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Socialismo

Governo cubano responde críticas sobre aumento nas tarifas de internet, fala em ‘erro de comunicação’ e se diz aberto ao diálogo

Estatal aumenta tarifas de internet móvel; estudantes protestam e governo promete diálogo e transparência

06.jun.2025 às 22h46
Havana (Cuba)
Gabriel Vera Lopes
Governo cubano responde críticas sobre aumento nas tarifas de internet, fala em ‘erro de comunicação’ e se diz aberto ao diálogo

A man uses his mobile phone in Havana on June 4, 2025. The new mobile Internet rates in Cuba, which came into effect on May 30 and partially dollarized the service, have unleashed a wave of discontent among users. (Photo by YAMIL LAGE / AFP)

Em um cenário delicado de crise social e econômica, a estatal de telecomunicações ETECSA anunciou, na sexta-feira (30), um aumento expressivo e inesperado nas tarifas dos serviços de internet móvel. O anúncio gerou preocupação em diversos setores e desencadeou uma série de críticas públicas, tanto pelo seu alcance quanto pelo momento em que foi feito.

As novas regras estabelecem um limite de até 6 GB de dados móveis subsidiados. Ao atingir esse teto – ao custo de 360 pesos cubanos, o equivalente a 3 dólares no câmbio oficial e cerca de 1,5 no paralelo –, o valor dispara, variando entre 3.360 pesos (por 3 GB) e 11.760 pesos cubanos (por 15 GB), tornando-se inacessível para uma parcela significativa da população.

De imediato, o aumento das tarifas – assim como o caráter repentino do anúncio – provocou fortes críticas. O primeiro grupo a se manifestar publicamente foi o dos estudantes universitários. Em uma carta publicada no dia seguinte ao anúncio, a Federação Estudantil Universitária (FEU) de cinco faculdades expressou sua “inconformidade com a forma como as medidas foram implementadas”, afirmando que elas “limitam significativamente o acesso à internet dos estudantes e da população em geral”.

Desde então, instituições de ensino superior de todo o país passaram a se posicionar contra as medidas, exigindo mesas de diálogo com autoridades da empresa e do governo para “buscar alternativas que permitam solucionar os problemas”. Pouco depois, a empresa anunciou um primeiro pacote de ajustes voltado a facilitar o acesso dos estudantes aos dados móveis.

No entanto, a maioria das faculdades rejeitou as alterações por considerá-las insuficientes, já que não contemplavam soluções para toda a população. Com diferentes perspectivas e ênfases, várias faculdades vêm mantendo rodadas de diálogo com representantes da ETECSA e do governo em busca de alternativas viáveis.

Respostas do governo

Na quinta-feira (5) o presidente cubano Miguel Díaz-Canel abordou o tema em seu podcast semanal, sob o título de Medidas da ETECSA: análise crítica. Ao lado de autoridades do Ministério das Comunicações e da própria ETECSA, ele apresentou uma longa reflexão sobre os motivos da decisão e sua relação com as prioridades nacionais atuais.

Díaz-Canel – ecoando os protestos populares – também criticou a forma como a medida foi tomada e comunicada. Logo no início de sua fala, afirmou que, “por respeito ao povo”, o governo precisa reconhecer “onde errou” ao formular ou anunciar as medidas, comprometendo-se a “informar com total transparência as decisões adotadas e os possíveis ajustes”.

Ele explicou que o sistema nacional de telecomunicações enfrenta uma situação crítica e que, sem ajustes na arrecadação, a sustentabilidade do serviço estaria ameaçada. “Abrir mão dessas medidas seria abrir mão de receitas essenciais, o que aceleraria o colapso iminente do serviço”, declarou.

O aumento das tarifas ocorreu justamente no momento em que Cuba tinha passado a priorizar a ampliação da conectividade. Como parte do processo de informatização do país, o tráfego de dados cresceu exponencialmente nos últimos cinco anos: o país passou de uma conectividade móvel quase nula para um consumo médio de 9 GB por pessoa. Esse crescimento acelerado coincidiu com uma forte queda – em dólares – no preço do serviço desde 2021, em função das diferentes taxas de câmbio vigentes.

O mecanismo de ajuste – alvo principal das críticas – busca conter o consumo de dados e, ao mesmo tempo, atrair divisas estrangeiras, incentivando a compra de pacotes de dados por meio de pagamentos externos.

