Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem viver Cultura

Representatividade

Curta “Fábula de Vó Ita” promove representatividade e debate racismo na infância

No filme, a avó Ita conta uma fábula sobre a importância da representatividade para a autoafirmação da neta como negra

17.jan.2019 às 13h06
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h47
São Paulo (SP)
Bruna Caetano
Durante a produção de elenco, muitos atores mirins relataram histórias parecidas com a de Gisa

Durante a produção de elenco, muitos atores mirins relataram histórias parecidas com a de Gisa - Divulgação / Oxalá Produções

A representatividade em produções artísticas continua sendo um grande desafio no Brasil. Diferentes análises e estudos comprovam a sub-representatividade negra no cinema, na televisão, literatura infantil e em brinquedos. A representatividade para as crianças também cumpre um importante papel; permite que elas cresçam "mais seguras e independentes", conforme a psicóloga e especialista em Filosofia Sarah Helena.

O curta-metragem infantil Fábula de Vó Ita, que foi apresentado no 16º Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI) em setembro do ano passado, procurou assumir a questão. No curta, Gisa é uma garota com cabelos cheios de personalidade, mas que são alvo de zoação dos colegas de classe. Ao notar o incômodo da garota com sua aparência, sua avó, Ita, conta uma fábula que mostra a importância da representatividade para a autoafirmação da menina como negra. 

O filme foi pensado desde o momento de inscrição do edital com enfoque na produção feminina, em 2014, o que levou as diretoras Joyce Prado e Thallita Oshiro a mapear profissionais. Durante o processo de desenvolvimento do roteiro, foi pensada uma maneira de contar uma história cotidiana, com a qual as crianças que assistissem pudessem se identificar. Segundo Joyce, a busca por ator e atrizes negras foi feita a partir da divulgação do casting em grupos no Facebook, sites, escolas e espaços recreativos, o que fez com que o projeto se tornasse conhecido e possibilitou ouvir relatos sobre a carência de produções audiovisuais que tratassem do racismo na infância e da importância da identificação.

“Na produção de elenco, recebemos muitas crianças, a maior parte sem experiência em atuação. Nesse momento, perguntávamos para eles: “como é a escola? Alguém já falou algo negativo sobre seu cabelo?”, e todos eles relataram histórias parecidas com a personagem”. Além disso, como uma forma de compreender o que as crianças entendiam sobre desenvolvimento de narrativas e quais eram suas referências, perguntaram sobre os filmes e personagens favoritos. Quase todas respondiam com nomes de personagens não negros.

A produção foi feita com foco não só nos pequenos, mas também pensando no diálogo com mulheres e homens negros. Durante os testes, Joyce conta que era comum a discussão sobre as situações de racismo na infância dos atores, atrizes e famílias das crianças. “Tekka (atriz que interpreta Gisa), sempre achou que o filme era sobre ela, porque ela passava por isso na escola e também precisava de um espaço de acolhimento. Kauan (que interpreta Zinho) também passou por essa situação e também precisava desse espaço. Então entendemos que o espaço precisava ter brinquedos. Sempre havia um momento recreativo durante o ensaio, o que gerou uma proximidade.”

A rapper paulista MC Soffia, de 14 anos, afirma que na sua infância teve a figura da Vó Ita representada por suas avós, que buscavam apresentar livros e filmes de personagens negros, como Menina Bonita do Laço de Fita (Ana Maria Machado, 1997) e Kiriku e a Feiticeira (Michel Ocelot,1998). “Todas as representações que nós jovens e crianças negras temos nos inspiram. Como não existem muitos, os que existem já nos encantam.”

Hoje em dia, a música de Soffia também tem a função de empoderar meninas e meninos negros. Incentivada por sua mãe, que acreditava que a menina tinha que falar sobre negritude em qualquer espaço a que pertencesse, cresceu com o papel de inspirar outras pessoas.“O trabalho que eu faço é para as meninas que tem essa representatividade na família, mas para as que não têm também, e que posso ajudar. Nós negras precisamos nos ajudar.”

A cantora conta que, como todas as crianças negras, também já passou por racismo na infância. Ela acredita que é função das escolas falar sobre a história e cultura afro-brasileira, como prevê a Lei 10.639/03, a fim de mostrar as diferenças e promover o compreendimento da cultura e dos corpos negros. Para Joyce, o filme pode servir como um disparador para abrir o caminho de um diálogo sobre racismo com as crianças, onde o adulto pode conversar e entender o que elas assimilaram da projeção.

O curta-metragem tem passado em alguns festivais, como o Festival de Cinema Infantil, em Florianópolis, onde recebeu uma menção honrosa por votação do público infantil, além do Encontro de Cinema Negro, Festival Internacional de Cinema Infantil, CineSesc, e outros. Recentemente, foi selecionado também para o Play Fest, festival de cinema infantil em Lisboa. Uma versão estendida do filme deve estrear no final de 2019.

Editado por: Mauro Ramos
Tags: artecinemaculturaracismoradioagência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

USO INDEVIDO

Deputados acusam Eduardo Leite de autopromoção com dinheiro público

CONSTRUÇAO COLETIVA

Abertura da 4ª Conferência Estadual de Saúde RS tem participação ativa dos trabalhadores

Greve na educação DF

Greve dos professores no DF evidencia descumprimento do Plano de Educação, revela debate na Câmara distrital

CINEMA

Cine Passeio exibe filme sobre Palestina neste sábado

GUERRA

Jornalista iraniano descreve efeitos do ataque israelense em Teerã e reação popular: ‘foram às ruas por resposta dura do governo’

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.