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Início Internacional

Cúpula BRICS

Cúpula do Brics: quais foram os resultados para a estratégia russa no contexto da guerra?

Expansão do grupo fortalece narrativa da Rússia de resistir ao isolamento do Ocidente

26.ago.2023 às 13h02
Rio de Janeiro
Serguei Monin

Presidente russo, Vladimir Putin, participa da XV Cúpula do Brics, na África do Sul, por vídeoconferência - Kremlin.ru

A Rússia chegou à cúpula do BRICS com palavras de ordem bem definidas: multipolaridade e transformação da ordem mundial. Do ponto de vista do Kremlin, a ideia de fortalecer o bloco que surge como alternativa à hegemonia do Ocidente é uma forma de conquistar aliados em meio à guerra da Ucrânia.

Isso ficou claro na participação do presidente Vladimir Putin, que usou a cúpula como plataforma para justificar as ações na Ucrânia e culpar o Ocidente.

“Somos contra qualquer tipo de hegemonia, contra a exclusividade promovida por alguns países e contra a nova política baseada neste princípio, a política de continuidade do neocolonialismo”, afirmou.

Participando da cúpula de forma remota, por vídeoconferência, devido ao mandado de prisão emitido contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), o presidente russo declarou que “o desejo de alguns países de manter esta hegemonia levou à grave crise na Ucrânia”.

“Estamos gratos aos nossos colegas do Brics que estão ativamente envolvidos na tentativa de pôr fim a esta situação (conflito na Ucrânia) e alcançar uma solução justa através de meios pacíficos. Caros colegas, o principal é que todos somos unânimes a favor de uma ordem mundial multipolar que seja verdadeiramente justa e baseada no direito internacional”, destacou.

A confirmação da adesão seis novos membros ao Brics – Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia – dá à cúpula uma conotação histórica. Agora com 11 países, o bloco representa uma força geopolítica que não se alinha às sanções do Ocidente contra a Rússia. Esse motivo faz com que a cúpula tenha tido uma importância particular para Moscou no contexto da guerra da Ucrânia.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o professor de Relações Internacionais da Universidade de São Petersburgo Victor Jeifets diz que a cúpula teve uma importância particular para a Rússia no sentido de, em primeiro lugar, demonstrar que a ela tem aliados, “e não somente países como, por exemplo, a Nicarágua, mas influentes, que no PIB agregado, ultrapassam o G7”.

A guerra da Ucrânia foi citada apenas uma vez na declaração final da cúpula do Brics, e de forma branda e sem novidades. De acordo com o documento, os cinco países-membro manifestaram “com apreço propostas relevantes de mediação e bons ofícios que visam a resolução pacífica do conflito através do diálogo e da diplomacia, incluindo a Missão de Paz dos Líderes Africanos e o caminho proposto para a paz”.

Diferente de outros líderes presentes, o presidente Lula deu mais atenção ao conflito em seu discurso, criticando a guerra, mas sem condenar a Rússia diretamente. Ele afirmou que, em poucos anos, o mundo retrocedeu “de uma conjuntura de multipolaridade benigna para uma que retoma a mentalidade obsoleta da Guerra Fria e da competição geopolítica”.

“Essa é uma insensatez que gera grandes incertezas e corrói o multilateralismo. Sabemos bem onde esse caminho pode nos levar. A guerra na Ucrânia evidencia as limitações do Conselho de Segurança. Muitos outros conflitos e crises não recebem a atenção devida, mesmo causando vasto sofrimento para as suas populações”, afirmou.

Para o analista Victor Jeifets, os discursos de Lula e Putin evidenciaram que os países-membro não compartilham uma mesma visão em relação à guerra. As divergências também aparecem na concepção de multipolaridade. De acordo com ele, há uma concepção russa de multipolaridade que também é muito utilizada pela China, mas na América Latina, por exemplo, “é mais comum o uso do termo multilateralismo”.

Aqui a divergência não é só uma questão de terminologia, mas de visão de mundo e projeção de como tomar decisões no âmbito da governança global. Jeifets observa que a concepção russa de multipolaridade está mais vinculada a uma “redistribuição de esferas de influência no mundo”, e a visão brasileira de “multilateralismo” seria mais voltada para encontro de convergências para alcançar acordos entre Estados.

“Aquilo que o Lula fala diz respeito a esforços de várias partes, esforços conjuntos para chegar a certos acordos. Isso é mais próximo da moderna concepção do direito internacional do que o termo multipolaridade utilizado por uma série de países (incluindo Rússia), que quer dizer redistribuição da esfera de influência. Então a Rússia aqui tem base para um entendimento mútuo com os países, mas ao mesmo tempo existem limites objetivos”, argumenta.

Essa distinção nos leva para a diferença estratégica que o próprio agrupamento do Brics tem para ambos os países. O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Fernando Brancoli observa que, para o Brasil, o Brics funciona “quase como uma chancela de que agora o país está ocupando espaços de maior prestígio e influência do sistema internacional”.


Presidentes Lula, Xi Jinping (China) e Cyril Ramaphosa (África do Sul), 1º ministro Narendra Damodardas (Índia) e chanceler Sergey Lavrov (Rússia) na 15ª Cúpula do Brics / Ricardo Stuckert/PR

Desta forma, o ingresso de mais seis países no Brics, de acordo com o cálculo brasileiro, era visto com receio “na medida em que existiria uma espécie de diluição de poder do Brasil dentro dessa estrutura”. “Rússia e China não. Queriam a expansão. E nesse caso eu acho que foi uma derrota pro Brasil sim. Apesar de obviamente o discurso oficial dizer que não”, destaca Fernando Brancoli em entrevista ao Brasil de Fato.

Já no caso da Rússia, depois do início da guerra da Ucrânia, o Brics “ganha uma dimensão muito mais importante, porque é a plataforma principal em que a Rússia de modo geral pode argumentar que não está isolada”. Nesse sentido, o analista observa que a expansão do Brics reforça ainda mais essa narrativa. Para Brancoli, essa expansão representa “uma vitória russa”, pois “faz com que a Rússia soe muito menos isolada”.

Vale lembrar que toda a estratégia do Ocidente em apoio à Ucrânia logo após o início da guerra em 24 de fevereiro foi – e ainda é – baseada no isolamento político e econômico da Rússia para minar a capacidade do país de sustentar a operação militar no Leste Europeu. Assim, fica claro que a 15ª Cúpula do Brics representa um marco para Moscou e um êxito no sentido de contrariar a narrativa ocidental de isolamento da Rússia.

“Com a expansão desses países, pensando inclusive com a inclusão de aliados muito próximos dos Estados Unidos que é o caso da Arábia Saudita, é mais um reforço narrativo. Fica explícito que a gente está falando de uma Rússia que dialoga, uma Rússia que é recebida, uma Rússia que consegue fazer acordos. Então é uma vitória russa essa expansão”, completa Fernando Brancoli.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: áfrica do sulbrasilbricsguerralulaputinrússiaucrânia
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