PPI e outras atrocidades absolutamente contra a sociedade brasileira.

O desejo é que os brasileiros, principalmente os eleitores, acordem deste pesadelo, iniciem o processo de reconstrução do Brasil, com Estado Forte e Povo Participante. E este Estado será tão melhor quanto suas bases de sustentação, conscientemente, sejam nacionais e trabalhistas.

* Pedro Augusto Pinho é administrador aposentado

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Marcelo Ferreira
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