Alexandre Schneider, secretário de Educação do município de São Paulo, pediu demissão na sexta-feira (7). O prefeito, João Doria (PSDB), conseguiu evitar a saída, o convencendo a ficar.
O chefe da pasta teria reclamado da ausência de apoio político após se envolver em uma polêmica com o vereador Fernando Holiday (DEM), parlamentar ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL). As informações são da Folha de S.Paulo.
A polêmica se iniciou após Schneider criticar Holiday. O vereador visitou escolas para "verificar se estava havendo doutrinação ideológica".
“O vereador exacerbou suas funções e não pode usar de seu mandato para intimidar professores”, escreveu o secretário em seu perfil de Facebook. O comentário foi seguido por uma forte reação de seguidores do MBL nas redes sociais, muitas delas com tons agressivos e ameaçadores. Doria negou que o secretário tenha efetivamente colocado o cargo à disposição, considerando o assunto "caso superado".
Holiday, em meio às críticas, aproveitou para protocolar um Projeto de Lei municipal baseado na proposta autodenominada "Escola Sem Partido", que busca limitar conteúdos como a questão de gênero e orientação sexual nas salas de aula. Schneider é contrário à ideia.
O MBL foi uma das principais forças políticas que protagonizaram protestos de rua que culminaram no golpe parlamentar de 2016. Integrantes da organização têm proximidade com o governo de Michel Temer (PMDB). Além disso, o grupo se articula para defender a candidatura de João Doria pelo PSDB em 2018.