Díaz-Canel descreveu a medida como um “recuo tático” para “seguir avançando na transformação digital do país”. Informou ainda que as instituições competentes foram orientadas a avaliar propostas alternativas e a permanecer abertas às contribuições da população. O objetivo, segundo ele, é continuar realizando “ajustes” e buscando “soluções” frente às insatisfações, especialmente entre os universitários.

O presidente destacou que os membros do governo socialista devem assumir “a responsabilidade que temos como servidores públicos”. Defendeu que os gestores devem “servir, escutar e ser sensíveis aos problemas do povo”, sublinhando que um dos pilares do poder popular cubano é garantir a “participação cidadã nos processos decisórios”.

Ele reafirmou o compromisso com a transparência na gestão dos recursos arrecadados por meio das novas tarifas e garantiu que haverá prestação de contas clara sobre sua destinação. “Queremos explicar com clareza as decisões e os possíveis ajustes, detalhando onde os recursos estão sendo aplicados e quais benefícios trarão”, acrescentou. Segundo ele, a receita será usada para quitar dívidas em infraestrutura tecnológica e garantir os investimentos necessários para a continuidade dos serviços.

Enquanto isso, a presidente da ETECSA, Tania Velázquez, pediu desculpas publicamente pelos impactos das novas tarifas. Apesar disso, defendeu a necessidade da medida: “Não queríamos adotar essa decisão, mas ela se mostrou inevitável”.

“Sabemos que essas mudanças causaram desconforto e prejuízos, especialmente entre jovens e estudantes. Pedimos desculpas a eles e estamos abertos a escutar suas propostas”, concluiu.

Protestos estudantis

Enquanto os anúncios do presidente ainda eram analisados, na sexta-feira (6), representantes estudantis reuniram-se com o Ministro da Educação e propuseram a criação de um Grupo de Trabalho Multidisciplinar, com o objetivo de buscar saídas para a crise gerada pelas novas tarifas.

Em entrevista ao Brasil de Fato, José Almeida, secretário da coordenação da FEU em Havana, defendeu a participação ativa dos estudantes e o debate público, destacando que a participação popular é um dos pilares da cultura política da Revolução.

“Em Cuba, temos uma institucionalidade construída com base em uma longa tradição de participação popular. Tudo o que conquistamos foi forjado junto ao povo – um povo que, por mais de sessenta anos, tem sido protagonista da própria Revolução. Esse é o nosso legado: uma tradição que garante espaços de diálogo e escuta”, afirmou.

“Sempre é possível melhorar, e cabe a nós – especialmente aos jovens – não nos acomodarmos e trabalharmos para aperfeiçoar o que for necessário. É essa a tradição que defendemos: a tradição da Revolução, que precisa ser preservada e fortalecida.”

As ações dos estudantes – que assumiram um papel de liderança – não se limitaram à discussão sobre os pacotes de dados. O debate abriu espaço para reflexões mais amplas sobre o papel das empresas estatais socialistas, como a ETECSA, sobre o pacto social e os direitos nos quais a Revolução se sustenta, além dos mecanismos de participação e crítica dentro do processo decisório.

Desde o anúncio do reajuste, afirma Almeida, os estudantes mantiveram o compromisso de “buscar soluções”, expressando com clareza suas “divergências e reivindicações”.

“Desde então, vários canais de diálogo e consulta foram abertos, e há disposição para avançar na construção de respostas que atendam às nossas demandas. No entanto, alcançar um consenso não é simples: exige escuta, compreensão e, acima de tudo, tempo”, refletiu.

Ao longo da semana, diferentes posições surgiram entre os estudantes. Por meio de cartas redigidas em diversas instituições, expressaram-se opiniões e propostas de novos espaços de debate sobre como dar continuidade às reivindicações.

“É natural que existam diferentes pontos de vista sobre qual é o melhor caminho a seguir”, afirmou Almeida, destacando que os representantes estudantis devem “ouvir todas as vozes”.

“Estamos trabalhando para construir um consenso entre os estudantes ou, se isso não for possível, para garantir que a decisão da maioria seja respeitada”, finalizou. Ao mesmo tempo, alertou para campanhas de desinformação e manipulação que, segundo ele, tentam distorcer o que acontece em Cuba.

Editado por: Thalita Pires
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