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Nordeste

Especial Expressão Sergipana | Quadrado de Pirro: Nosso eterno centro (parte 2)

O centro de Aracaju tem hoje muitos desafios, e desde o período da República passou por várias transformações

14.nov.2017 às 08h52
Osvaldo Ferreira Neto
|Expressão Sergipana
Antigo cartão postal de Aracaju

Antigo cartão postal de Aracaju - Reprodução

Seguimos o especial “Aracaju e seus bairros”, da coluna “Senta que lá vem história”, com a segunda parte do Centro. Para ver a primeira parte “Quadrado de Pirro: nosso eterno Centro” é só clicar aqui. 

Sem mais delongas, vamos lá…

NOVO TEMPO E UM NOVO CENTRO

Com o novo século XX e a República, a ordem era modernizar o Centro e concedê-lo ares de uma cidade republicana. Essas mudanças começam em 1904, quando o italiano Nicolau Pungitori inaugurou, na rua Japaratuba (hoje João Pessoa), o Teatro Carlos Gomes. Mais tarde transformado em Cine Teatro Rio Branco, seria por um bom tempo o principal palco de Aracaju e o templo da sétima arte.

Em 1908, no Governo de Guilherme Campos, foi implementado o sistema de bondes à tração animal. Em 07 de Dezembro de 1913, a cidade era iluminada pela luz elétrica. Chegou também nesse período a água encanada, esgoto e as primeiras linhas telefônicas ao Centro.

Em 05 de agosto de 1915, partia o primeiro trem da Estação Central de Aracaju da Rede Ferroviária Federal S.A. A Estação ficava no Centro Comercial, na região da atual Praça de Eventos Hilton Lopes nos Mercados. Ficou lá até 1950, quando o desembarque em Aracaju passou a ser na atual Estação da Leste, no bairro Getúlio Vargas.

NOVOS PRÉDIOS E ARQUITETURA

Com os governos de Rodrigues Doria, Siqueira de Meneses, General Valadão, Pereira Lobo e Graccho Cardoso, as praças centrais e os prédios públicos foram remodelados com os traços do ecletismo. Novos e importantes prédios ganharam espaços, como: a reforma eclética da tradicional Associação Comercial de Sergipe; a Escola Normal (atual Rua do Turista), em 1911; o Palácio Inácio Barbosa (antiga Prefeitura), em 1924; em 1926, o Mercado Antônio Franco e o Atheneu Pedro II (atual Museu da Gente Sergipana). Também no ano de 26 os bondes elétricos chegaram em nossa cidade e tem suas linhas ampliadas.

Nesse mesmo período grandes intendentes municipais, cargo equivalente ao prefeito nos dias atuais, eram nomeados e realizaram importantes obras. Como Teófilo Correia Dantas que construiu o Velatório Público na Praça Almirante Barroso. Já Camilo Calazans saneou várias vias centrais.

Na antiga Rua Japaratuba era onde se encontravam as principais lojas e estabelecimentos de alto padrão. Como: Fiat Lux, Café Central, o tradicional Ponto Chic, Chevrolet, Casa Colombo e Hotel Marozzi.

Nos anos 30, o estilo arquitetônico Art. Déco toma conta do Centro. O Palácio Serigy, Palácio Carvalho Neto, Quartel Central do Corpo de Bombeiros, Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IGHSE) e inúmeras residências tiveram o engenheiro civil alemão Hermann Otto Altenesch como principal criador.

A VERTICALIZAÇÃO E O AUTOMÓVEL

É na Rua João Pessoa, na década de 50, que o Centro começa a sentir a verticalização de Aracaju com o Edifício Mayara. O primeiro da região seria chamado popularmente de “A Moda”. O Edifício Aliança e o Edifício Santana também seguiam em direção aos céus. Nos anos 60, o Edifício do Hotel Palace. Em 1969 era inaugurado os 27 andares do Edifício Estado de Sergipe, o popular Maria Feliciana. Além de todos estes, outros iam tomando a área central de Aracaju.

Além da verticalização, nesse período o Brasil investia em malha rodoviária e na política automobilística. E o Centro sentiu os sinais. As marinetes faziam os transportes do Centro para outros bairros e municípios sergipanos. Em 31 de janeiro de 1962 era inaugurada a Estação Rodoviária Governador Luiz Garcia, na então Praça João XXIII.

O MORRO DO BONFIM

Para a construção da Rodoviária, foi necessário o desmonte do antigo e grande Morro do Bonfim. O morro de areia branquinha era ocupado por trabalhadores pobres que não podiam morar no restrito ‘Quadrado de Pirro’. Após o desmonte na década de 50, alguns receberam casas populares no Agamenon Magalhães e outros foram expulsos para ocupações que existiam na cidade. Segundo os jornais, moravam mais de 134 famílias na região. Para muitos líderes políticos da época e parte da burguesia sergipana, o Morro do Bonfim era inconveniente para a paisagem de Aracaju.

