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RESISTÊNCIA

8M: manifestações pelo fim do governo Bolsonaro vão marcar o Dia Internacional da Mulher

Em Porto Alegre, haverá marcha unificada a partir das 18h; Atividades iniciam às 12h no Largo Glênio Peres

07.mar.2022 às 01h27
Updated On 08.mar.2022 às 01h27
Porto Alegre
Clara Aguiar

"As legislações brasileiras no campo da violência contra as mulheres são maravilhosas, o que precisamos é que a lei não exista sozinha" - Foto: AFP

Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) somente na década de 1970, o Dia Internacional da Mulher já havia sido proposto em 1910 pela socialista, marxista e feminista Clara Zetkin – no contexto da Segunda Revolução Industrial, quando ocorreu a incorporação da mão de obra feminina nas fábricas. Naquela época, a falta de bens essenciais à sobrevivência e os baixos salários eram os motivos de frequentes protestos por parte das trabalhadoras nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, como o das operárias russas de uma fábrica de tecelagem, que protagonizaram em 8 de março de 1917 a manifestação que impulsionou a consolidação da data. Na pauta: reivindicações por melhores condições de trabalho, aumento salarial e redução das cargas horárias exaustivas. 

:: Fatos e mitos do 8 de março: qual a origem da data que celebra a luta das mulheres? ::

Passado um século, as mulheres continuam a se manifestar em várias partes do mundo denunciando situações de exploração e opressão. Neste 8 de março, atos em todo o país vão marcar o Dia Internacional das Mulheres. Sob o mote “Pela vida das mulheres: Bolsonaro nunca mais! Por um Brasil sem machismo, racismo e fome”, organizações, entidades e articulações feministas vão marchar pelas ruas pelo fim do governo de Jair Bolsonaro. Em Porto Alegre, a concentração do ato unificado será as 18h, na Esquina Democrática. Além da marcha, estão previstas atividades culturais e rodas de conversas no Largo Glênio Peres, com início às 12h.

“É mais um dia de luta, mas é um dia de resistência, de visibilidade, de chamar a atenção para as nossas pautas. De chamar todas as mulheres das centrais sindicais, do movimento feminista, do movimento negro e também aquelas que nunca participaram”, comenta a presidenta estadual da União Brasileira de Mulheres de Porto Alegre (UBM-POA), Fabiane Dutra Oliveira. “Nós ficamos mais empobrecidas com a crise econômica que piorou com a pandemia e, principalmente, porque a gente não tem um Estado nacional minimamente empático com as nossas questões. Pelo contrário, nós temos um governo misógino, racista e preconceituoso que nos força a reagir neste momento”, explica. 

Fabiane recorda o veto de Jair Bolsonaro ao Projeto de Lei nº 4968/2019, da deputada Marília Arraes (PT-PE), que estabelecia a distribuição gratuita de absorventes nos postos de saúde para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade. “Estamos perdendo políticas públicas, se o Estado não garante uma rede de enfrentamento e combate à violência, cidadania e dignidade para as mulheres, nós, enquanto rede de movimentos, trabalhamos para dar o suporte que a gente consegue. No dia 8, por exemplo, faremos uma arrecadação de absorventes, porque também lutamos pela dignidade menstrual e pela derrubada do veto”, enfatiza.

Governo inimigo das mulheres

Durante a campanha da eleição presidencial no Brasil em 2018, ocorreu a maior manifestação liderada por mulheres na história do país. O Movimento #EleNão, em repúdio ao então candidato à Presidência da República, o presidente Jair Bolsonaro (PL), cresceu nas redes sociais e tomou as ruas com protestos em todos os estados brasileiros. Há menos de um mês para o primeiro turno das eleições, as mulheres alertavam que o candidato apresentava comportamentos misóginos e semelhantes às ideologias totalitárias, como o Fascismo e o Nazismo. À época, as mulheres já anteviam a antipolítica de gênero de Bolsonaro.


O número total de pessoas que participaram das manifestações contra Bolsonaro no período pré-eleitoral é incerto. A Polícia Militar não divulgou estimativas de público nas principais cidades / Foto: Karina Zambrana/Mídia Ninja

A onda conservadora e os retrocessos nos direitos das mulheres se concretizou. De acordo com levantamento realizado pela revista Azmina, entre janeiro de 2019 e julho de 2021, o governo federal deixou de aplicar quase R$ 400 milhões em políticas públicas voltadas para as mulheres, um terço dos recursos previstos no Orçamento da União. Dos quase R$ 115 milhões disponíveis para a construção e equipagem de Casas da Mulher Brasileira – espaço que oferece acolhimento às vítimas de violência -, apenas R$ 1 milhão foi destinado. Desde o início da gestão Bolsonaro, mulheres têm sido levadas para um lugar de violência e também de vulnerabilidade econômica.

