O enviado especial do presidencial dos EUA, Steve Witkoff, chegou a Moscou nesta quarta-feira (6) e se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma conversa que durou cerca de três horas. A vista acontece dois dias antes do fim do prazo do ultimato de Donald Trump, exigindo avanços de paz na guerra da Ucrânia.
O encontro de Witkoff e Putin terminou sem declarações à imprensa por parte de ambos. Quem comentou os resultados da reunião foi o assessor presidencial russo, Yuri Ushakov. De acordo com ele, o saldo do diálogo foi “construtivo”.
“Se mencionarmos os tópicos, o primeiro, é claro, foi a crise ucraniana. E o segundo tópico são as perspectivas para o possível desenvolvimento da cooperação estratégica entre os EUA e a Rússia“, disse ele.
Em particular, Ushakov informou que Putin transmitiu alguns sinais aos EUA sobre a questão ucraniana e recebeu sinais semelhantes de Trump por meio de Witkoff.
“A situação agora é que nosso presidente tem informações completas, ou seja, nossos sinais, sinais do presidente Trump. E Trump ainda não foi informado dos resultados desta reunião. Portanto, eu me absteria de comentários mais detalhados. Vamos ver quando Whitkoff poderá relatar a conversa que ocorreu hoje com Trump. Depois disso, obviamente, poderemos complementar meus comentários agora com algo mais substancial”, acrescentou Ushakov.
A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, se recusou a comentar os detalhes da viagem. Segundo ela, o departamento não sabe o que Trump fará após a visita. Ela acrescentou que o chefe da Casa Branca continua acreditando em uma solução diplomática para o conflito na Ucrânia.
O presidente dos EUA anunciou em 14 de julho um ultimato de 50 dias exigindo da Rússia avanços de paz na Ucrânia. Posteriormente, ele declarou que reduziria esse período para 10 a 12 dias.
Trump afirmou que, no caso do não cumprimento das exigências por parte da Rússia, os EUA iriam impor tarifas de 100% sobre as importações de produtos da Rússia, bem como taxas secundárias sobre os países que comprarem petróleo, gás e outros recursos energéticos do país.