O Dia do Trabalhador e da Trabalhadora começou com manifestações por melhores condições de trabalho em todo o país. Desde o início da manhã desta quinta-feira (1º), centrais sindicais e movimentos populares realizam atos em diferentes cidades.
Até as 9h30, já haviam sido iniciados atos em Maceió, na Praia da Pajuçara; em Salvador, no Farol da Barra; em Teresina, Ponte Estaiada; em Natal, Teatro Alberto Maranhão; em Aracaju, no bairro Santa Maria; em Belém, na Praça do Operário; e em Belo Horizonte, na Praça Sete de Setembro. Os atos são realizados pelas centrais.
São Paulo
Na capital paulista, manifestantes se concentraram na Praça Oswaldo Cruz para um ato contra a escala 6×1, convocado pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT). A manifestação seguirá pela avenida Paulista.
Priscila Santos Araújo, coordenadora do VAT em São Paulo, disse que a escala 6×1 não permite que o trabalhador seja humano. “Ela afasta a gente da família, da nossa fé, não deixa a gente ter saúde, ter sonhos… Ter o mínimo”, afirmou. “É uma escravidão.”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu o fim da jornada 6×1 em pronunciamento em rede nacional na quarta-feira (30). O ex-deputado federal José Genoino (PT), que participa da mobilização nesta manhã, reforçou a importância do tema, além da ampliação da isenção do Imposto de Renda. “Temos que mobilizar as ruas para pressionar o Congresso Nacional por essas pautas”, disse.
Além do VAT, integram o ato da Paulista o movimento de empregadas domésticas, representantes de ambulantes, políticos, entre outros.

Na Praça da Sé, outro ato pediu a redução da jornada de trabalho. O ato pediu a união dos trabalhadores em torno dessa e outras pautas.

Também em São Paulo, entregadores que trabalham para empresas de aplicativos penduraram faixas de protesto no Viaduto Tutóia, na Vila Mariana. “Somos trabalhadores, chega de escravidão moderna”, dizia uma faixa. “Ifood, Rappi, 99 e Uber: parasitas!”, acrescentava outra.

Às 10h, começaram atos em Campinas, Araraquara, Osasco, Jacareí e São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo.

Paraná
Nesta manhã, em Foz do Iguaçu, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná e outras entidades sindicais deram início a um ato internacional em prol dos trabalhadores. A manifestação ocorre na região da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. A concentração começou no campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila). Reuniu representantes de trabalhadores brasileiros e de países do chamado Cone Sul.
“Foi um grande ato e que cumpriu com seu objetivo. Novamente pudemos observar que nossos problemas são semelhantes e por isso precisamos discutir, debater e encaminhar soluções conjuntas, que possam ampliar a integração entre nossos países a classe trabalhadora. Seguiremos ajustando ações em parceria para que possamos ampliar a unidade da Pátria Grande!”, apontou o presidente da CUT Paraná, Marcio Kieller.

Distrito Federal
Também às 10h, começou o ato de centrais em Brasília, no Eixão do Lazer. A atividade, que deve reunir trabalhadores de diversas categorias, terá apresentações culturais, foodtrucks e brinquedos para as crianças.
Bahia
Em Salvador, trabalhadores estiveram reunidos deste o início da manhã na região do Farol da Barra. Muitos participaram do Treinão do Trabalhador, uma sessão de exercício físicos promovida por centrais sindicais.
No ato, lideranças pediram a isenção do IR e a queda da taxa básica de juros da economia nacional, a Selic. O vice-governador do estado, Geraldo Junior, esteve no evento e celebrou a reunião dos trabalhadores. “Aqui tem um simbolismo especial. Momento de agradecer os trabalhadores pelo espírito de luta e resistência por direitos”, afirmou ele no evento.
“A isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil é fundamental para o crescimento do nosso país. Vai possibilitar mais comida na mesa, vai possibilitar uma economia para o trabalhador e isso vai, com certeza, fazer com que o nosso país possa se desenvolver mais ainda”, reforçou Leninha Valente, presidenta estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA).

Em Salvador, a partir das 17h, também será realizado um ato das centrais sindicais com shows de Edson Gomes e Juliana Ribeiro.
Já em Feira de Santana, segunda maior cidade do estado, o Bloco da Trabalhadora e do Trabalhador vai às ruas nesta sexta-feira (2), a partir das 16h, com concentração no Centro de Cultura Amélio Amorim. A atividade se insere na programação da Micareta da cidade e terá como atração principal a banda Araketu.
Mato Grosso do Sul
Trabalhadores e trabalhadoras se uniram a movimentos populares do campo em uma manifestação na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande (MS) nesta quinta. O ato tem objetivo de defender a pauta da reforma agrária.
Segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), somente no território sul-mato-grossense, mais de 15 mil famílias estão acampadas aguardando assentamento.
A manifestação na sede do Incra marca o início das atividades do Dia do Trabalhador e da Trabalhadora no estado, com foco especial na luta pela terra. Nas últimas semanas, outros protestos tomaram conta da região.
Alagoas
Em Maceió, o ato na Praia de Pajuçara reuniu trabalhadores do campo e da cidade. Luciano Santos, presidente da CUT no estado, disse que a manifestação foi por cobrança por melhoria. Disse que a classe vive tempos difíceis, de precarização e redução de salários. Santos também pediu a redução da jornada de trabalho.
Piauí
Em Teresina, centrais sindicais, movimentos sociais, populares e estudantis realizaram na Ponte Estaiada. A manifestação foi em defesa da redução da jornada de trabalho; o fim da escala 6×1; a isenção do IR e pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe em 8 janeiro de 2023.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre, sindicatos promoveram uma festa em homenagem ao Dia do Trabalhador na Casa do Gaúcho. No show da banda Produto Nacional, o vocalista Paulo Dionísio lembrou que “os trabalhadores são a força do Brasil”. Jorge Cidade, saxofonista, pediu o fim do preconceito racial e contra os moradores da periferia das grandes cidades.
No estado, também houve atos convocados em Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas e Tramandaí.
*Texto em atualização