O presidente Lula da Silva ofereceu dois horários de sua agenda para se reunir com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky em agendas bilaterais durante a 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos.
A informação foi repassada ao jornal O Globo pelo senador e líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), que faz parte da comitiva do governo brasileiro. Segundo o senador, a previsão é de que o encontro aconteça na segunda (18) ou terça-feira (19).
A provável reunião entre os dois acontecerá após o desencontro em maio, durante a reunião da cúpula do G7, em Hiroshima. Na época, havia uma grande expectativa para esta reunião, em razão das declarações do presidente brasileiro que diminuíam a culpa de Moscou pela Guerra.
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O governo brasileiro informou que ofereceu dois horários e que, mesmo assim, o líder ucraniano não compareceu. Zelensky, por sua vez, afirmou que o Brasil demorou a responder aos seus pedidos, e quando os horários foram informados, ele já não tinha mais tempo na agenda.
O desencontro abalou as relações entre os dois países. Zelensky, após este episódio, deu declarações polêmicas. Em uma delas, afirmou que Lula não pensava por conta própria a respeito da guerra e repetia o que Vladmir Putin pensava.
Kiev deseja que o Brasil adote um tom mais duro e crítico à Rússia. O presidente Lula vem defendendo, durante declarações internacionais, a criação de um grupo de países para ajudar a criar uma saída para guerra. O governo brasileiro tem condenado a invasão da Ucrânia e não concorda com sanções econômicas impostas à Rússia.
O presidente Lula já está em Nova York. Além da Assembleia Geral da ONU, o presidente terá reuniões com empresários e com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Os dois devem anunciar na quarta-feira(20) um inicial global em defesa do trabalho decente no século 21.
