Uma família instalada na ocupação Graciosa, em Pinhais (PR), foi despejada durante o dia de hoje (3).
Informações dão conta de que a área é ocupada há treze anos por algumas pessoas. Entre as quais, cerca de 80 famílias vivem em chácaras na região, e que a prefeitura local está adotando o método de pressionar família por família.
As famílias devem recorrer. Moradores afirmam que cumprem o papel de proteger uma região próxima à Área de Preservação Ambiental (APA), o que seria melhor do que o projeto oficial de retirar as famílias para construção de empreendimento de condomínio fechado.
“Não esperávamos. A prefeitura sempre ameaçou os moradores aqui, sempre vivemos assim. Sou ecologista, é uma unidade de conservação, é próxima à APA do Iraí, mas a comunidade sempre cuidou do local”, afirma Raquel Olímpio, irmã de uma das pessoas despejadas. Ela reforça que os moradores necessitam da residência, não seria um local apenas de final de semana.
Advogada alerta para um procedimento perigoso por parte do poder público, que é tratar um conflito coletivo como se fosse individual / Divulgação
A avaliação de Bárbara Esteche, advogada das famílias, alerta para um procedimento perigoso por parte do poder público, que é tratar um conflito coletivo como se fosse individual. “A natureza do conflito é coletiva. É fato que há questões específicas e cuidados, mas pessoas moram. É preciso olhar as questões específicas, senão ninguém moraria no Brasil. Aqui não se trata de caso de degradação ambiental”, critica.
A reportagem do Brasil de Fato Paraná está em busca de mais informações e da posição da prefeitura de Pinhais. Porém, a gestão municipal mantém atividades até às 17h e apresenta canais de informação de difícil acesso para comunicação com a assessoria de imprensa.
