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Política

Para pesquisador, ação violenta do MBL na UFPR faz parte de tática pré-eleitoral

Militantes do grupo de extrema direita justificaram invasão do prédio da universidade para verificar “vagabundagens”

13.set.2023 às 12h52
Paraná
Ana Carolina Caldas

Momento em que integrante do MLB atira spray de pimenta contra estudante da UFPR - Reprodução UFPR

Na manhã de sexta (01/09), oito integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) provocaram tumulto e agrediram estudantes e uma funcionária na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Minutos antes de entrarem no Edifício D. Pedro I, mais precisamente dentro do Centro Acadêmico de História, munidos de câmeras e spray de pimenta, os militantes chegaram a gravar um vídeo exposto em suas redes sociais dizendo que iriam entrar para verificar “as vagabundagens que estão defendendo”.

A UFPR emitiu nota condenando a ação do grupo e informou que, através da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, fez boletim de ocorrência junto à Polícia Civil do Paraná.

Agressões semelhantes ocorreram em 2016, quando estudantes de ensino médio ocuparam escolas estaduais contra a Reforma do Ensino Médio. Na época, em Curitiba, militantes do MBL entravam nas escolas e agrediam estudantes.

Para analisar a ação, o Brasil de Fato Paraná conversou com o professor e pesquisador de Comunicação Política e Opinião Pública do Departamento de Ciência Política da UFPR, Emerson Urizzi Cervi, que destacou ser esta uma tática pré eleitoral.


Professor e pesquisador da UFPR, Emerson Urizzi Cervi / Divulgação

 

Confira a entrevista:

 

BDF: Os militantes do MBL gravaram um vídeo dizendo que a ação era para mostrar as “vagabundagens” feitas dentro de uma universidade pública. Essa também era uma fala de ex-ministros e do ex-presidente Bolsonaro. O que está implícito nesta ação e discursos?

Emerson Cervi: Trata-se de uma atuação prevista em formas de atuação desse tipo de grupos da extrema-direita internacional. Nos Estados Unidos há um grupo chamado Proud Boys com a mesma forma de atuação: entrar em prédios públicos, agredindo, ofendendo e gravando. Dois líderes desse grupo já foram condenados pela invasão do Capitólio e estão cumprindo pena.

No Brasil há grupos parecidos com esse, com a mesma motivação. A Universidade Pública, infelizmente, não consegue atender a todos os jovens em idade escolar. Há um processo seletivo e alguns daqueles que não conseguem ser aprovados transformam a frustração em raiva e acabam se voltando contra as atividades daqueles que estudam e trabalham em prédios públicos. Não foi o bolsonarismo que causou isso. O bolsonarismo apenas deu vazão para esses sentimentos que estão historicamente presentes em alguns segmentos da sociedade.

BDF: O MBL fez ações semelhantes em 2016, durante as ocupações das escolas de ensino médio. Você acredita que seja também uma estratégia pré-eleitoral, já que naquela época saíram vários candidatos desses militantes do MBL?

Emerson: Sim, há uma conexão temporal entre período pré-eleitoral municipal e essas ações de vândalos. O motivo é que a extrema-direita busca caminhos alternativos à vida partidária para chegar aos postos eletivos como a Câmara de Vereadores.

Muito antigamente era via meios de comunicação (havia uma bancada de radialistas), depois passou a ser via lideranças religiosas (havia uma bancada de pastores) e agora é via influenciadores de extremismo na redes sociais online.

Em 2020 já foram eleitos alguns com esse perfil. Agora está na hora de buscar likes e compartilhamentos em redes sociais para que no ano que vem parte disso se transforme em votos. E é um caminho que tende a permanecer, pois, para eleger-se vereador de um município basta 1% de votos. Quer dizer, se em um município houver 99% de eleitores contrários a discurso de ódio, radicalismo e ações de vandalismo para gerar capital eleitoral, ainda assim, é possível eleger-se com esse tipo de estratégia. E, em Curitiba, infelizmente esse percentual está bem abaixo de 99%.

BDF: Esse ódio à universidade pública, tão propagado na eleição que elegeu Bolsonaro e que faz parte da narrativa do MBL, ainda repercute na sociedade?

Emerson: Há uma parcela da sociedade que sempre nutriu algum sentimento negativo em relação ao poder público. Para a universidade esse percentual ainda é maior, pois a concorrência é grande e para cada aprovado no vestibular, outros dez passaram pela experiência de reprovação todos os anos.

Claro que isso não justifica a violência e vandalismo. Apenas em uma minoria o sentimento de derrota é transformado em comportamento violento contra a universidade pública. O problema é que para esses casos não há informação suficiente para modificar o comportamento.

Ou nós entendemos que a origem do problema está no discurso extremista ou continuaremos "enxugando gelo" e periodicamente veremos cenas lamentáveis como as ocorridas na UFPR. O pior é que a violência de militantes extremistas sempre pode crescer e as agressões externas à universidade, alunos e funcionários se transformarem em coisas mais graves.

Editado por: Lia Bianchini
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