Segundo o pesquisador Luiz Antônio Barreto, “o desmonte do Morro do Bonfim criou várias alternativas para a urbanização do centro comercial e das ruas centrais: Vitória (avenida Carlos Burlamaqui); Bonfim (avenida Sete de Setembro, antes Nobre de Lacerda e Getúlio Vargas); Divina Pastora; Capela; Geru; Lagarto; Santo Amaro e Itabaianinha. Nivelado, o terreno foi imediatamente ocupado com diversas construções comerciais e administrativas, que foram logo incorporadas ao traçado da cidade”.

UM CENTRO FESTIVO, BOÊMIO E DE LAZER

Como a área central era mais desenvolvida, era nela que estavam a maioria dos atrativos de lazer. Já foi dito que o Cine Teatro Rio Branco era o principal palco cênico e cinematográfico. Nele se apresentou famosos artistas, como: a cantora Bidu Saião, Joracy Camargo, Procópio Ferreira, a “Rainha do Rádio” Emilinha Borba e a atriz Eva Todor. Além do Rio Branco, o Centro tinha mais quatro cinemas que eram o popular ‘Rex’, o ‘Guarani’, o ‘Vitória’ e o sofisticado ‘Cine Palace’. Além dos cinemas, as sorveterias faziam parte do lazer do aracajuano no Centro. Eram elas a Primavera, a Iara, a tradicional Cinelândia e a Sorveteria Real (existente até os dias de hoje na Praça Almirante Barroso).

Era no Centro que ocorria o tradicional Natal da Praça Olímpio Campos com o lúdico Carrossel do Tobias e o saboroso Cachorro-Quente de seu João. Na área central acontecia também os desfiles dos carros alegóricos e os primeiros blocos carnavalescos da cidade. Os antigos desfiles de 7 de setembro na Praça Fausto Cardoso, a Procissão do Bom Jesus dos Navegantes e a Procissão de Nossa Senhora da Conceição, no dia 08 de Dezembro,  completavam o calendário festivo do nosso Centro.

Já a vida boêmia era animadíssima com os Cabarés, Cassinos e Bares. Destacavam-se ‘O Vaticano’, ‘Miramar’, mais tarde o ‘Xangai’, ‘Imperial’, ‘Cassino 8 de Julho’, ‘Shell’, ‘Cacique Chá’, ‘Bar do Português’, entre outros nas proximidades do Mercado Central. Muito dessa vida boêmia foi destacada em inúmeras obras do escritor baiano Jorge Amado.

O CENTRO HOJE E SEUS DESAFIOS

Não poderia passar sem lembrar que o nosso Centro hoje tem muitos desafios. Enfrentar o abandono, o mau uso dos espaços públicos, o tráfico e as drogas que tomam esta área. Além da poluição visual que danifica os prédios históricos e a destruição de muitos deles para dar espaço aos estacionamentos rotativos.

O Centro precisa de uma revitalização urgente. Um olhar mais democrático e contemporâneo para o uso de muitos prédios abandonados. O Centro tem um grande número de edificações vazias, sem utilidade, numa cidade com um grande número de trabalhadores sem-teto.

Precisamos olhar o Centro como um dos nossos principais cartões postais da capital e um lugar de muita memória. Esse bairro tem nas suas praças, vilas, mercados, becos, ruas e prédios a história da nossa Aracaju e de seu povo.

ALGUNS DADOS E SUA LOCALIZAÇÃO

O bairro Centro em destaque no mapa (Imagem: Reprodução/Google Maps)

Segundo o levantamento do último Censo do IBGE, em 2010, o Centro tinha 7.572 habitantes. Os limites do bairro são: leste Rio Sergipe; oeste Avenida Pedro Calazans; sul Avenida Barão de Maruim; e norte Avenida Coelho e Campos. Os bairros vizinhos são: ao sul São José; oeste Cirurgia e Getúlio Vargas; e norte Santo Antônio e Industrial.

Gostou? Semana que vem tem mais. Fiquem atentos, pois lançaremos os textos e vídeos sobre o bairro Siqueira Campos. Então acompanhem de pertinho a nossa série “Aracaju e seus bairros”. Passearemos pelas histórias, memórias e curiosidades dos nossos 39 bairros e a Zona de Expansão.

Editado por: Expressão Sergipana
Conteúdo originalmente publicado em Expressão Sergipana
Tags: aracajunordeste
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