Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos

SISTEMA TRIBUTÁRIO

Ciclo de debates da Adufrgs-Sindical discute justiça fiscal e fortalecimento da democracia

Palestrantes Lígia Toneto, Rosa Chieza e Dão Real Pereira dos Santos falaram sobre reforma tributária justa

14.maio.2025 às 14h19
Porto Alegre (RS)
Stela Pastore
Ciclo de debates da Adufrgs-Sindical discute justiça fiscal e fortalecimento da democracia

Painel “Construindo agora o amanhã – em defesa da democracia" abriu o ciclo de debates da Adufrgs-Sindical - Simone Marques/Adufrgs

A justiça fiscal é uma das chaves para combater a desigualdade, garantir o financiamento de políticas públicas e fortalecer a democracia. Um sistema tributário equitativo amplia a participação cidadã, reforça o pacto social e contribui para assegurar direitos fundamentais como saúde, educação e segurança.

Este foi o tema central do painel “Construindo agora o amanhã – em defesa da democracia”, abrindo o ciclo de debates da Adufrgs-Sindical 2025. Mediada pelo professor Roger Sauandaj Elias, diretor da entidade, o debate reuniu três especialistas da área econômica e fiscal.

A construção de um país mais justo passa, inevitavelmente, por uma reforma tributária comprometida com a equidade e a inclusão social, foi uma posição unânime dos palestrantes Lígia Toneto, Rosa Chieza e Dão Real Pereira dos Santos.

A atividade ocorreu na sede da entidade nesta segunda-feira (12), com um painel dedicado à relação entre tributação, justiça fiscal e participação democrática, transmitido pelo Youtube.

Vontade popular sem eco no Congresso Nacional

Professora de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e integrante da Adufrgs e do Instituto Justiça Fiscal, Rosa Chieza alertou para os riscos da desigualdade: “É a desigualdade que leva à exclusão social, à desesperança. Desesperançados votam em candidatos que propõem acabar com a democracia”.

A economista observa que cerca de 80% da população apoia a tributação dos mais ricos, mas esta vontade popular não está expressa nos representantes no parlamento nacional onde o lobby dos mais ricos prevalece.

“Mudou a posição do papel do Estado no século 20 mas não mudou o sistema tributário no mesmo sentido. O Estado de bem-estar aprovado na Constituição de 1988 foi atingido pela implantação do modelo neoliberal de redução do papel do Estado. A variável que não mudou é a correlação de força política que é a mesma desde 1500”, resumiu Rosa Chieza.

Cobrar de quem nunca pagou e aliviar a carga da maioria

A economista Lígia Toneto, representante do Ministério da Fazenda, resumiu a proposta do governo com uma frase contundente: “Passar a cobrar de quem nunca pagou”. A medida, segundo ela, visa corrigir distorções históricas de um dos sistemas tributários mais desiguais do mundo, onde 10% da população concentram mais de 50% da renda.

Toneto destacou que o governo federal tem como prioridade a aprovação de uma nova política de Imposto de Renda (IR), que isenta rendas mensais de até R$ 5 mil, reduz a alíquota até R$ 7 mil e estabelece uma cobrança mínima de 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês. A proposta beneficiará cerca de 90% dos contribuintes, afetando apenas 0,6% da população que está no topo da pirâmide.

Segundo a economista, é a primeira vez que o Brasil adota, de forma concreta, ferramentas de justiça fiscal e tributária. “Estamos mudando a lógica de privilégios históricos”, afirmou, citando medidas já implementadas, como a taxação dos fundos exclusivos e dos fundos offshore — instrumentos que até então escapavam da tributação proporcional.

Outro marco citado por Toneto foi o fim do teto de gastos e a implantação do novo arcabouço fiscal, que, segundo ela, colocou “o pobre no orçamento e os ricos no Imposto de Renda”, em referência à promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para ela, essas mudanças compõem uma agenda de transformação estrutural de longo prazo, que busca garantir crescimento sustentado, tecnológico e produtivo. “Hoje, quem ganha R$ 4 mil paga a mesma alíquota de quem ganha R$ 4 milhões. Isso é um exemplo da regressividade do nosso sistema, que estamos corrigindo com justiça e coragem”, concluiu.

