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Início Saúde

Pós-covid

Saúde da mulher estará mais exposta a doenças negligenciadas na pandemia

Sanitarista Adele Benzaquem alerta que exames, vacinas e procedimentos não estão sendo feitos.

16.jul.2020 às 12h58
Cida De Oliveira
|Rede Brasil Atual

A consultora da OMS Adele Benzequem apresentou estimativas do Imperial College, de Londres - Rede Brasil Atual

A consultora da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), a médica sanitarista Adele Benzaquem, disse hoje (15) que “é balela dizer que os serviços de saúde estão funcionando normalmente no Brasil".

Em participação em debate promovido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a União Brasileira de Mulheres (UBM), ela destacou que há muita dificuldade para mulheres e meninas brasileiras receberem cuidados. Benzaquem diz que, depois do estrago causado pela pandemia da covid-19, em decorrência da má gestão do sistema de saúde pública pelo Estado brasileiro, a saúde da mulher estará ainda mais exposta.

“É preciso tratar a saúde reprodutiva, materno e infantil como serviços essenciais, tanto em prevenção como em tratamento. Devemos, mais do que nunca, manter acesso, sem interrupção, à testagem e aos tratamentos para HIV, até para evitar a transmissão vertical. E manter testes de sífilis, vacinação contra de hepatite B, difteria e tétano, oferta de planejamento reprodutivo e procedimentos preventivos para câncer cervical e de mama. São necessários protocolos que priorizem esses serviços para que mulheres e crianças cheguem aos serviços com segurança”, recomendou.

Mas os serviços deixaram de testar e de atender as pessoas, que ficaram inclusive sem preservativos, segundo Adele. “Como consequência, é esperado o aumento do número de casos de HIV e DSTs, câncer cervical, de crianças com tétano e sífilis neonatal e de hepatite B. O que já era negligenciado agora está sendo ignorado. Essa apatia das políticas de prevenção, principalmente ao cuidado com HIV e DST, desde o início desse governo, está sendo agravada com a chegada da covid-19”.

Maior exposição

A consultora da Opas, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentou estimativas do Imperial College, de Londres, sobre as consequências da interrupção do serviço. Entre elas, o aumento da mortalidade por HIV em 10%, pela tuberculose em 20% e de malária em 16% nos próximos cinco anos. A estimativa considera que, ao serem testadas tardiamente, as pessoas contaminadas pelo vírus tenderão a evoluir para aids, com uma progressão menos favorável à sobrevida.

Há estimativas também de que, durante a pandemia, 18 milhões de mulheres perderão o acesso regular a contraceptivos. E que a redução na oferta de serviços de saúde da mulher – reprodutiva, materna e neonatal –seja de 18% devido à pandemia. “Além disso, espera-se aumento de 235 mil mortes de criança e mortes de mais de 12,5 mil mulheres nos próximos seis meses. No Brasil o percentual de óbitos de gestantes com covid-19 é o maior na América Latina e Caribe.”

A saúde e a vida da mulher são impactadas pela pandemia também devido ao fato de serem maioria entre os profissionais de saúde (70%). São médicas, enfermeiras, auxiliares, nutricionistas, fisioterapeutas, profissionais administrativos, cozinheiras e faxineiras, mais expostas ao novo coronavírus dos que os homens. O risco aumenta, segundo Adele, porque muitos estados compram uniformes e equipamentos de proteção individual em tamanhos masculinos, inadequados para elas.

Ela destacou ainda a necessidade de garantir a essas profissionais o exame de PCR, considerado mais confiável para detectar a infecção pelo novo coronavírus. “Deveriam ser testados semanalmente, para que seja assegurada a sua biossegurança.”

Genocídio indígena

A grave situação de saúde indígena, acentuada pela insuficiência das respostas governamentais às demandas dessas comunidades, aumenta os riscos de extinção dessas populações segundo a médica. Além do descaso, há falta de transparência dos dados fornecidos pelo Ministério da Saúde quanto a infecção e óbitos pelo novo coronavírus. “Existe a ameaça de genocídio entre a população indígena. A Funai não desenvolveu nenhum protocolo para que os profissionais de saúde possam entrar nas terras indígenas. E muitas unidades de saúde não estão preparadas para o atendimento a essas pessoas contaminadas. Nos centros urbanos, estão a mercê de atendimento inadequado, marcado pelo preconceito e estigma de que eles são vítimas”.

Para completar, destacou, o auxílio emergencial não levou em consideração as especificidades e as dificuldades de acesso à internet pelos indígenas. Eles têm de se deslocar até a cidade em busca do auxílio e comprar alimento, mas acabam se infectando. “A Funai executou apenas 40% do orçamento das ações emergenciais. E o mais grave: Bolsonaro vetou 16 dispositivos da lei que institui cuidados contra a covid-19 para indígenas e outras comunidades tradicionais.

A situação, conforme a consultora da Opas, ganha maior dimensão com o fato de que 45% dos lares brasileiros são comandados por mulheres, segundo dados de 2018 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). E de que a atual crise econômica tende a se agravar com aumento da fome e da miséria. “A igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres deve começar por reconhecer que as mulheres são afetadas de forma diferente dos homens. Não basta olhar estatísticas que mostram que tem mais homens infectados pela covid-19 do que mulheres. É preciso entender os efeitos da covid-19 entre elas e criar políticas mais equânimes”.

Conteúdo originalmente publicado em Rede Brasil Atual
Tags: covidmulheressaúdetuberculose
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