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Início Política

Crime

Relatório aponta aumento de 446% nos casos de homotransfobia no DF

Menos da metade dos casos resultou em instauração de inquéritos nos últimos cinco anos

05.dez.2024 às 20h37
Brasília (DF)
Rafaela Ferreira

Relatório sobre os cinco anos de criminalização da homotransfobia no DF foi apresentado na CLDF nesta quinta-feira (5) - Foto: Alê Bastos/Mandato Fábio Felix

Um aumento de 446,67% marcou as estatísticas relacionadas à homotransfobia no Distrito Federal entre 2019 e 2023, como mostra a 2ª edição do Relatório dos Impactos da Criminalização da Homotransfobia no DF. No período, o número de casos registrados saltou de 15 para 82.

Os dados foram apresentados durante uma reunião extraordinária na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta quinta-feira (05). A ocasião marcou os seis anos da criminalização da homotransfobia, além da apresentação do relatório, com dados produzidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública do Distrito Federal (SESP/DF) em parceria com a Polícia Civil.

Para Verônica da Silva, pedagoga e especialista em gestão pública, o aumento é alarmante, embora já fosse esperado que os registros cresceriam após a criminalização. "Isso ocorre pela conscientização da comunidade. Porém, a gente nota que ele segue crescendo e agora, cinco anos da criminalização, temos que pensar em estratégias para mitigar esses números", explica Verônica.


Reunião extraordinária sobre dados relacionados à homotransfobia no DF foi presidida pelo deputado distrital Fábio Félix / Foto: Alê Bastos/Mandato Fábio Felix

O evento desta quinta foi uma iniciativa do Centro Brasiliense de Defesa dos Direitos Humanos e o Grupo Estruturação – Grupo LGBT+ de Brasília em parceria com o gabinete do deputado distrital Fábio Felix (Psol). Também presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética da Casa, o parlamentar conta que a Comissão recebeu, em 2024, 43 denúncias relacionadas ao crime, que geralmente acontece em ambientes sociais.

"Nas últimas semanas, recebemos várias denúncias graves de homotransfobia, como no metrô e bares. Além da violência, podemos observar a reação do poder público. Em todos os casos tivemos a polícia ou os seguranças do metrô conduzindo para delegacia e as pessoas sendo presas em flagrante", diz o deputado.

Dados do relatório 

Em 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para definir o reconhecimento de atos de homofobia e transfobia como crime de injúria racial. Em 2019, a Corte já havia enquadrado a prática no crime de racismo.

Michel Platini, presidente do Grupo LGBT+ de Brasília e do Centro Brasiliense de Defesa dos Direitos Humanos (CentroDH), diz que o grupo Estruturação tem reivindicado que o poder público inclua essa população no mapa de violência do DF. "Isso é importante para que a gente entenda o nível de violência e fazer política pública para enfrentar essa violência.” 

Além do aumento significativo no número de casos, o relatório destaca que crimes como injúria e ameaça continuam a ser os mais registrados, embora tenham mostrado leve redução em 2023. No entanto, a taxa de resolutividade dos casos, que considera inquéritos instaurados e soluções como indiciamento, segue baixa: apenas 14,5% para ameaças e 13,6% para injúrias.

A distribuição geográfica dos casos revela que Brasília (Plano Piloto) lidera os registros, com um aumento de 35 para 59 casos entre 2022 e 2023. Outras regiões administrativas, como Taguatinga e Ceilândia, também figuram entre as mais afetadas, refletindo o impacto populacional e a concentração urbana.

Na reunião, Verônica e Michel afirmam que o desafio agora é ter outros dados, como local da ocorrência do fato e a orientação sexual da vítima. “Alguns dados ainda não temos, como local da ocorrência de fato. Temos a Região Administrativa, mas não o local, além de orientação sexual, que são informações importantes para caraterização dessas vítimas', detalha Verônica.

Em relação ao perfil das vítimas, o relatório aponta que a maioria é composta por jovens adultos entre 18 e 30 anos, representando 305 casos em 2022 e 2023. Homens LGBTQIAPN+ continuam a ser as principais vítimas, somando 59% dos registros, enquanto a população parda aparece como a mais vulnerável, com 35% dos casos nos quais a raça foi informada.

Desafios e recomendações

Embora o relatório indique avanços institucionais, como a ampliação de canais de denúncia e o treinamento de agentes públicos, menos da metade dos casos de homotransfobia resulta na instauração de inquéritos, uma queda de 48% em 2022 para 46% em 2023. Além disso, a coleta de dados raciais e de gênero ainda apresenta lacunas significativas, limitando uma análise mais precisa

Para o deputado Fábio Felix, os dados não são bons, mas, sim, negativos. "Eles também refletem a consolidação de um entendimento. As pessoas têm mais coragem de denunciar e falar. A homotransfobia não, necessariamente, diminuiu ou aumentou os seus efeitos e consequências, mas, agora, as pessoas estão falando e denunciando. Temos mais registros de homotransfobia, resposta do poder público e protocolos claros de como isso deve acontecer", destaca o parlamentar.


Reunião extraordinária para apresentação do relatórios sobre homotransfobia no DF aconteceu nesta quinta-feira (5) na CLDF / Foto: Alê Bastos/Mandato Fábio Felix

Segundo documento, o aumento de 446% nos casos de homotransfobia no Distrito Federal é "alarmante" e coloca a capital federal diante de uma realidade "inaceitável". "Esse cenário evidencia o fracasso do poder público em implementar as recomendações fundamentais apontadas no último relatório. A baixa resolutividade dos casos e a queda na instauração de inquéritos demonstram uma clara negligência institucional", aponta o texto.

"Além disso, o perfil das vítimas expõe uma desigualdade estrutural que precisa ser enfrentada com urgência. Jovens negros, pardos e LGBTQIAPN+ continuam sendo os mais vulneráveis, um reflexo das interseções de opressão que ainda marcam a nossa sociedade. A ausência de campanhas educativas de larga escala e a incapacidade de fortalecer a formação dos servidores públicos para lidar com casos de LGBTfobia agravam ainda mais essa situação", destaca o documento.

Por fim, o relatório estabelece dez recomendações para a superação da violência contra a pessoa LGBTQIAPN+. Entre elas, a adequação dos formulários próprios para registro de boletins de ocorrências e outros disponíveis para registro de violência, com adequação dos termos. 

Também destaca-se a necessidade de campanhas educativas de larga escala, a criação de campos específicos nos formulários de ocorrência para crimes de ódio e homotransfobia e a ampliação das políticas de formação para servidores públicos.

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Editado por: Flavia Quirino
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