Quem domina os instrumentos determina os resultados

O presidente do Sindifisco Nacional, Dão Real Pereira dos Santos, destacou o papel estratégico da tributação na luta contra as desigualdades sociais no Brasil. Para ele, o controle dos instrumentos fiscais está diretamente relacionado ao domínio dos resultados econômicos e sociais. “Quem é dono dos instrumentos, domina os resultados”, afirmou, ao criticar a concentração de poder nas mãos de setores economicamente privilegiados.

Dão Real enfatizou que a tributação deve ser compreendida como uma ferramenta essencial de redistribuição de renda e construção de um Estado voltado para os direitos sociais. Segundo ele, o tema é deliberadamente mantido fora do debate público para proteger interesses da elite econômica. “Não é um tema difícil, mas propositadamente interditado, por ser instrumento de luta de classes. É preciso avançar em temas interditados como a taxa de juros e os tributos, modeladores para formar tipos de Estado e desenvolvimento de sociedade”, alertou.

Especialista em justiça fiscal e integrante do Instituto Justiça Fiscal (IJF), o auditor-fiscal critica a tecnicalidade intencional para evitar o engajamento popular.

O painelista é um dos idealizadores da campanha nacional Tributar os Super-Ricos e observou que o tema vem gradualmente conquistando espaço na pauta. “Popularizar o debate sobre tributos é essencial para mudar a lógica de concentração de renda”, afirmou.

Exemplificou o que isto significa: na reforma tributária do consumo, 95% dos que disputaram artigo por artigo foram empresários e demais representantes da oligarquia financeira. Resultado: a reforma desonerou a cadeia de negócios do país, os consumidores ficaram com toda a carga, e os empreendedores ficaram com carga nenhuma.

Dão Real também chamou atenção para a correlação de forças no Congresso Nacional, onde, segundo ele, prevalecem os interesses do mercado. “A disputa entre modelos de Estado — mais mercado ou mais direitos — continua sendo uma constante no Congresso, dominado por interesses empresariais”, afirmou. E completou: “O governo pode apresentar boas propostas, mas sem apoio popular, tudo é desmontado no Parlamento”.

Para ele, somente a mobilização da sociedade civil pode viabilizar uma reforma tributária verdadeiramente progressiva. “Só o povo organizado pode construir um modelo tributário que reduza desigualdades e fortaleça a democracia”, defendeu.

O dirigente destacou que, apesar de avanços pontuais, como a proposta de taxar lucros e dividendos com uma alíquota mínima de 10%, ainda há forte resistência dos setores empresariais, que atuam fortemente no Congresso para impedir qualquer medida que afete seus privilégios.

Tributar os super-ricos está na boca do povo

“Falar em tributar os super-ricos era absurdo há cinco anos. Agora todo mundo fala.  A luta pela justiça social, fiscal e tributação justa precisa se transformar numa doutrina esperando novas oportunidades. O que estrutura a sociedade capitalista é a política fiscal para ficar mais ou menos justa, promover exclusão ou inclusão, e tem que estar no centro dos debates de todos os movimentos sociais. A missão é manter esta discussão em evidência.”

“A desigualdade desconhecida é tolerada no limite máximo. A concentração escandalosa da riqueza produzida por todos se desvelada aumenta a intolerância e os movimentos se organizam. Não há como erradicar a desigualdade sem mudar a estrutura tributária. Para mudar é preciso conhecer e mobilizar”, completou. 

Para ele, nesse cenário, o debate sobre reforma tributária, justiça fiscal e democracia se impõe como urgente e necessário. Dão Real aponta que, sem avanços nessa agenda, o Brasil continuará penalizando as camadas mais vulneráveis da população, enquanto preserva privilégios de setores mais ricos.

Editado por: Katia Marko
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

articulação inédita

Conselho Popular do Brics inicia encontro no Rio para pressionar chefes de Estado por escuta permanente dos movimentos

Venenos agrícolas

Agrotóxicos em lavouras de fumo causam intoxicação de trabalhadores e poluem rios no interior de SC

Artigo

O labirinto do Brasil por ser

‘ROMPA COM ISRAEL’

Bancada de esquerda na Câmara do Recife promove evento em defesa do povo palestino, nesta sexta (4)

Imagens da Revolução

Mostra no Cine Brasília celebra pioneirismo de Sara Gómez, primeira cineasta cubana

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.