:: 8M: Movimento pela vida das mulheres divulga manifesto contra o governo Bolsonaro ::

Em meio a pandemia da covid-19, marcada pelo agravamento das desigualdades já existentes, Bolsonaro vetou integralmente o Projeto de Lei nº 2508/2020, aprovado pelo Congresso, que previa o pagamento de cota dupla e prioridade à mulher chefe de família no pagamento do auxílio emergencial. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são mais de 11 milhões de mães solo no Brasil. Desse total, estima-se que 61% são pretas ou pardas. Ainda de acordo com o IBGE, a taxa de desemprego entre as mulheres chegou a 17,9% no primeiro trimestre de 2021. A fome e a insegurança alimentar também são maiores nos lares chefiados por mulheres. 

A secretária-geral da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT-RS) e secretária estadual de Mulheres do Partido dos Trabalhadores de Porto Alegre (PT-RS), Vitalina Gonçalves, enfatiza que a primeira ação de regimes autoritários é tentar calar a voz das mulheres. “A nossa voz incomoda porque eles temem que nós cheguemos aos espaços de poder. Por isso, neste ano de eleição, nós temos a oportunidade de trocar o presidente. De dizer: ‘Fora Bolsonaro e sua política genocida, de morte e de privilégios de uma classe econômica burguesa’. Se uma cidade, um estado ou um país for pensado por mulheres e para as mulheres, com toda a certeza, será uma cidade, um estado ou um país que atende e inclui todas, todos e todes."

Após 90 anos da conquista do direito ao voto, a maioria das mulheres brasileiras deixa claro: Bolsonaro não será seu candidato nas eleições de 2022. De acordo com levantamento realizado pelo PoderData, se a eleição fosse apenas entre as eleitoras, elas garantiriam a derrota de Bolsonaro no primeiro turno. Segundo a pesquisa, Lula possui 41% das intenções de voto feminino contra 30% de Bolsonaro. Vitalina pondera que o voto é um importante marco na luta pelo direito das mulheres, mas que ainda é preciso maior representatividade feminina em cargos eletivos. “Em 2022, nós temos a oportunidade de mudar os espaços legislativos, a Câmara, o Senado e as Assembleias Legislativas. Estamos lutando para que nós, mulheres, possamos conquistar uma maioria. Não queremos e não aceitamos mais ser apenas uma maioria populacional, queremos ser uma maioria nos espaços de decisão política.”

Para a presidenta da UBM-POA, Fabiane Dutra Oliveira, mudanças importantes – como a Lei Maria da Penha, o direito ao voto e ao divórcio – ocorreram no Brasil graças à pressão do feminismo organizado. “As hermanas da Argentina e do Chile conquistaram a descriminalização do aborto porque milhares delas saíram às ruas. Por isso, precisamos estar unidas. Vamos ocupar o nosso espaço participando e somando forças nessa luta.” No entanto, Fabiane salienta que a luta da mulher é de toda a sociedade: “A gente precisa que todos olhem com empatia. Os homens podem não perceber, mas eles também sofrem com a reprodução do machismo, com essa estrutura patriarcal. A gente só vai ter uma sociedade emancipada quando mulheres e homens puderem viver as suas diferenças com equidade de oportunidades e de direitos”. 

Agenda do 8M em Porto Alegre

No Largo Glênio Peres:

12h às 17h – Arrecadação de alimentos e absorventes;

12h – Acolhimento e organização da tenda Elza Soares;

13h – Troca de Experiências sobre Combate à fome e miséria com trabalho digno no campo e na cidade (mesa);

14h  – Mística – Intervenção Cultural;

14h30 – Defesa da Democracia, Controle Social e Participação Popular na Defesa das Políticas Públicas (mesa);

15h30 – Mística – Intervenção Cultural;

16h – Combate à Violência de Gênero, Política, Racismo Estrutural, LGBTfobia e Feminicídio (mesa);

17h – Mística – Intervenção Cultural;

Na Esquina Democrática:

18h – Concentração para o ato unificado, com saudações; Intervenção cultural e início da caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares;

No Largo Zumbi dos Palmares:

Saudações e apresentação da bateria da Escola de Samba Imperatriz Leopoldina.

Atos em outras regiões do Rio Grande do Sul

Santa Maria – Praça Saldanha Marinho, 17h;

Canoas – Esquina Democrática, 15h (12/03);

São Leopoldo – Em frente à Câmara de Vereadores, 17h; 

Caxias do Sul – Praça Dante Alighieri, 18h;

Erechim – Seminário N.S de Fátima, 18h30;

Encruzilhada do Sul – Mobilização de rua e moções na câmara de vereadores, programa de rádio; 

Salvador das Missões – Encontro e formação com as camponesas, 22h; 

Paim Filho – Participação das camponesas em programas de rádio; 

Três Cachoeiras – Encontro de formação (07/03);

Passo Fundo – Ato de Rua, 18h.


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Editado por: Katia Marko
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